Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Os desafios do próximo prefeito de Campos do Jordão - A Tribuna

Depois da inauguração da Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP 123) no final da década de 70, Campos do Jordão sofreu um “bum” em seu crescimento populacional que não foi acompanhado pelas administrações.

Nestes últimos anos a cidade foi vítima de administrações fracas e incompetentes, que acarretou a população da cidade um enorme déficit social que será o grande desafio que o próximo prefeito terá de enfrentar a partir de sua posse no dia 1º de janeiro de 2017.

O Jornal A Tribuna destaca a partir de agora quais são os principais desafios do próximo prefeito de Campos do Jordão:

Economia: O Brasil se aproxima de sua pior crise financeira desde a implantação do Plano Real em 1994, somando isso as administrações temerárias que a cidade foi vitima nos últimos anos, o próximo prefeito muito provavelmente herdará uma divida astronômica e uma prefeitura completamente desorganizada economicamente.

Sem recursos próprios e sem ter de onde tirar, a primeira ação da nova administração deverá ser no enxugamento da maquina pública, diminuindo seu quadro de servidores e cortando gastos e secretarias. Um remédio amargo, mas necessário que deverá ser parcimoniosamente dosado para não matar o paciente.

Educação: Com a redução no quadro de professores e funcionários, a educação tem sofrido um desgaste e uma perca de qualidade sensível nas últimas décadas, os professores ainda lutam por seu plano de carreira e a merenda não tem uma qualidade permanente, e os investimentos em uniformes e matérias didáticos ainda deixam muito a desejar.

O maior problema a ser enfrentado nesta área pode não ser o econômico, mas sim de gestão.

Infraestrutura: Com seu departamento de obras completamente desmantelado há anos, o próximo prefeito não contará com maquinário e nem com mão de obra o suficiente para fazer frente às necessidades prementes da cidade.

O novo prefeito terá e reinvestir rapidamente em máquinas e equipamentos e reconstruir seu quadro de servidores; o grande desafio a ser encarado é como equacionar esta necessidade com os cortes em investimentos e funcionários.

Esporte: Apesar dos resultados relevantes em alguns esportes coletivos e individuais, o esporte da cidade se encontra em estado de calamidade.

O único ginásio de esportes da cidade não tem condições de receber grandes eventos e necessita a muito tempo de uma reforma geral, e os dois campos de futebol da cidade a muito tempo não tem uma manutenção a altura.

Os investimentos na área de esporte na cidade são praticamente inexistentes, chegando ao ponto de ter de cancelar tradicionais torneios e campeonatos por falta de verbas.

Além de todos estes obstáculos, o maior problema a ser enfrentado no esporte e o término da construção do Centro de Esportes de Alto Rendimento, que ao invés de estar recebendo atletas para a próxima Olimpíadas, e estar servindo de atrativo para outros investimentos na cidade, se tornou em um enorme elefante branco.

Cultura: Com um dos menores orçamentos a pasta de cultura tem grande parte de seu orçamento anual comprometido com a folha de pagamento, o que inviabiliza um aporte de peso aos projetos culturais da cidade.

A dificuldade de se manter o Espaço Cultural que é o símbolo maior da cultura jordanense em bom estado de conservação e de funcionamento representa bem o momento difícil por qual passa a cultura da cidade.

Nesta pasta o grande desafio do próximo administrador é adequar o quadro de funcionários ao seu orçamento para abrir espaço para investimentos nos vários projetos que se encontram ou engavetados ou em fase de desmantelamento, como é o caso da Filarmônica da cidade.

Habitação: A habitação não tem um investimento relevante desde a década de 90 quando dois conjuntos habitacionais e um residencial destinado à população de baixa renda foram construídos na cidade.

A cidade não tem recursos próprios para investir nesta área, e depende de investimentos federais e estaduais, neste item o maior desafio será convencer tanto o governo federal quanto o estadual que a cidade carece de um plano habitacional de grande porte para reduzir o déficit habitacional da cidade.

