Os primeiros meses do “novo” governo tucano em Campos do Jordão estão sendo marcados pela intensa movimentação de bastidores de nosso prefeito, que tem-se mostrado muito empenhado na pavimentação da estrada que pode levá-lo a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), ou até mais longe.
Logo nos primeiros cinco meses o prefeito jordanense conseguiu ser eleito por aclamação como presidente da recém-criada RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba), entidade que engloba nada mais do que 39 cidades da região; e no dia 26 de abril, em Brasília, tomou posse como vice-presidente da Frente Nacional de Cidades, representando todas as cidades turísticas do país.
Como na política nada acontece por acaso, esta superexposição tem apenas uma finalidade. A de levar o nome do prefeito para além das fronteiras jordanenses, alavancando sua candidatura a deputado estadual já nas próximas eleições.
Certamente estas informações serão veementemente negadas pelos envolvidos, que afirmarão que tudo isso não passa de conjecturas e as colocando na conta da boataria, porém, fontes com acesso livre pelos corredores do gabinete da Januário Miráglia garantem que todos os movimentos do tabuleiro de xadrez político para os próximos 4 anos já foram meticulosamente calculados e a candidatura a deputado estadual nas próximas eleições é apenas um destes movimentos, cujo propósito é o de perpetuar o poder político do prefeito na cidade. Cabe saber se este poder será em algum momento compartilhado com seus “aliados” ou se permanecera somente dentro de casa.
Sem uma oposição organizada na cidade e menos ainda dentro da Câmara, onde a esmagadora maioria está alinhada com o executivo há muito tempo, ficando a minoria descontente isolada e completamente desarticulada, o prefeito tem voado desde a sua primeira eleição em céu de brigadeiro.
Desfrutando deste cenário político interno completamente passivo, o prefeito tem encontrado tempo livre mais do que suficiente para investir na sua autopromoção, deixando em segundo plano a agenda política da cidade.
Diante deste panorama incerto, onde o chefe do executivo anda as voltas somente com as suas aspirações políticas pessoais e um legislativo que em tese teria o poder de pressioná-lo para que a governança da cidade não fosse colocada de lado, mas que não tem demonstrado a menor preocupação, tanto é que os vereadores só têm demonstrado algum empenho quando o assunto são os animais, fica a pergunta: Quem esta administrando Campos do Jordão?