Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

terça-feira, 10 de março de 2015

Mega dor de cabeça.

Por mais uma vez a prefeitura de Campos do Jordão se encontra no centro de uma polemica, agora em nível nacional.

O embargo do Megacycle um dos maiores eventos de motos do Brasil e da América Latina, ainda provoca discussões e promete ter inúmeros desdobramentos negativos dentro e fora da cidade.

A clara falta de sintonia da atual administração com os demais poderes instituídos da cidade é evidente e já gera prejuízos de grandes proporções ao comércio e a população em geral.

A falta de documentação para o funcionamento do evento denota um “Q” de extremo amadorismo da prefeitura, mas também dos promotores do evento, que trabalhando na mesma área a mais de 20 anos, deveriam estar a par das normas e regras vigentes no município e principalmente estarem atentos e preparados para enfrentar qualquer tipo de contratempo.

Com o inevitável prejuízo os ânimos se exacerbaram e o responsável pelo evento em um arroubo de indignação em uma entrevista a uma rádio local chegou a insinuar uma má fé por parte da justiça e do Comandante da Policia Militar da cidade no episódio.

Sem ter como explicar de maneira clara o que realmente aconteceu o prefeito preferiu mais uma vez tergiversar sobre as responsabilidades do fracasso do evento, deixando como sempre todas as partes envolvidas a ver navios.

E os excessos não ficaram somente por ai. Com a noticia do embargo, inúmeros empresários da cidade resolveram compactuar com as irregularidades apontadas pelo Corpo de Bombeiros na vistoria e se rebelaram contra a decisão da promotoria e do juízo local.

E assim como no século XV no auge da Inquisição sem pestanejar incitaram a população a promover uma verdadeira caça às bruxas em busca do “denunciante” o acusando de ter tramado uma conspiração rasteira e premeditada contra a administração municipal, e de ser contra o desenvolvimento turístico e econômico da cidade.

As ilações a respeito dos prováveis responsáveis pelo fracasso do evento foram magistralmente manipuladas por uma parcela de cidadãos/empresários que se escondem atrás da bandeira do amor a cidade, e cirurgicamente apontaram os holofotes da desconfiança no grupo que a situação jordanense desqualifica e rotula de “quanto pior, melhor”.

Diante do quadro de um eminente enfrentamento desenhado na cidade um comunicado do Comando do Policiamento dando conta que o “denunciante” das irregularidades constatadas pela vistoria do Corpo de Bombeiros nas instalações do evento foram feitas pelo Capitão da Corporação no cumprimento de seus deveres os ânimos se esfriaram restabelecendo a ordem e a verdade na cidade.

Apesar de muito preocupante, a patuscada promovida pelos aloprados simpatizantes governistas serviu para deixar claro a população quem realmente são os radicais raivosos da cidade, e quem realmente esta do lado da lei e da ordem.

Como bem dizia Abraham Lincoln: “Podem enganar a todos por algum tempo; podem enganar alguns por todo o tempo; mas não podem enganar a todos todo o tempo”.

Infelizmente essa situação não tem prazo para acabar.

Por Beborah Cocci.

Tentativa de impor o poder da hipocrisia, o culto ao mal necessário, a condenação de direitos do cidadão de exercer seu dever e poder de cidadania, foram alguns dos temas abordados e defendidos cegamente nas redes sociais nos últimos dias. E quando a gente pensa que já viu de tudo, levamos um susto com algumas pessoas que perdem a oportunidade de ficar de boca fechada.

Houveram tantos adjetivos arcaicos,  cercados de propostas medievais nos últimos debates assistidos por todos nós nas redes sociais nos últimos dias,  por conta do fiasco ocorrido no Megacyclo que não aconteceu em campos do Jordão,  que nos deixa assustados.

Mas refletindo cá com meus botões; a política de toma lá da cá que temos instalada na cidade hoje, é apenas “um fruto semeado há décadas atrás, pelos mesmos personagens que hoje reclamam da situação”; Pelo que estamos vendo eles fizeram escola e a situação não tem prazo para acabar.

O culto da ilegalidade, também conhecido como jeitinho brasileiro, o tal do mal necessário, foi vergonhosamente defendido de maneira assustadora, pelos indivíduos que pregam os valores   da política correta e honesta, mas quando o assunto afeta os bolsos, a conversa é bem outra, isso me parece que ficou bem claro, mas em fim…

O direito de cidadania que todos nós temos foi duramente condenado e criticado, porem se esqueceram de mencionar que a justiça só acata denuncia quando a mesma tem fundamento, ou seja, se não houvessem irregularidades,  o evento não teria sido embargado, simples assim.

E porque tudo não foi resolvido com ao menos uma semana de antecedência?

O problema do fiasco em duas rodas, ou melhor, em milhares de rodas, é muito mais sério do que se pode imaginar, visto que o desgaste da imagem da cidade que será levado de boca em boca aos quatro cantos do país,  por todos que participaram (ou melhor, não participaram),  é um fato que vai demorar muito para ser restabelecido; a credibilidade de investidores no município,  tanto em alta,  como em baixa temporada despencou, os gestores,  se é que transmitiam alguma confiança, depois desta situação fica pouco provável que continuem transmitindo.

Um evento super bacana, todos estávamos na maior expectativa de participar; hotéis, pousadas, bares, restaurantes, empregados, e empregadores e acabamos sendo vitimas da incapacidade, pois ficou mais que provado que atualmente a cidade não tem capacidade e nem maturidade para cuidar dos seus cidadãos, que dirá dos de fora.

Existiria uma política de oposição pesada como afirmam alguns, se houvessem parlamentares posicionados como contra as ações do executivo, porem, como meu amigo subversivo costuma dizer; nosso prefeito administra a cidade, ou pelo menos tenta, em Céu de Brigadeiro e nem assim as coisas se desenvolvem.

A única oposição que o atual governo enfrenta nos dias de hoje é ele mesmo.

Mediante todo esse quadro histórico que temos exposto hoje, e até mesmo a omissão dos que deveriam ter se posicionado mais na situação; fica claro que embora seja muito desagradável avaliar as condições de futuro de maneira negativa, a visão de futuro que tenho para nossa cidade nos próximos cinquenta anos no mínimo, tendem a ser ainda pior do que temos hoje, pois se colhemos o que plantamos, basta olhar o que estamos plantando hoje e saberemos o que vem por aí.

A pasta da saúde virou responsabilidade de Deus, e assim segue tudo mais em nossas vidas hoje em Campos do Jordão.

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