Segurança pública: A segurança pública é de responsabilidade única e exclusiva do governo do estado, porem a cidade necessita urgentemente de um aumento tanto no efetivo militar quanto no civil, a delegacia da cidade apesar de ter um prédio praticamente novo sofre com os frequentes cortes em sua logística, e merece uma especial atenção tanto do governo local quanto do estadual.

Por outro lado o prefeito pode aumentar a segurança da cidade investindo pesado na Guarda Municipal e no Corpo de Bombeiros, que se encontram em funcionamento de forma precária e amadora.

A solução dos problemas da segurança neste sentido passa tanto pelo investimento direto do município, como pelo bom relacionamento que o próximo prefeito deverá de ter com o governo do estado para que este também faça a sua parte.

Transporte público: O transporte público na cidade é um assunto bastante delicado. O monopólio do transporte público se encontra concentrado nas mãos de uma única empresa, o que inviabiliza a instalação de novas linhas, investimento em novos ônibus e no conforto dos passageiros.

A solução deste empasse talvez esteja na realização de uma nova licitação, tendo em vista que o Tribunal de Contas do Estado considerou a contratação da atual empresa irregular e na liberação de formas alternativas de transporte dentro da cidade.

Turismo: A mola mestra da economia local aparentemente nunca foi levada a sério por nenhuma administração. Seu orçamento esta dentro os menores de todas as secretarias, e seus administradores nunca foram qualificados ou interessados em realmente fazer a diferença.

Dependente somente da região do Capivari e do Festival de inverno e com seus principais pontos turísticos completamente degradados Campos esta aos poucos perdendo seu atrativo.

Além da descentralização do atrativo turístico e da recuperação dos pontos turísticos abandonados a nova administração se deparará com outro grande problema a ser relacionado nesta área: A enorme divisão que existe entre os empresários que exploram o turismo e reduzir o custo Campos do Jordão que é considerado um dos mais altos do país.

Por fim chegamos ao maior desafio a ser enfrentado pelo próximo prefeito: A saúde.

A falência da saúde não é exclusividade de Campos do Jordão. Os cortes nos recursos federais e estaduais nunca foi tão grande,  o que dificulta a manutenção dos serviços essenciais como o do pronto atendimento.

O sonho de ter a Santa Casa novamente em funcionamento pode ter definitivamente acabado com a venda de seu prédio para o pagamento de dividas trabalhistas, além deste grave problema o funcionamento do único hospital da cidade esta em xeque.

Mal administrada durante décadas, à saúde da cidade declinou de forma preocupante, e nos últimos meses corre o sério risco de ser declarada em estado de calamidade pública e de sofrer uma intervenção.

Sua recuperação sem duvidas será o maior desafio do próximo prefeito, que deverá além de investir recursos próprios também terá de conseguir o que nenhum outro prefeito conseguiu até hoje, recursos federais e estaduais de grande porte suficientes para recuperar e manter em funcionamento sem sobressaltos o último hospital da cidade bem como o pronto socorro.

Os principais desafios a serem encarados de frente pela próxima administração são os expostos acima, mas o próximo prefeito não pode deixar de dar atenção a inúmeros outros desafios menores que também não poderão ser deixados de lado.

Desta maneira não adianta o próximo prefeito ser apenas um bom politico e ótimo administrador, terá também de contar com um secretariado eficiente e comprometido com a recuperação da cidade, e claro, com muita sorte.

Eleições 2016 - A Tribuna

O leonino Código Eleitoral brasileiro não permite que ninguém se declare candidato, ou mesmo candidato a candidato antes dos prazos fixados em lei, mas como as peças de xadrez do tabuleiro politico jordanense já estão em movimento nos bastidores, o Jornal A Tribuna como é de tradição antecipa o debate e analisa os principais nomes que estão despontando como os prováveis candidatos que disputarão a próxima corrida eleitoral em Campos do Jordão.

