Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014.

É praticamente impossível fazer uma retrospectiva detalhada dos atos e fatos políticos jordanenses em 2014. Não sairia uma matéria jornalística, mas sim uma enciclopédia com dezenas de volumes, tantos foram os deslizes e os equívocos cometidos pelos políticos da cidade em apenas 12 meses.

Mas existem fatos que sem duvidas merecem destaque, não somente pelas peculiaridades, mas principalmente para que não caiam no esquecimento.

No esporte o ano é para simplesmente ser esquecido, não somente pela vergonhosa participação de nossa seleção na Copa acontecida em solo tupiniquim, onde depois de gastar o que tinha e o que não tinha para construir vários estádios que serão abandonados, e não completarem nem a metade das obras de acessibilidade, mas principalmente pelos sete gols tomados na semifinal contra a Alemanha entrando para a historia como o maior vexame que uma seleção profissional passou em uma copa.

Se para todos nós brasileiros o ano foi perdido no esporte, em particular para o jordanense a coisa foi muito pior.

Sem planejamento algum o esporte jordanense em 2014 foi completamente abandonado, se não fosse pelo esforço individual de alguns atletas que sozinhos se destacam, e pelo desempenho formidável da seleção feminina de futsal, a cidade passaria totalmente em branco por 2014. Para se ter uma pequena ideia do tamanho descaso, o único Ginásio de Esportes da cidade hoje se encontra com sua luz cortada, e os dois torneios mais tradicionais da cidade, os Jogos da Cidade, e o Torneio da Primavera, simplesmente foram cancelados.

Para a cultura 2014 era para ser memorável, mas o  ano do Centenário da estrada de Ferro, e do Cinquentenário do Palácio Boa Vista não teve sorte diferente do esporte, e também sofreu com a desorganização e com a improvisação de pessoas alheias a historia da cidade. O cinquentenário do Palácio simplesmente foi esquecido, assim como o tradicionalíssimo Festival da Viola que leva o nome de um ícone da comunicação jordanense “José Correa Cintra”.

O Centenário da Estrada de Ferro teve uma pequena comemoração que de tão acanhada passou completamente despercebida pela maioria da população. Comemorações pontuais e dirigidas a um seleto grupo foram o destaque do pífio evento.

Mas realmente a se lamentar foi a perca do maior escritor e historiador da cidade Dr. Pedro Paulo Filho que se foi sem ter uma homenagem sequer a sua altura em vida, mais uma das barbáries cometidas por uma Secretaria que literalmente se empanturra de gibi e arrota Shakespeare.

A educação foi outra área que sofreu demais em 2014, uma das áreas com maior investimento federal e estadual por aqui foi tratado com absoluto amadorismo, depois de um imenso imbróglio na licitação dos uniformes e materiais os mesmos só chegaram as mãos dos alunos no segundo semestre assim mesmo não foi para todos.

Os professores também não conseguiram passar ilesos por 2014, depois de verem alguns benefícios cortados como a ajuda de custo aos professores das escolas rurais, no fim deste ano tiveram a triste noticia do fechamento da Escola do Matadouro que teve como explicação a pior de todas: “Corte de despesas”.

O turismo que é o carro chefe da economia da cidade por mais uma vez atravessou um ano de "vacas magras".

Com um secretario ausente no primeiro semestre a cidade padeceu de projetos para alavancar a temporada, que se não fosse pelo Festival de Inverno totalmente patrocinado pelo Governo do Estado, passaria sem ser notada, tão pequeno o movimento de turistas na cidade.

Com a saída do secretario que na verdade nunca chegou, e com a demora para a nomeação de seu substituto, o segundo semestre juntamente com as festas natalinas também ficaram comprometidas.

Escolhido as presas, e depois de muitas recusas de outros empresários da cidade, o novo secretario, em seu discurso de posse ao invés de um plano de trabalho, anunciou que sairia de férias por mais de um mês.

Se por um lado, a falta de um calendário, e de investimentos públicos foram a desculpa usada para explicar o fraco desempenho do novo secretario em seus primeiros meses de trabalho depois de suas “férias”, por outro, sua improvisação como empresário foi espetacular, principalmente com a “sacada” de deixar estacionado 24 horas por dia na área mais nobre da cidade, mais especificamente em Capivari sua DKW, propagandeando a revelia da Lei Cidade Limpa seu bar temático.

E a saúde! A saúde já tão combalida apanhou como nunca neste ano. Depois de um inicio titubeante. com a manutenção da antiga empresa responsável pelo Pronto Socorro e PSFs, a tão sonhada parceria com o Hospital São Paulo, e o rompimento com a antiga empresa responsável pelo Pronto Socorro e pelos PSFs, enfim foram concretizadas no inicio do ano.

Porem a situação que deveria se normalizar, e aos poucos ter maiores investimentos, não saiu do papel e degringolou de maneira cinematográfica pouco tempo depois.

O não cumprimento nos repasses do acordo da prefeitura ao Hospital São Paulo acarretou em uma imensa divida, que culminou com a demissão de médicos, e com o atraso dos salários dos funcionários, que amargam um fim de ano sem salários, e sem decimo terceiro, assim como o cancelamento de inúmeros atendimentos.

O Pronto Socorro e seus funcionários juntamente com o Hospital São Paulo agonizam sem salários e investimentos, e as paliativas ações de seus diretores somente não são alvo de chacota por se tratar de uma área extremamente delicada e que trabalha com a vida dos que dele necessitam.

A administração direta é caso a parte. Depois de ter um ano inteiro para colocar a casa em dia, 2014 tinha tudo para dar certo, mas não deu!

