Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A política é importante, os políticos nem tanto! Jornal Regional

Diz um dito popular dos mais antigos que palavra é prata e silêncio é ouro. Mas jornalista que se presa prefere ser alvejado mortalmente por uma “bala de prata”, do que ser eternamente reconhecido pelo “ouro” acumulado.

Há muito tempo, e por inúmeros motivos deixei de entrar em discussões banais nas redes sociais, não por me julgar melhor ou pior que alguém. Muito pelo contrario! Mas em tempos onde se constrói e se desconstrói um herói mais rapidamente que um celular de última geração se torne obsoleto, e onde todas as fontes de informações vivem sob xeque, nada mais justo, e até mesmo sensato estarmos sempre dispostos a rever posições e a mudar de ideia.

O problema hoje, é que a metamorfose ambulante pregada pelo velho Raul, que sabiamente dizia ser necessário abrir a “janela” para contemplar o horizonte, esta sendo confundida com a metamorfose dos oportunistas, que ao invés de mudarem de opinião para ajustar o seu discurso a sua moral, mudam de opinião para ajustar o seu discurso as suas necessidades.

Gente que convenciona a sua ignorância ou a sua sabedoria conforme as necessidades do momento.

E é exatamente deste meio que surge a esmagadora maioria dos candidatos a cargos eletivos do país, principalmente ao legislativo.
E é deste mesmo solo podre, revolto de modos diferentes há séculos, e com o mesmo arado da direita e da esquerda, com a mesma desculpa de oxigenar a sociedade que brotam os samaritanos e os salvadores da pátria, que aparecem de quatro em quatro anos para prometer o que nem Deus prometeria.

Gente que se faz de frágil, vítima de um sistema opressor, mas que na primeira oportunidade não titubeia em usar das mesmas ferramentas para triturar seus seguidores, usando o suor alheio para atingir seus objetivos, que nada mais são do que fazer parte, e principalmente! Serem aceitos pela tal “elite branca” - que nem mesmo eles sabem mais como identificar ou diferenciar.

Gente que se fantasia de “gente boa” para se misturar ao povo, toma café na canequinha, come churrasco com as mãos, toma cerveja no bico da latinha - gente que se diz da “comunidade” só porque passou um dia inteiro na periferia sem nunca ter sabido o que é ver um filho com um tênis furado nos pés sem poder fazer nada!

Desta guerra fictícia criada entre os burgueses fakes e os proletários de mentira, quem continua pagando a conta são os empresários e os trabalhadores de verdade.

A verdade é que estamos perdendo mais uma chance de discutir seriamente sobre política e estamos voltando a vala comum da discussão politiqueira.

Os discursos não mudam, as promessas se repetem, as mentiras se avolumam, a descrença só aumenta, a impunidade se perpetua, a “Lei de Gerson” a cada campanha se afirma e os eleitores a cada dia estão mais perecidos com os candidatos.

Hoje eu continuo gostando de política, mas a cada dia gosto menos dos políticos.

O Brasil tem de mudar. Diga-se de passagem, já passou muito da hora desta mudança acontecer.

Não é mais uma questão de quem é o mais esperto ou mais paspalho, mas sim, de quem quer realmente um país digno de orgulho, ou não! Se não para nós ou para nossos filhos, quem sabe para nossos netos.


O futuro de nossos filhos, e dos filhos de nossos filhos começa a ser construído hoje e não amanhã.

99% Santo - A Tribuna

Depois de muitas especulações com o lançamento de pelo menos uma “kombi” lotada de pré-candidatos a prefeito, o cenário político na cidade esta se acomodando, e mais da metade destes supostos salvadores da pátria já conseguiram alcançar o seu objetivo que era de se agasalhar em ninhos mais confortáveis, outros nem conseguiram alçar voo.

Com o tempo de campanha cortado pela metade e com muitas mudanças nas regras do jogo, os candidatos serão usados pela Justiça Eleitoral como uma espécie de cobaia, para o aperfeiçoamento das outras campanhas que virão.

Dentro de um espectro gigantesco de mudanças dou atenção especial aos caixas de campanha que devido os sucessivos e infindáveis escândalos de caixa dois que estão tirando o sono de políticos graúdos de todo o país será sem duvidas a menina dos olhos do judiciário.

O TSE finalmente definiu os limites máximos de gastos que os candidatos aos cargos majoritários e proporcionais de 2016 (Resolução nº 23.459, de 15 de dezembro de 2015) podem apresentar no final de suas campanhas: para os candidatos a prefeito o limite no primeiro turno em Campos do Jordão será de exatos R$ 150.043,38 (cento e cinquenta mil e quarenta e três reais e trinta e oito centavos), já os candidatos a vereadores não poderão declamar mais que R$ 17.913,20 (dezessete mil novecentos e treze reais e vinte centavos).

Apesar dos valores parecerem expressivos, dentro de uma campanha eleitoral podem se tornar irrisórios diante da demanda de cada partido, coligação ou candidato.

Muitos políticos estão refazendo suas contas tentando encaixar suas campanhas dentro deste “minguado” orçamento, mas quem realmente devem estar aliviados com a determinação deste teto máximo de gasto sãos os “doadores”, em especial aqui em Campos do Jordão os conhecidos campestres.

As cartas estão na mesa, e as regras apesar de ainda um pouco confusas estão definidas.

O jogo começou, e desta vez o juiz será o alvo da atenção das torcidas e não seus craques, muito provavelmente o resultado deste campeonato será decidido não nas urnas, mas sim no rescaldo das contas de campanha.

Afinal como disse o grande filosofo contemporâneo Wesley Safadão: os brasileiros são 99% santos, mas aquele 1%...