Alguns nomes estão se sedimentando e ganhando corpo, outros da mesma forma que apareceram também já estão completamente descartados, alguns outros surgem correndo por fora com grandes chances de competir em alto nível.

Se nos próximos meses tivermos a confirmação que nenhum tradicional nome da política estará no páreo, o próximo pleito promete ser um dos mais disputados da história da cidade, caso contrário, novamente teremos uma disputa polarizada. Por este motivo apresentamos aos nossos leitores os nomes que já se articulam nos bastidores e tem realmente grandes chances de viabilizar a sua candidatura em 2016.

Provável candidato do PSB o Dr. Edgard Nunes de Carvalho Júnior, tem 61 anos, é médico e natural de São José do Rio Preto, já foi vereador em Campos do Jordão onde ocupou a cadeira de presidente entre os anos de 2001 e 2002.

Político experiente e médico muito conhecido na cidade, teve sua candidatura impugnada nas últimas eleições e acabou apoiando o candidato do PSDB na reta final, hoje se encontra com todos seus direitos políticos garantidos e segue como um dos nomes mais fortes para a disputa das próximas eleições.

Dr. Oswaldo Gomes da Silva Filho, o Dr. Oswaldinho é dentista e já foi prefeito de 1997 a 2000. Eleito com 6.929 votos em mais uma eleição muito disputada teve um bom desempenho em sua administração, principalmente na área da habitação, é carismático e tem largas chances de ver seu nome novamente lançado como candidato a prefeito, muito provavelmente pelo PSD.

Carla Machado natural do Rio de Janeiro tem 43 anos e é a atual presidente do PRB jordanense.

Personagem completamente desconhecida da vida pública de Campos do Jordão por enquanto é uma enorme incógnita, mas pode assim como outros tantos desconhecidos candidatos que já disputaram a prefeitura surpreender nas urnas na reta final.

Marcelo Lauria ainda sem partido definido é empresário de sucesso e proprietário de um dos maiores escritórios de contabilidade da cidade, jovem e dinâmico Marcelo Lauria nunca foi candidato a cargos públicos na cidade e terá pela frente um grande desafio onde terá de colocar a prova todo seu carisma e popularidade.

Frederico Guidoni Sacaranelo atual prefeito e provável candidato a reeleição pelo PSDB tem 41 anos é advogado e natural de Ribeirão Preto.

Participou da vida pública da cidade na administração Osvaldo Gomes (1997-2000), ganhou o último pleito por uma diferença mínima de 542 votos em uma disputa acirradíssima.

Político jovem e experiente, tem feito uma administração marcada por altos e baixos, tem enfrentado muitos problemas na área de saúde e educação. Não conseguiu tirar do papel praticamente nenhuma de suas promessas de campanha, por outro lado deu seguimento a muitos projetos abandonados por outros prefeitos e tem se destacado principalmente pelo bom trabalho realizado no embelezamento da cidade.

Hélio Abel da Silva, radialista, tem 50 anos de profissão e já ocupou uma das cadeiras da Câmara de Vereadores. Político sério e competente é nome muito bem recebido entre os jordanenses. Representa uma nova via na política local. Ainda está sem partido definido.

José Ribeiro da Silva conhecido como Zé Ribeiro, tem 74 anos, é jordanense e participou das últimas eleições pelo PRTB.
Empresário da área de turismo, Zé Ribeiro apesar de ser novato na política conseguiu atrair a atenção dos eleitores nos debates realizados na última campanha e demonstrou que apesar da idade pode sim ter folego para chegar à reta final com alguma possibilidade de sucesso.

Dr. Luiz Carlos Moreira Costa, advogado, jordanense participou ativamente da administração Ana Cristina (PPS), tem bom conhecimento dos problemas da cidade e apesar de ser da terra também não é muito conhecido politicamente na cidade e terá de correr contra o relógio para reverter este quadro. Tenta viabilizar sua candidatura pelo PSC.

