Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

2016: O ano que nunca vai acabar. - Jornal Regional

Existem anos que marcaram de forma violenta a história recente da humanidade: 1914 com o inicio da primeira grande guerra mundial, 1939 com a invasão da Polônia pelas tropas Alemãs iniciando o segundo grande conflito, 1989 com a queda do muro de Berlim dando inicio ao declínio comunista na Europa, 2001 com o ataque as Torres Gêmeas de Nova York iniciando a era do terrorismo religioso.

No Brasil temos 1964, ano do golpe militar que ficou conhecido como “o ano que não acabou”.

Apesar destas, e de outras datas marcantes e relevantes para a construção de nossa nação, 2016 será lembrado nos livros de história como um dos anos mais emblemáticos vividos no Brasil.

O acirramento de ideias, chegando ao confronto direto entre os radicais de direita e de esquerda, a falência total e completa do sistema político com a explosão de um esquema de corrupção nunca antes visto na história do Brasil e do mundo, e a falta de competência do judiciário acabaram tornando a permanência no poder da presidente recém eleita simplesmente impossível, e tudo isso foram os ingredientes de um coquetel molotov social que explodiu nas mãos da população.

A prisão de políticos graúdos, de grandes empresários, e de altos funcionários públicos, sem dúvida foram os pontos positivos; as manifestações cada vez mais violentas e completamente manipuladas são os negativos.

Um ano conturbado, política e socialmente, que apesar da proximidade de seu fim ainda reserva grandes emoções.

Apesar de todos estes acontecimentos, 2016 não será lembrado por suas conquistas e reviravoltas sociais, mas por uma tragédia. A queda do avião que levava toda a delegação da equipe da Chapecoense, e de dezenas de jornalistas, tornando-se a maior tragédia esportiva da história do Brasil.

Enquanto todo o país, e o mundo tentavam entender a tragédia que assolava o mundo esportivo, e fazia suas homenagens, os políticos na calada da noite usando esta comoção nacional aprovaram na “mão do gato” uma lei que além de descaracterizar o combate a corrupção também cerceia a atuação do judiciário, tornado os juízes nas palavras da presidente do STF, a Ministra Carmem Lúcia, simples carimbadores de despachos.

Talvez esta sim seja a maior tragédia do ano. A ainda existência de políticos sem caráter e sem escrúpulos, que se utilizaram da dor de uma tragédia para se vingarem covardemente dos juízes que estão passando a classe política a limpo e principalmente de uma população trabalhadora que esta completamente exausta.

O Brasil continua sendo um país rico com um povo pobre, principalmente de espírito.

Infelizmente este ano, por motivos de sobra, não teremos um Feliz Natal.  


De Woodstok ao petrolão. - A Tribuna

A chamada geração dos “anos de chumbo” precisa se deitar no divã.

A geração dos hoje mandatários da nação - seja na esfera política, social, econômica, artística e principalmente dos intelectuais formadores de opinião não sabe como lidar com os monstros criados por eles mesmos.

A geração da eterna contestação não sabe como construir, compor, participar ou simplesmente aceitar.

Se descontrola quando tem de se confrontar com problemas sociais e políticos extremamente agravados por posturas e atitudes irresponsáveis tomadas por eles no passado, e transferem a culpa por estas dificuldades as gerações passadas ou para as futuras. Não tem coragem o suficiente para assumir que o mundo de hoje foi o mundo que eles construíram segundo a sua vontade.

A liberalidade sexual e a apologia as drogas amplamente divulgadas pela geração “cabeça” de Woodstock gerou frutos doentes, hoje colhidos pelas novas gerações que acha normal transar com treze anos e que dar um tapinha em um cigarrinho de maconha de vez em quando não faz mal algum.

Se tornaram péssimos pais, péssimos profissionais, péssimos políticos e são absolutamente insuportáveis dentro de um convívio social baseado na tolerância.

Pregam a liberdade, desde que seja a deles, e se irritam com a liberdade dos outros, não suportam criticas a ideologia política e social que pregam e que se mostrou um verdadeiro desastre.

Acreditam em suas próprias mentiras e obrigam os outros a aceitarem seus devaneios como se fossem verdades absolutas, se autodenominam socialistas ou democratas, e até mesmo conservadores moderados, mas se comportam como reis absolutistas.

Uma geração estéril que deixa como único legado ao mundo a banalização da violência a mascarando de luta social, do uso de drogas e da liberdade sexual com a desprezível desculpa do livre arbítrio.

Uma geração rebelde e autoritária que em nada contribuiu para o crescimento econômico, social e moral da nação.

Isso explica o momento delicado em que o país se encontra com os níveis de civilidade, moralidade e ética abaixo de zero.  

Enfim! A geração que queria mudar o mundo acabou o destruindo.