O ano começou como um rolo compressor, anuncio de convenio para a instalação de um sistema de Gás Natural encanado, contratação de uma super frota de luxo para servir a prefeitura, contratação de uma nova gestora para a saúde e um grandioso Show em comemoração ao aniversário da cidade, foram algumas dos investimentos do novo governo.

Mas a realidade bateu a porta muito antes do previsto, e o castelo de areia construído sobre as nuvens começou a vir abaixo já no processo seletivo da nova gestora de saúde, onde inúmeras irregularidades já foram evidenciadas.

E esta foi a senha para que tudo deste dia em diante começasse a dar errado.

As obras da milionária UBS da Vila Britânia retomadas a pouco tempo começaram a se arrastar e depois do telhado, praticamente mais nada foi feito, os carros aos poucos foram sumindo e o dinheiro público minguando.

Os primeiros sintomas de que a saúde, a educação e o turismo não iam bem começavam a aparecer, e os problemas com os funcionários públicos também se avolumaram.

Mas um sopro de sorte se abateu sobre a administração, e revitalizados com a renuncia prematura de seu maior adversário politico, que declarou em rede social que não mais concorreria a cargos públicos, nosso alcaide não viu mais obstáculos a sua frente, e decidiu colocar literalmente as mangas de fora.

As desavenças com um empresário locado no Morro do elefante, e que já se arrastavam desde a campanha, tomaram proporções dramáticas, com direito a tentativa de invasão, e troca de insultos e agressões físicas. Na esteira deste escândalo uma gravação clandestina de uma reunião que antecedeu dentro do Gabinete, antes de uma destas tentativas de retomada do espaço público a força, uma voz. que até o dia de hoje esta sendo atribuída ao prefeito, desrespeita, e afronta os demais poderes da cidade, em uma cena lamentável de extremo mau gosto e desrespeito pelas demais instituições.

Mesmo com as “forças” retomadas, o agravamento da crise já era inevitável, e o golpe fatal veio com a anulação do suculento aumento dos salários do primeiro e segundo escalão do executivo, que desde então na contramão dos pesados cortes em salários e investimentos, luta com unhas e dentes na justiça para manter seus privilégios.

Os atrasos no repasse para o Hospital São Paulo e para a empresa gestora do Pronto Socorro e dos PSFs eram inevitáveis, assim como o colapso total das demais peças da máquina pública, que chega ao fim do ano respirando por aparelhos.

Diante de todos estes problemas a solução achada foi o agressivo arroxo nos impostos e taxas, única maneira para reforçar o caixa da prefeitura a curto prazo, aumento este que garantirá seus salários e os contratos milionários que em 2015 mais uma vez acontecerão, jogando a conta mais uma vez no colo da população.

O legislativo por sua vez, não ficou atrás em quesito nenhum. Sempre alheios aos terríveis acontecimentos, os nobres edis viveram 2014 em uma realidade paralela.

Envolta em seus próprios problemas a Câmara também teve de conviver com inúmeros escândalos que abalaram suas estruturas.

Logo no inicio de 2014 uma denúncia de um possível trafico de influencia dentro da casa acabou estampado na capa do Jornal Tribuna, fato que foi imediatamente abafado pelos próprios envolvidos no “escândalo”.

Não muito tempo depois, mais uma bomba caia sobre as paredes da Casa de Leis jordanense com uma ação trabalhista, dando conta de que existiam dentro da Câmara vários assessores de vereadores sem registro em carteira, fato que mesmo sendo comprovado, foi esquecido por todas as partes, menos é claro, pelo ex-assessor que ainda peleja para receber seus direitos.

Enquanto a cidade mergulhava em sua mais profunda crise, os vereadores se encastelaram na Câmara, e serraram fileira com o prefeito, aprovando tudo o que lhes eram proposto, até mesmo o aumento nos impostos e nas taxas para o próximo exercício, não antes é claro, de também aprovarem um aumento desproporcional em seus próprios vencimentos, com a esfarrapada desculpa que o substancioso aumento somente entrará em vigor em 2017.

Do lado de cá da realidade, restou aos munícipes o gosto amargo de por mais uma vez terem errado grotescamente em suas escolhas, e a certeza de que os próximos dois anos tem tudo para serem ainda piores que 2014.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Jeito novo de desejar um Feliz Natal.

Após um inicio apoteótico, com o anúncio pirotécnico de vários projetos, e com a assinatura de inúmeros mega contratos, como o aluguel da frota de luxo, e com a contratação milionária da ACCB, o ano se acaba como um dos de maior carestia para os funcionários públicos jordanenses. Tanto para os efetivos que viram alguns benefícios cancelados como o vale transporte, como para os temporários que tiveram seus contratos rescindidos antecipadamente, e principalmente para os terceirizados que além de não receberem das empresas contratadas, também não conseguem receber diretamente da prefeitura.

Com o argumento de queda na arrecadação a palavra de “ordem” dentro da administração tucana neste fim de ano é “austeridade”.

