Muitas coisas já mudaram no Brasil nos últimos anos.
Ricos e poderosos começaram a sentir o peso da espada da Lei.
Milionários como os donos da mega construtora Odebrecht
e o empresário que viabilizou o mensalão, Marcos Valério, foram condenados a
quase 20, e a mais de 40 anos de prisão respectivamente.
Junto a estes ricos e famosos também se encontra
cumprindo pena de mais de 20 anos de prisão, o poderoso José Dirceu, ex-homem
mais influente da república.
Aparentemente o brasileiro se cansou de achar que
corrupção e privilégios são coisas normais.
Ainda estamos engatinhando, e muita gente graúda ainda
deve prestar contas a “Dona Justa”, mas é certo que o Brasil de hoje esta muito
diferente do Brasil de ontem.
Na contramão de todas estas mudanças temos as
campanhas que não conseguiram se renovar, apesar das novas regras.
Os ataques pessoais, o fanatismo exacerbado e as fábricas
de boatos continuam a pleno vapor, contribuindo somente para a desinformação e
deformação da vontade dos eleitores.
O debate político e a discussão das propostas, mais
uma vez ficaram em segundo plano.
Aliás! As propostas de governo também continuam as
mesmas... Simplesmente ridículas e inviáveis – desta maneira, a nova política e
os novos políticos, mais uma vez provam que na hora de garantirem suas eleições
em muitas situações se parecem com as raposas felpudas, e em muitas outras são
até mais felpudas.
A nova formatação da campanha deverá sofrer
modificações em breve por não ter se mostrado um sistema autossustentável.
Em pequenas cidades como Campos do Jordão, alguns CPFs
diferenciados não se importam de ver seu nome vinculado a um candidato e ao
valor doado, mas nas grandes capitais, onde o volume de investimento mesmo tendo
sofrido um drástico corte ainda são consideravelmente vultosos ninguém até
agora quis colocar seu CPF na reta.
Desta maneira, dois novos fenômenos foram evidenciados
nesta campanha: o aparecimento dos candidatos milionários que saem na frente
por terem recursos próprios para bancar suas campanhas, e a criação das
“fazendas de laranjas”, onde podemos encontrar laranjas de todas as qualidades,
camuflando os verdadeiros “benfeitores” dos candidatos.
O judiciário terá muito trabalho pela frente, até que
a justiça, os eleitores e os políticos sincronizem seus relógios de moral,
ética e principalmente de comportamento.