“Viva depressa, morra jovem e seja um cadáver atraente”
Oscar Wilde
O termo “cadáver político” é comumente utilizado para indicar aquele político que atravessando um inferno astral não reúne mais as mínimas condições para manter seu mandato ou sequer pleitear outro, mas que teimosamente se agarra com unhas e dentes a tênues discursos, palmas, abraços, tapinhas nas costas, sorrisos, santinhos e carreatas tentando por todos os meios retomar o poder e o domínio de sua vida política.
Com a exigência da transparência e do efetivo controle dos atos públicos juntamente com as novas ferramentas tecnológicas que dão publicidade em tempo real destes feitos e maus feitos, cada vez mais e mais teremos noticias destes insepultos políticos que nos assombram em época de eleição.
E logicamente Campos do Jordão não poderia ficar ilesa a esta verdadeira epidemia que esta acometendo diversos políticos Brasil e cidade afora.
Somente neste ano pelo menos mais dois se juntarão a algumas outras já defenestradas figuras políticas no mundo dos esquecidos.
A noticia da morte política geralmente chega através da rejeição da própria opinião publica, mas sempre o atestado de óbito é assinado pela justiça.
E como se fosse um cortejo de corpo presente o falecido vaga por entre as repartições publicas e pelas ruas acompanhado de seu séquito de “fiéis” aspones acéfalos, mas unidos em torno do ali jaz, cumprindo conforme o combinado seu papel de inconsoláveis carpideiras.
E enquanto o moribundo insiste em manter seu caixão aberto seus aliados abandonam a cerimônia fúnebre pela metade com o corpo ainda quente e se engalfinham na divisão do espólio.
Nestes casos resta a população somente aguardar no portão do cemitério (urnas) para prestar as últimas homenagens aquele que por pelo menos um dia mereceu o respeito da maioria dos eleitores.
E em sua lapide o epitáfio assim será inscrito para a eternidade:
“Errar é humano, persistir no erro é ser político, manter a bandeira hasteada mesmo quando a batalha esta perdida não é demonstração de coragem e sim de burrice”.
E para as viúvas deste político restará...O luto!
R.I.P
