Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Eleições legislativo - A Tribuna

Na mesma esteira das especulações sobre os nomes dos prováveis candidatos a prefeito, surgem as especulações a respeito dos nomes que poderão compor a Câmara de Vereadores no próximo mandato.

A renovação tão desejada promovida pelos eleitores nas últimas eleições, não surtiram os efeitos desejados, e a população não esconde a sua insatisfação com o trabalho dos vereadores.

Abalada por inúmeros escândalos, a câmara viu nos últimos anos sua credibilidade ser bastante arranhada e o evidente alinhamento do legislativo com o executivo deixa claro que os vereadores não conseguiram se tornar independentes e mesmo com a realização de um concurso público para preenchimento dos cargos públicos na casa conseguiu legitimar os vereadores como fiéis representantes do pensamento e da voz da população.

Alguns nomes que surgiram como uma nova força política não conseguiram se firmar de maneira positiva no cenário político da cidade o que abriu uma nova oportunidade para a volta por cima de políticos mais experientes que não conseguiram se reeleger nas últimas eleições.

Consagrados nomes da política jordanense como Ivo Eventos, Dr. Floriano, Arlindo Branco, Zé Bia, Ricardo Malaquias e Maria Joaquina ressurgem das cinzas como a Fenix e podem retomar o poder das mãos dos jovens políticos que definitivamente derraparam feio nas perigosas curvas da política jordanense.

Mesmo com um cenário completamente indefinido alguns nomes merecem destaque, pois com toda certeza no próximo ano estarão nas ruas correndo atrás dos eleitores e muitos deles serão por quatro anos os únicos que terão força para barrar a sanha arrecadatória e o descontrole nos gastos do executivo.

Ivo Strass - Ivo Eventos.

Vereador por dois mandatos (2005/2008 e 2009/2012) Ivo Strass, mais conhecido como Ivo Eventos foi muito bem votado nas duas vezes em que se elegeu tendo 919 e 813 votos respectivamente.
Natural de Campos do Jordão é empresário da área de turismo e nas últimas eleições concorreu à prefeitura.

Em seu último mandato foi presidente da câmara e já tem know-hall o suficiente para fazer um bom mandato e por isso tem reais chances de ser um dos mais bem votados candidatos a vereador nas próximas eleições. É filiado ao PV.

Luiz Filipe Costa Cintra – Filipe Cintra.

É jordanense, e foi eleito pela primeira vez em 2012, com expressivos 739 votos, foi o mais votado e presidiu a sessão de posse de onde não saiu mais da cadeira da presidência, se tornando o mais novo presidente da câmara e o primeiro a ser reeleito consecutivamente.

Filho de um politico de peso na cidade, Filipe Cintra apesar dos vários contratempos por que tem enfrentado tem feito um trabalho regular a frente da presidência da casa de leis, e por conta de uma TAC Termo e Ajuste de Conduta, assinado junto a promotoria local por seus antecessores, acabou entrando também para a historia da cidade por ter se tornado o primeiro presidente a promover um concurso público para preenchimento de cargos na câmara da cidade.

Sondado por alguns pré-candidatos a prefeito para compor chapa como vice-prefeito deve se candidatar a reeleição para vereador pelo PHS.

Sebastião Antônio Bonifácio - Boni.

Um dos mais experientes vereadores da cidade vem se destacando através dos anos por suas sucessivas reeleições.

Funcionário aposentado da Caixa Econômica do Estado de São Paulo, hoje é empresário na área do turismo e professor.

É um dos mais atuantes vereadores e será candidato a reeleição mais uma vez pelo PSDB.

Carlos Roberto de Siqueira e Silva - Fedô.

Jordanense, funcionário público de carreira, tem obtido expressivas votações.

Mantem um bom nível de aprovação junto aos eleitores.

Foi vice-presidente da câmara e tem chances de permanecer na casa por mais quatro anos. É candidato do PMDB.

Luiz Ricardo Castelfranchi – Ricardo Castelfranchi.

Nascido em Ribeirão Preto, Ricardo Castelfranchi é muito conhecido na cidade onde foi o criador do Guia Castelfranchi.

Ativista ambiental foi um dos pioneiros na luta pela construção de uma estação de tratamento de esgoto na cidade, além de dar nome à única ciclovia da cidade.