Seria muito bom, não fosse à batalha jurídica que esta sendo travada entre a prefeitura e o Ministério Público para manter o aumento de 66,70% em média, nos salários do prefeito, vice-prefeito, secretários e de seus adjuntos concedido pela Lei 3.180/08 de 03 de dezembro de 2008, sancionada através de dispositivo previsto na Lei Orgânica do Município pelo então Presidente da Câmara Ricardo Malaquias Pereira.
O Ministério Público através de uma Ação Civil Pública conseguiu anular a lei em maio deste ano, porem não se conformando com a anulação da Lei que lhes garantia um percentual de aumento salarial nunca oferecido aos demais funcionários públicos o jurídico da prefeitura desde então vem recorrendo na justiça a fim de manter intacto os seus salários. 
Mas para a infelicidade do primeiro escalão do executivo até o momento, nenhum dos advogados da banca da prefeitura conseguiu reunir suficientes argumentos para convencer o judiciário do contrário, tendo como nova derrota o indeferimento da apelação em segunda instancia em julgamento acontecido neste ultimo dia 9 de dezembro, que ratificou a sentença de primeira instancia mantendo a anulação da Lei 3.180/08.

Mais uma vez, sem se dar conta do delicado momento por que passa toda a cidade e em especial os funcionários públicos e mesmo tendo conhecimento da anulação do arbitrário aumento dado à cúpula do executivo em 2008, o legislativo aprovou em 14 de novembro ultimo a Lei 3.694/14 que prevê para os vereadores eleitos em 2016 um salário de R$ 6.012,00 (seis mil e doze reais).
Com a chegada das festas de fim de ano, e com o arroxo no cinto da maioria dos funcionários públicos a luta do executivo para manter seus elevados salários, assim como a imprópria aprovação do legislativo de uma Lei que aumenta substancialmente seus próprios salários, em detrimento dos demais trabalhadores da administração pública, e da cidade como um todo, pode até ser legal, mas com toda certeza neste delicado momento por que passa a classe trabalhadora da cidade não é moral.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Jordanense...Um povo sem cultura!

Estamos chegando ao fim de 2014, um ano que tinha tudo para ser inesquecível, mas que acabou em absolutamente nada.

Não tivemos uma comemoração do Centenário da EFCJ à altura de sua historia e importância, não tivemos a realização da Feira Literária “Dr. Pedro Paulo Filho” (Lei Municipal 3370/10) que poderia ser a ultima e grande homenagem ainda em vida deste que doou praticamente toda a sua vida a preservação das memórias e da cultura jordanense, e agora o tradicional Festival da Viola “José Corrêa Cintra” que leva o nome de outra grande personalidade jordanense também esta sendo esquecido aos poucos.

Uma pena? Não! Maktub...

Dia destes quando “disparei” um post aqui reclamando das paupérrimas ações envolvendo as comemorações do Centenário da Estrada de Ferro fui “fuzilado” pela eloquência de um secretario que para denotar a sua superioridade e dar consistência as suas colocações disse que minha única ocupação era a de “ficar atrás de um computador falando mal e procurando atrapalhar ao invés de oferecer alternativas para os problemas da cidade”.

Diante disso devo dizer que se minha única ocupação realmente fosse a de falar mal da administração ela seria a mais fácil do mundo, tendo em vista o vasto arsenal que as “mentes brilhantes” da cidade diariamente me fornecem.

Perguntaria ao tal secretario se realmente tivesse tanto tempo quanto ele julga eu ter: Diante de fatos o que fazer?

Ser conivente? Calar-se? Ou apontar a “nudez” do Rei, sem medo se de ser acusado de bruxaria pelos santos inquisidores do “alto clero” do primeiro escalão tucano?

Então... Cadê o Festival da Viola “Jose Corrêa Cintra”?

E a Lei 3219/09 que oficializa o Festival da Viola na Estancia de Campos do Jordão?

E o que fazer com a Lei 3362/10 que dá na pior das hipóteses até o dia 30 de novembro para a realização do Festival?

Vejam bem! Não que eu seja chato! Apenas meu nível de exigência que é maior que a média.

Perante estes “esquecimentos” das Leis Municipais eu até poderia pedir maiores explicações e até mesmo a ajuda dos 13 vereadores da cidade, mas como bem diz o dito popular: Quando não se espera nada de um lugar, dali é que não sai nada mesmo!

Mas eu não vou terminar meu ano com tiro, porrada e bomba como diz a grande pensadora contemporânea Valesca Popozuda - só para contrariar eu vou encerrar meu ano com um alento.

Apesar de tudo e de todos tem gente de qualidade trabalhando na administração pública, e vou encerrar meu ano dando meus sinceros parabéns a todos os funcionários públicos que são realmente comprometidos com a coisa pública.

Trabalhadores que literalmente tiraram leite de pedra e por mais um ano provaram que falta de dinheiro não justifica a falta de criatividade.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Tribunal de Contas mantem condenação de ex-presidente da Câmara de Vereadores.


Tribunal de Contas do Estado nega recurso à ex-presidente da Câmara de Campos do Jordão condenado a devolver mais de 210 mil reais aos cofres públicos.

Condenado em 2012 pelo Tribunal de Contas do Estado a devolver mais de 210 mil reais aos cofres públicos, e a pagar uma multa de 500 UFESPs, cerca de R$ 10.070,00 (dez mil e setenta reais) por irregularidades apontadas nas contas da casa relativas ao exercício de 2009, o ex-presidente e ainda vereador teve seu pedido de Embargo de Declaração negado no mês passado.

Com esta decisão tanto o ressarcimento dos cofres públicos quanto a multa estão mantidos, sem mencionar o perigo real e iminente de ter seus direitos políticos cassados pela Lei da Ficha Limpa, o que o deixaria inelegível nas próximas eleições.

Na época da condenação o Tribunal listou dentre as irregularidades encontradas naquele ano nas contas da Câmara a compra de mais de 2.800 (dois mil e oitocentos) pacotes de papel sulfite por quase 50 mil reais, compra de 9.150 (novel mil cento e cinquenta) canetas por mais de 5 mil reais, gastos de mais de 84 mil reais em horas extras a funcionários comissionados e até gastos com refeições e bebidas alcoólicas sem justificativas no valor exato de R$ 114,12 (cento e quatorze reais e doze centavos).