Armênio Soares Pereira Filho, Dr. Armênio, médico muito conhecido é de família tradicional da cidade, tem 51 anos e pode ser novamente o candidato do PR em 2016.

Participou da última eleição como candidato a prefeito obtendo quase oito por cento dos votos válidos, ficando em quinto lugar. Teve seu nome bem aceito no meio político e pela população. Caso consiga alavancar sua candidatura dentro de seu partido pode sem duvidas sonhar com perspectivas bem melhores na próxima campanha.

Muita água ainda correrá por debaixo da ponte antes de todos os acordos políticos estarem devidamente costurados, e da justiça eleitoral deferir todas as candidaturas, porem muito dos rostos aqui publicados certamente estarão estampados nas urnas eletrônicas.

Por enquanto a única coisa que o eleitor da cidade tem certeza é que mais do que uma guerra politica e de um grande desafio administrativo, à corrida pela cadeira da prefeitura de Campos do Jordão se tornou um bom negócio.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Todo tsunami começa como uma marolinha em alto mar - A Tribuna


Em 2008 enquanto o mundo mergulhava em uma profunda crise financeira nosso então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o folclórico Lula, desdenhou da preocupação mundial e do povo brasileiro, e além de dizer que o Brasil ia muito bem obrigado, também afirmou que o tsunami econômico que havia atingido em cheio a Europa e os Estados Unidos chegaria por aqui apenas como uma marolinha.

Sete anos depois deste emblemático pronunciamento e mergulhados em uma das mais sérias crises politica, moral e principalmente econômica dos últimos tempos, descobrimos a duras penas que o mundo e a oposição estavam certos e o governo errado.

Os reflexos deste descontrole nas contas públicas estão sendo sentidos agora, e todos os estados e por consequência todas as cidades estão sofrendo severos cortes em diversas áreas, com destaque para a educação, saúde, infraestrutura e habitação.

Se os governos municipais petistas ou ligados a sua base governista se deixaram levar pelas fanfarronices do presidente Lula e de sua sucessora, e gastaram irresponsavelmente o dinheiro público, podemos dizer que estes são as vitimas de seu próprio veneno.

Mas o que dizer dos prefeitos oposicionistas que já sabendo da enorme crise que se avizinhava também gastaram de forma irresponsável?

A última edição do Jornal A Tribuna mostrou que os tucanos jordanenses correm contra o tempo e tentam enxugar a maquina pública a qualquer custo, diminuindo postos de trabalho na educação e na saúde, cortando benefícios dos funcionários públicos como as horas extras e reduzindo gastos com contratos como a redução nos aluguéis de carros. Tudo com a única intenção de economizar nos próximos cinco meses oito milhões de reais e tentear fechar o caixa dentro dos parâmetros exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Anunciada com o costumeiro glamour, estes ajustes, ao contrario do que a assessoria de imprensa quer vender a população, não são frutos de um governo responsável, muito pelo contrário, são os reflexos de um governo que gastou muito e pior... Gastou mal!

Herdeiro de um desastroso governo e de uma divida impagável o atual governo mesmo sabendo dos problemas que teria de enfrentar, e da crise que se aproximava, inexplicavelmente contraiu vários contratos supérfluos e onerosos aos cofres públicos.

Sem dinheiro em caixa, e sem ter de onde tirar, a atual administração, assim como todas as outras antes dela, esta empurrando a crise para debaixo do tapete, tentando a todo custo manter a cabeça fora d’agua na reta final de seu mandato, transparecendo uma eficiência que já provou não possuir.

Sem ter como mensurar o tamanho do terremoto que os tucanos estão provocando nas contas públicas, o próximo prefeito pode ser surpreendido por um tsunami logo no primeiro dia de sua posse.