Tem se destacado em sua primeira legislatura por ser um dos únicos vereadores a fazer oposição ao executivo.

Deverá concorrer a reeleição pelo PCdoB o mesmo pelo qual foi eleito.

Floriano Camargo de Arruda Brasil Filho – Dr. Floriano.

Fisioterapeuta muito conhecido na cidade, Floriano tem vasta experiência na câmara onde exerceu a vereança por vários mandatos chegando a presidir a casa.

Ferrenho opositor do governo Lélio Gomes (2001/2004), se destacou pelas varias denuncias feitas na tribuna da câmara que resultaram em inúmeros processos de improbidade administrativa ao prefeito de então.

Politico hábil e apaixonado pode trazer o espirito de luta novamente a casa.

Arlindo Moreira Branco – Arlindo Branco.

Político muito experiente além de exercer a vereança em Campos do Jordão em alguns mandatos também já foi candidato a vereador em outra cidade.

Cassado em julho de 2010, volta nas próximas eleições com força e tem grandes probabilidades de retomar a sua cadeira de vereador com a ajuda dos evangélicos da cidade.

Carlos Francisco da Silva - Zé Bia.

Um dos políticos mais carismáticos da cidade, o Zé Bia como é conhecido, é empresário bem sucedido no ramo da decoração e já foi vereador por varias vezes, jordanense de nascimento se destaca na área de esporte e tem boa aceitação entre os eleitores.

Maria Joaquina dos Santos – Maria Joaquina.

Atua na área social há muitos anos, foi conselheira tutelar e já teve a oportunidade de exercer o cargo de vereadora onde se destacou por ser uma obstinada debatedora.

Atualmente exerce o cargo de secretaria adjunta do Bem Estar Social surge como um forte nome para compor a próxima câmara.

Ricardo Malaquias Pereira – Ricardo Malaquias.

Empresário da área imobiliária e contábil na cidade já foi vereador e presidente da Câmara em algumas oportunidades.

No primeiro mandato como presidente da câmara mudo a sede do legislativo para o prédio onde até os dias de hoje a casa funciona.

Apesar de ser um serio concorrente algumas especulações dão conta que poderá abris mão de ser candidato em beneficio de seu filho caçula que poderá tentar herdar os votos e a experiência do pai.

José Matos da Costa - Matos.

Vereador em vários mandatos e candidato a prefeito derrotado nas ultimas eleições José Matos tem seu reduto eleitoral fiel e caso se candidate novamente tem grandes chances de vitória.

Paulo Carlos da Costa – Paulo Índio.

Fora da vida pública há algum tempo seu nome vem sendo ventilado com provável candidato a vereador e poderá tentar ser eleito por mais uma vez.

Pode ter contra as suas pretensões à marca de ser o vereador que elaborou a Lei Cidade Limpa, Lei que deu e ainda dá muita dor de cabeça para e executivo e principalmente para os comerciantes da cidade.

Sebastião Aparecido César Filho – Tião César.

O mais experiente político na ativa, Tião Cesar pode ter chegado ao fim de sua vida pública, algumas especulações dão conta que o veterano vereador pode deixar de concorrer a reeleição nas próximas eleições, para abrir espaço para a entrada de seu filho na vida pública.

Caso estas especulações não se concretizem, Tião César certamente estará no páreo e como sempre já tem uma das cadeiras garantidas.

Muito concorrida como sempre, a eleição para vereador em Campos do Jordão, que teve no último pleito 209 candidatos disputando 13 cadeiras, promete no próximo ano superar estes números o que vai acirrar ainda mais a disputa por uma vaga na câmara.

Apesar de ser uma espécie de sonho de consumo da maioria dos munícipes, poucos sabem realmente qual é o papel do vereador dentro da cidade, e na maioria das vezes esta importante função é confundida com a função dos assistentes sociais.

Talvez a principal coisa que candidatos e eleitores devam saber é que vereador não governo, portanto não podem prometer melhorias materiais aos eleitores em suas campanhas, porem se bem desempenhadas as suas funções são de extrema importância para o bom relacionamento entre executivo e população.

Basicamente as funções dos vereadores são divididas em quatro partes: Função legislativa; Função Fiscalizadora; Função de assessoramento do executivo e função julgadora.