Justificando o voto que negou o Embargo de Declaração o Conselheiro do Tribunal de Contas diz o seguinte em suas considerações finais:

(...) Ao contrário, constam expressamente do Voto os motivos pelos quais as despesas nele discriminadas seriam impróprias, a saber: (i) ausência de licitação; (ii) incompatibilidade com as atividades legislativas; (iii) violação à jurisprudência desta Corte e do Judiciário, quanto ao pagamento de horas extras a comissionados; (iv) ressarcimento indevido a Vereadores de quantias despendidas com atividades extra-gabinetes, e (v) gastos imotivados e desarrazoados.

Além disso, as quantias respectivas foram devidamente especificadas na Decisão, assim como evidenciado o dano ao erário por atos ilegítimos e antieconômicos, tornando imprescindível o ressarcimento (...)

Além das contas de 2009 a dispensa da licitação na contratação dos serviços da Companhia Brasileira de Soluções e Serviços responsável pelo cartão de alimentação (Cartões Visa Vale) distribuído aos funcionários da Câmara entre abril de 2009 e abril de 2012 celebrado no mesmo ano de 2009 e que custaram aos cofres da casa à bagatela de R$ 297.553,72, também foram julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado, acarretando mais uma multa de 160 UFESPs ou R$ 3.22,40 (três mil duzentos e vinte e dois reais e quarenta centavos).

Diante de tudo isso, quando não se faz a lição de casa, realmente fica difícil exigir do poder executivo correção, transparência e responsabilidade no gasto do dinheiro público.

Enquanto o nobre edil se preocupa como os “políticos frustrados” da cidade a casa vai mal. Muito mal!


Das decisões com certeza cabem novos recursos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Inferno Astral.

Parece não ter mais fim o inferno astral por que passa o prefeito e por consequência toda a sua equipe neste fim de ano.

Assuntos que já deveriam estar mortos e enterrados apesar da gravidade e do desgaste proporcionado na época dos acontecimentos, de repente ressuscitam do nada, fazendo ainda maior estrago do que anteriormente.

Seguindo esta linha negativa a ultima semana vem sendo marcada por um áudio que esta “rolando” na internet, áudio que seria referente à gravação da reunião ocorrida no gabinete do prefeito que precedeu a conturbada tentativa de reintegração de posse do antigo gabinete do Morro do Elefante, protagonizada pela tropa da Guarda Municipal.

Apesar de não ser cem por cento confiável, pois esta sendo disseminado na rede mundial de computadores, e no Facebook, por um perfil fake (falso), e obtida de maneira não “convencional”, o vídeo com a gravação da reunião não pode ser simplesmente ignorado pela imprensa.

Principalmente em se comprovando a veracidade do conteúdo do áudio, que contem inúmeras observações no mínimo constrangedoras envolvendo praticamente todas as autoridades da cidade.

Por inúmeras vezes a voz que aparece na gravação e que esta até o momento sendo atribuída ao prefeito se empolga e perde completamente a mão durante a “palestra motivacional” aplicada a seu corpo de assessores e secretários e por varias ocasiões deprecia os representantes dos demais poderes instituídos da cidade, deixando em uma tremenda saia justa a relação entre eles, pelo menos até que o contrário seja provado.

Com toda certeza o corpo jurídico da prefeitura já deve estar se movimentando no sentido e descobrir a real identidade do perfil fake e solicitando a retirada do vídeo de circulação assim como pedindo pericia para comprovar se o áudio não foi editado com a finalidade de prejudicar o alcaide.

Apesar destas atitudes jurídicas e administrativas que já devem estar em curso, o prefeito deve estar completamente decepcionado por saber que a gravação foi feita e “vasada” na internet por um membro de sua própria equipe e que estava presente na tal reunião.

Enquanto não tivermos maiores informações a respeito das atitudes que a prefeitura já deve ter adotado para provar a sua inocência no episódio e a falsidade do tal áudio, o mesmo segue fazendo um tremendo estrago a imagem do executivo, principalmente perante o judiciário.

A verdade está lá fora.

Apesar de muito grave e aparentemente sem fim, a crise no sistema de saúde de Campos do Jordão é somente a ponta do iceberg, uma gota no oceano de problemas da prefeitura.

A péssima situação em que se encontram os cofres do município é o resultado dos vários equívocos cometidos pelo prefeito e por sua equipe no decorrer destes dois anos de administração.

Mesmo tento herdado segundo suas próprias palavras uma herança maldita de mais de 40 milhões de reais, sem maiores explicações, a nova administração assumiu uma quantidade enorme de contratos que se demonstraram onerosos à municipalidade, contratos estes que geraram gastos muito maiores que os previstos, para se ter uma pequena ideia da “euforia” que tomou conta do gabinete do prefeito neste ano, somente em quatro contratos foram comprometidos mais de 40 milhões reais do orçamento anual do município, R$ 2.820.000,00 com limpeza urbana, cerca de R$ 22.558.979,28 com o Pronto Socorro e com os PSFs, R$ 11.183.130,12 com a coleta e transporte de lixo e por fim R$ 4.075.800,00 com aluguel de carros.

Se levarmos em consideração que existem outras “pequenas”, mas não menos importantes despesas como alimentação escolar, compra de medicamentos, aluguel de caminhões e máquinas e de materiais de consumo geral para a manutenção das secretarias e do gabinete e juntando a tudo isso a folha de pagamento podemos ter uma pequena noção do tamanho do imbróglio em que se meteu nosso prefeito.

Passada a excitação do inicio do ano e com praticamente todos os serviços contratados a peso de ouro fazendo água a realidade enfim repousa sobre a mesa do prefeito, diante do fato consumado não resta outra alternativa a não ser os malabarismos financeiros que estamos testemunhando dia a dia na tentativa de controlar o caixa, minimizar o déficit real, e tentar chegar até o final do ano com pelo menos algumas despesas "equilibradas".

Os cortes na área de educação, como o cancelamento da ajuda de custo dos professores das escolas rurais, e o atraso na entrega do vale transporte aos funcionários públicos, são alguns dos reflexos destes gastos excessivos, e fortes indícios do descontrole orçamentário por que passa a prefeitura, e prova das sucessivas tentativas de ganhar tempo, varrendo os erros para debaixo do tapete.

O imenso rombo no casco da nave tucana causada pela crise no Hospital São Paulo é apenas um entre tantos outros “buracos” orçamentários que estão aos poucos levando a máquina pública a pique.

Não existem mais recursos em varias secretarias há muito tempo como é o caso da Secretaria de Cultura que esta cumprindo sofridamente seu magro calendário, assim como a Secretaria de Esportes que cancelou os Jogos da Cidade e o Torneio da Primavera deste ano.

Até mesmo os contratos milionários feitos no inicio deste ano pela atual administração estão sendo alvo das manobras financeiras da prefeitura como é o caso da empresa responsável pela frota de veículos da cidade que esta sendo obrigada a enxugar seu quadro de funcionários e a diminuir gradualmente os veículos disponibilizados a prefeitura.

A empresa de limpeza urbana também demostra que esta começando a encontrar certa dificuldade para manter seus serviços em pleno funcionamento e na mesma situação se encontra a terceirizada da saúde que se viu obrigada a cortar até a marmitex dos funcionários do Pronto Socorro para controlar suas despesas sem mencionar a empresa de coleta de lixo que aparentemente também não se encontra confortável para desempenhar a contento seus serviços.

Além dos erros administrativos outros erros estratégicos também causam enormes estragos na economia local, que vê seu comércio sendo lentamente sufocado.

O principal deles foi a ainda muito mal explicada demora em escolher o Secretario de Turismo fato que comprometeu todo o ano e principalmente a programação natalina que por mais um ano será feita as pressas e de maneira absolutamente amadora, e somente acontecerá devido a união do comércio local que esta se cotizando para arcar com os gastos em cima da hora, assim como da boa vontade da sempre presente Fundação Lia Maria Aguiar.

Tido como um dos mais competentes políticos da nova geração seu fraco desempenho a frente da prefeitura nestes dois primeiros anos não vem frustrando somente seus poucos mais de oito mil eleitores, mas também todos os “campestres” que não pouparam esforços nem mesmo financeiros para alçar seu desconhecido candidato ao cargo mais importante da politica local.

O fracasso lhes subiu a cabeça!

Novamente ganha corpo na cidade o movimento de alguns empresários que querem transformar Campos do Jordão em uma cópia mal acabada de Gramado.

Mal acabada porque parte do principio da inveja, e a inveja nunca é boa... “A inveja revela a incapacidade de reconhecer o que falta em nós mesmos”.

E o que falta na cidade hoje principalmente ao trade turístico é humildade.

Não é de hoje que Campos do Jordão deixou de explorar o turismo para explorar o turista, deixou de lado a sua natural maneira de receber bem para incorporar a robótica ação comercial introduzida em nosso meio a ferro e a fogo pelos marqueteiros profissionais.

O fiasco da nova administração na área do turismo são favas contadas, a hesitação na escolha de um responsável pela pasta jogou na lata do lixo metade de seu mandato e a falta de recursos financeiros já admitidos pela prefeitura que anunciou um pacotão de cortes de gastos nesta semana dá um “xeque mate” nas pretensões dos gestores da pasta para os próximos dois anos.

Enquanto todas as atenções se voltam para o “gramado” alheio nas portas dos festejos natalinos todos se esquecem de tomar conta de seu próprio quintal.

Prova deste descuido com pequenos detalhes que não custam absolutamente um centavo nem a falida administração publica e muito menos a combalida classe empresarial, mas que fazem uma diferença enorme aos olhos de nossos visitantes são as placas de obras que estão abandonadas pelas Praças de Abernéssia poluindo a paisagem local.

Contrariando as “mentes brilhantes” que dominam o marketing na cidade hoje, Campos do Jordão não alcançou o status de destino turístico preferido da elite paulistana por seu glamour social ou pelo seu frenesi consumista, mas sim pela sua natureza, seu típico sossego e pela natural simplicidade de seus habitantes.

Simplicidade de povo que sempre recebeu bem, sem se preocupar descomedidamente com as etiquetas, ou com a sofisticação característica das grandes metrópoles.

Simplicidade que foi soterrada pela soberba dos novos empresários e suas ruidosas ações de venda que visam primeiro o lucro deixando o bem estar do turista, sua principal e mais confiável fonte de renda em ultimo plano.

Enquanto os jordanenses perdem seu precioso tempo admirando o gramado gaúcho, pragas infestam o “Jardim do Brasil”. 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Apertem os cintos... Os vereadores sumiram!

Enquanto a chapa esquenta por toda a cidade e a batata assa dentro do Gabinete os vereadores continuam viajando na maionese na Câmara.

A crise na saúde somente aumenta a cada pronunciamento oficial seja da assessoria de imprensa ou do próprio prefeito, a promotoria atenta as angustias da população mostra que esta a par dos verdadeiros acontecimentos e tenta mediar a todo custo a caótica situação sem causar maiores estragos.

Diante desta baderna que se tornou o setor da saúde da cidade somente três vereadores vieram a publico e tomaram algum tipo de atitude e nenhum deles faz parte da Mesa da Câmara que alheia aos anseios da sociedade e totalmente na contramão da realidade da cidade preferiu se debruçar sobre o Projeto de Lei 71/2014 que dispunha sobre o aumento de salario dos vereadores para a legislatura 2017-2020.

Enquanto o executivo enxugava gelo e a saúde derretia, na quinta sessão extraordinária do ano acontecida no dia 21 de outubro em plena crise do Hospital São Paulo a Câmara longe da atenção do publico em segunda votação transformou o projeto 71 em Lei...

Desta maneira a partir de 2017 os vereadores deixaram de ganhar os quase quatro mil reais de hoje para receber mais de seis mil reais.

Completamente fora de sintonia com os seus eleitores uma das raposas felpudas da Casa na sessão da primeira votação tomou a palavra na tribuna para exaltar a coragem dos membros da mesa em propor o aumento dos vencimentos dos vereadores neste momento e para alertar seus nobres colegas sobre as pressões que estariam por vir das redes sociais e dos jornais locais depois do fato consumado.

O pitoresco politico resolveu ressuscitar seu antigo, rançoso e repetitivo discurso rotulando os blogueiros da cidade que ousam criticar a ineficiência da Casa e apontar as falhas dos vereadores de “políticos frustrados”.

Um verdadeiro escarnio diante da delicada situação por que passa a população que se encontra em meio ao fogo cruzado de uma guerra politica em que a saúde esta sendo alvejada de morte por todos os lados.

Se esquece o politico profissional e seu principiante colega que a principal função dos vereadores não é a de doar medicamentos quando a saúde vai mal, mas sim de fiscalizar o executivo para que a saúde não seja a primeira a necessitar de remédio.

Infelizmente no Brasil o cidadão de bem não tem lá grandes escolhas, pois o voto por aqui é obrigatório; por outro lado na pior das hipóteses esta absurda imposição da todo o direito do mundo deste reclamar o quanto e quando quiser.

E convenhamos... Motivos para reclamar de politico nesta cidade é que não faltam.

Abernéssia Futebol Clube, uma tragédia anunciada.

Virou cinza na madrugada do dia 29 de outubro boa parte da historia jordanense.

Apesar de já esperado, o fatídico fim do Clube Abernéssia acabou gerando muita indignação na cidade pela forma como tudo aconteceu.

Abandonado há anos à sede do Clube Abernéssia vinha sendo motivo de inúmeras reclamações e da preocupação de boa parte da população, não foram poucas as vezes que seu abandono foi destaque das capas dos principais jornais da cidade que já previam há muito tempo a tragédia.

Apesar da importância histórica do clube praticamente nada podia ser feito pelo poder publico para resolver sua insolvência, mas a administração pecou no tocante a manutenção de seu prédio se observasse a Lei de Posturas da cidade.

Alvo de uma infrutífera e ainda muito mal explicada tentativa de desapropriação anos atrás segundo nota oficial da prefeitura o futuro do Clube vinha sendo discutido pelo poder publico e pela atual diretoria.

Por mais uma vez chegaram tarde e as chamas se antecipando a inercia de ambos por fim consumiu o que sobrou das lembranças da maioria dos jordanenses.

O incêndio que destruiu a sede do tradicional Clube Abernéssia trouxe a tona mais do que o abandono e o descaso de sua atual diretoria e do poder publico para com o patrimônio histórico, cultural, social e arquitetônico da cidade, evidenciou também o total e completo sucateamento dos equipamentos disponibilizados a corporação dos Bombeiros da cidade.

Sem equipamentos adequados para combater o incêndio com mangueiras curtas, danificadas e sem uma viatura adequada para executar seu trabalho os Bombeiros praticamente se tornaram meros expectadores do sinistro.

Prova cabal da incompetência generalizada que assola a cidade foi o aterramento da válvula do único hidrante próximo do local pelas obras de revitalização do entorno do prédio abandonado.

Relatos de testemunhas do incêndio dão conta que os Bombeiros tiveram de cavar em volta do hidrante por quase uma hora até localizar a válvula para liberar a agua tempo que foi determinante para o alastramento das chamas decretando a completa destruição do prédio.

Seria compreensível um contratempo desta natureza se o fato não fosse recorrente, pois em todos os atendimentos a incêndio ocorridos na cidade os Bombeiros encontram sempre os mesmos problemas com equipamentos e hidrantes.

Nem a historia, e muito menos o prédio poderá ser recuperado, cabe agora a nós jordanenses de nascimento não deixar que o que sobrou de nossa cidade tenha o mesmo fim.

Saúde! Prioridade zero.

Se alguém me dissesse hoje que a saúde de Campos do Jordão esta na UTI em estado grave eu sinceramente ficaria aliviado! Afinal se realmente ela estivesse lá ainda poderíamos ter uma tênue esperança de recuperação.

Mas como todo jordanense sabe que não existe UTI na cidade, que o atendimento no Pronto Socorro sempre deixou a desejar e que o ultimo dos “moicanos” o Hospital São Paulo esta praticamente de portas fechadas eu diria que no momento ela se encontra no corredor da morte.

E apesar dos inúmeros adiamentos o dia de sua execução não tardará, para tanto a mistura letal já esta sendo lentamente administrada no condenado Hospital, uma combinação fatal: politica, poder e vaidade.

Como bem disse o Promotor o caso é complexo...

Todos os lados têm as suas justificativas para se defender e para atacar, mas nenhuma delas tem a solução para os problemas.

Antes de engrossar o coro dos descontentes com os administradores passados e com o presente lhes imputando a culpa pela má gestão financeira da entidade levo em consideração que a prefeitura deve ter feito a sua lição de casa, seguindo a risca todo o rito legal que o contrato exigia antes de ser assinado o pacto, e que observou todas as Leis pertinentes, em especial a Lei Federal 8.666/93 que exige da entidade prestadora de serviços à municipalidade comprovação de sua saúde financeira.

Desta maneira presume-se que no ato da assinatura do contrato tudo estava regular e que a entidade gozada de robustez econômica, assim evidencia-se que os problemas financeiros surgiram depois de firmado o pacto - o que vem de encontro com os números apresentados pelo Promotor logo no inicio de sua entrevista ao Jornalista Claudio Borges na radio local.

É claro que a prefeitura não é a única culpada pelo declínio financeiro da entidade, porem é fato também que ela tem uma grande parcela de responsabilidade pelo atual caos financeiro do Hospital, e contra fatos não existem argumentos.

No momento o que se espera dos envolvidos na contenda é a rápida e satisfatória solução do empasse sem maiores prejuízos a população.

A prefeitura já solicitou a Promotoria de Fundações uma auditoria nas contas da entidade a fim de lançar luz sobre o caso, desta maneira seria muito interessante para o processo de transparência que a prefeitura também se submetesse a uma auditoria para saber se a origem dos problemas ou parte deles não tenham ali suas raízes.

Afinal com bem disse um dos apoiadores governistas em rede social: “Quem não deve, não teme”!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Pessimista ou realista?

Realmente a coisa não anda bem em Campos do Jordão até mesmo uma noticia que tinha tudo para soar como música aos meus ouvidos quase me derruba de costas de tanto barulho que fez no lado da logica em meu cérebro.

A festejada noticia de que tanto o Secretario de Turismo quanto sua adjunta abriram mão de suas remunerações para a formação de um fundo para viabilizar a programação de Natal deste ano assim como os futuros projetos da pasta é simplesmente estarrecedor.

A notícia da formação do tal fundo tendo como principal fonte a remuneração dos secretários para a contrariedade da grande maioria de meus antagonistas prova que sempre e infelizmente estive correto nas minhas observações a respeito das irresponsabilidades ocorridas na área do turismo nos últimos anos. O turismo institucional de Campos do Jordão realmente esta completamente falido e abandonado.

A iniciativa dos dois encarregados pela pasta do turismo sem duvida nenhuma é muito louvável e vem totalmente na contramão de seus colegas secretários que penam em suas pastas com a escassez de recursos, mas não abrem mão de seus vencimentos mesmo tendo o prefeito dito quando da nomeação de sua equipe no inicio de seu governo que estes tinham aceito seu convite não por dinheiro, mas por amor a Campos do Jordão.

Apesar do desapego econômico e da boa vontade demostrada pela nova equipe que ainda está sendo formada a realidade é que eles pouco ou praticamente nada poderão fazer pelo desenvolvimento do turismo a curto prazo.

Parcos recursos, minguados especialistas na área, parceiros ressabiados, executivo displicente e comercio desmotivado são uns dos muitos problemas a serem superados.

Além desta gigantesca gama de dificuldades existe um em especial que não pode ser driblado de jeito nenhum. O tempo!

O calendário natalino na cidade esta completamente atrasado e por mais que se corra para minimizar mais um retumbante fracasso muito pouco poderá ser feito a tempo de evita-lo.

Um projeto desta magnitude exige muito planejamento e um vultoso volume de investimentos, duas coisas que simplesmente não existiram em anos passados e muito menos neste.

A demora na tomada de decisão para a nomeação do secretario e para a formação da equipe responsável pelo evento de fim de ano foi crucial para determinar seu insucesso.

Diante de fatos não existem argumentos, não se trata de pessimismo exacerbado ou tática terrorista, mas e sim uma analise fria de nossa realidade.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Rebelde sem causa.

Então o baile da posse chegou ao fim... O prefeito virou sapo, os carangos oficiais voltaram a ser aboboras e os sete anões viraram treze.

O conto de fadas da ultima eleição nem bem chegou a sua metade e a paciência da população já chegou ao seu limite.

A contratação milionária da frota de carros que estão sendo removidos aos poucos para não alarmar a população, o desgaste dos sucessivos imbróglios envolvendo a prefeitura e um comerciante local com direito até a abuso de poder na tentativa de reintegração de posse sem o devido respaldo da justiça ao mais fiel estilo da grande pensadora contemporânea Valesca Popozuda - “tiro, porrada e bomba” - foram alguns dos motivos determinantes para que a população reagisse negativamente a nova forma de governar.

Mas o que realmente encurtou a lua de mel do prefeito com o seu eleitor foram os sucessivos problemas envolvendo a saúde - o abandono das dezenas de trabalhadores que levaram um enorme calote da ultima empresa responsável pela saúde, o ainda mal explicado processo seletivo da nova empresa, as falhas nos pagamentos de funcionários e médicos que culminou na desordem generalizada no atendimento não somente no Pronto Socorro, mas em varias unidades de saúde espalhadas pela cidade nos últimos dias e a ameaça de ter mais um hospital fechado na cidade acabaram de vez com humor do jordanense e escancarou a inabilidade administrativa do atual governo.

Mais aterrorizados que minhoca em galinheiro os simpatizantes governistas se desdobram para entender o porquê de tantas atrapalhadas e se superam como nunca nas desculpas e explicações.

Sem muitos argumentos para reagir aos sucessivos erros defendem a tese de que o povo resolveu “sacisar” o governo.

Segundos eles as empresas contratadas recebem seus repasses e se esquecem de pagar os funcionários, os médicos resolveram do dia para a noite coletivamente dar uma solene banana ao seu juramento e estão fazendo beicinho para atender a população, pais e mães de toda a cidade combinaram na calada da noite de invadirem juntos o Pronto Socorro e os postos de saúde para tumultuar o ambiente.

Se partirmos do principio que cada povo tem o governo que merece podemos neste caso afirmar sem medo de ser feliz que cada governo também tem o povo que merece e pelo menos neste quesito a coisa parece que esta em empate técnico.

O diferencial da atual e mais grave crise instalada no Gabinete da Abernéssia é que os antagonistas desta vez não são pertencentes ao grupo carinhosamente apelidado pela administração de “quanto pior, melhor”, mas sim cidadãos comuns que estão sendo vitimas das mesmas armas normalmente utilizadas contra os críticos da administração: ao invés de esclarecer os acontecimentos e resolver os problemas desqualificam as reclamações e simplificam as graves dificuldades encontradas pelos usuários do sistema de saúde rotulando pais e mães de família que recorrem às redes sociais para desabafar de oposicionistas irresponsáveis.

Diante de tantas informações desencontradas apenas de uma coisa eu tenho absoluta certeza... O povo mais uma vez acertou na cabeça!

Nas ultimas eleições apostou todas as suas fichas na Zebra.


E realmente esta dando ela.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

APAE de Campos é condenada a devolver mais de 27 mil reais para a prefeitura.

Segundo o D.O (Diário Oficial do Estado) do dia 07 de outubro de 2014 o Tribunal de Contas do Estado condenou a APAE de Campos do Jordão a devolver R$ 27.837,23 mais acréscimos legais por ter sua prestação de contas de 2010 rejeitada pelo tribunal e sua unidade fiscalizadora.

Entenda o caso:

Em 2010 a prefeitura de Campos do Jordão repassou a APAE de Campos do Jordão R$ 52.659,83 para garantir a ação compartilhada entre o Município e a Instituição, através da Escola Nascer do Sol.

Examinando a prestação de contas deste repasse a Unidade Regional de Fiscalização do Tribunal de Contas do Estado lotada em Guaratinguetá listou uma serie de falhas que a levaram a concluir a irregularidade da comprovação da maior parte deste repasse.
Mesmo com as ponderações do executivo o Tribunal de Contas resolveu acatar o parecer da UR - Guaratinguetá de que mesmo com as justificativas apresentadas pela Prefeitura Municipal, à matéria não reuniu as condições necessárias a sua aprovação, remanescendo falhas de natureza grave não passiveis de relevação, e em julgamento realizado em julho de 2014 decidiu pela condenação das partes determinando o seguinte:

Multa de 300 UFESPs cerca de R$ 6.0402,00 para a prefeita responsável pela prestação de contas à época e impondo a APAE a devolução de R$ 27.837,23 quantia esta sem comprovação de gastos com os acréscimos legais bem como a proibição da APAE de receber novos recursos públicos até a sua devida regularização perante a Corte.
Não é segredo para ninguém que as APAEs de todo o país vivem a duras penas e a de Campos do Jordão não é exceção, inúmeras vezes foram necessárias intervenções do poder publico assim como da sociedade para manter seu atendimento funcionando fato que deveria ser considerado uma obrigação do estado e não um favor.

Os serviços prestados pela instituição são relevantes e de interesse social difuso e não podem ser paralisados de forma alguma sob pena de atingir exatamente quem dela depende, e por isso mesmo a sua prestação de contas deveria ser tratada com zelo, seriedade e eficiência e não da maneira como foi apontado pelo órgão fiscalizador.

Não é admissível de forma alguma que uma entidade da relevância histórica e social da APAE seja alvo da irresponsabilidade e do descaso de uma administração publica que tinha como slogam “Campos do Jordão para nossos filhos” e que na época da prestação de contas tinha um gigantesco e oneroso corpo jurídico e administrativo que conforme sentença do Tribunal de Contas não conseguiu comprovar os gastos de uma prestação de contas de uma importância monetária tão irrisória dentro de seu orçamento, mas de uma enorme importância social.

Por outro lado e batendo sempre na mesma tecla tínhamos e continuamos tendo uma Câmara de Vereadores sonolenta, outra instituição gigantesca que suga anualmente boa parte das receitas da cidade e que deveria estar atenta a estes acontecimentos, pois são pagos a peso de ouro para tanto, mas que preferiu serrar fileira com o governo passado, pouco fiscalizando e menos ainda exigindo seriedade e lisura no manejo do erário.

Estes se não são os responsáveis diretos por mais este desastre social que se avizinha se tornaram cúmplices por seu silencio tanto na época dos acontecimentos quanto hoje.

A verdade é que caso esta decisão do Tribunal de Contas do Estado não for revertida e a APAE realmente tiver de devolver aos cofres públicos a importância com os tais acréscimos legais ela corre seríssimos riscos que baixar definitivamente suas portas fechando morbidamente o funesto quadrilátero: Santa Casa, Casa da Criança, Sanatório S3 e APAE.