Função legislativa – Consiste na elaboração e na apreciação dos projetos de Lei que podem ser transformadas ou não em leis para organizar a vida em sociedade e melhorar a qualidade de vida da população.

Função fiscalizadora – É o poder e o dever que o vereador tem de fiscalizar todos os atos do próprio legislativo, mas principalmente do executivo zelando pela aplicação correta do erário.

Função de assessoramento do executivo – Esta função se resume a discussão aprofundada a respeito de todas as politicas públicas que o executivo tem pretensão de implantar na cidade as adequando aos interesses única e exclusivamente da população.

Função julgadora – Praticamente esquecida esta função é uma das mais importantes conferida aos vereadores, pois esta função confere ao vereador o poder de julgar as contas publicas dos administradores da cidade assim como apurar possíveis irregularidades politica-administrativas por parte dos prefeitos e dos próprios vereadores.

Infelizmente nenhum vereador, nem os consagrados leões, e muito menos os iniciantes gatinhos, conseguiram levar estas prerrogativas a sério, e o que se vê após as eleições é um amontoado de políticos desarticulados somente a procura de um lugar ao sol.  

Se por um lado já sabemos que se tornar prefeito de Campos do Jordão se tornou um bom negócio, por outro podemos supor que ser eleito vereador pode ser o segundo melhor.

Falta de sintonia - Hoje em Notícias


O fim da filarmônica.

Com grandes cortes em seu orçamento, o 46º Festival de Inverno de Campos do Jordão, o maior em seu gênero na América Latina passou por sérios problemas financeiros e teve uma edição muito aquém de sua tradição, e acabou terminando de forma melancólica neste ano.

Na apresentação de encerramento do Festival, a maestrina Renata Cristina Ortiz de Villate, responsável pela Filarmônica de Campos do Jordão, para espanto de todos os presentes, anunciou que aquela apresentação não se tratava apenas do encerramento da 46º edição do Festival de Inverno, mas também da apresentação de encerramento da própria Campos Filarmônica.

Pego totalmente de surpresa o Secretario Municipal de Cultura da cidade, Benilson Toniolo, se retirou do auditório antes mesmo do inicio da apresentação em protesto contra a decisão da maestrina que segundo ele foi tomada de forma precipitada e unilateral.

Em tom de desabafo a maestrina agradeceu os incentivos da prefeitura e os patrocínios recebidos dos empresários da cidade nestes cinco anos de existência da Campos Filarmônica, mas concluiu seu breve comunicado afirmando que os incentivos públicos e os patrocínios empresariais recebidos até então não eram suficientes para manter o projeto em andamento.


Sem um entendimento entre a prefeitura que se diz surpresa com a decisão, e com a regente responsável pelo projeto que afirmou em um comentário ter entrado em contato diretamente com o prefeito para expor todas as dificuldades por qual vinha passando antes de tomar sua decisão, a Campos Filarmônica encerra suas atividades até segunda ordem.

Falta de sintonia.

O desabafo da Maestrina Renata Cristina no encerramento do festival e a reação do secretario de cultura do município apesar das negativas deixou clara a falta de sintonia que existia entre a Campos Filarmônica e a prefeitura.

Apesar de o secretario se demostrar bastante surpreso e afirmar que trabalhava em sintonia com o projeto, e que prospectava parcerias para viabilizar os compromissos contraídos pela Filarmônica, a verdade é que ninguém acaba com um trabalho de cinco anos e desta magnitude unilateralmente e sem um bom motivo.

O pronunciamento feito antes da apresentação apesar de sucinto não deixou margem de duvidas a respeito da falta de comprometimento do poder público para com o projeto.

Apesar dos funcionários ligados a secretaria e até mesmo o secretario se esforçarem para manter o calendário da secretaria, e viabilizar novos projetos, a realidade é que a verba destinada à secretaria em sua grande parte é consumida pela própria folha de pagamento inviabilizando a manutenção de qualquer projeto destinado à cultura na cidade, o que deixa claro que a pasta da cultura apesar de muito importante, não é levada a serio pela administração, que cumpre aparentemente a contra gosto a Lei que a criou em 2009.

A decisão de anunciar em público o encerramento de suas atividades pode não ter sido a mais conveniente para as autoridades politicas presentes no evento e para algumas pessoas que acham que em Campos do Jordão a cultura deve ser produzida somente com boa vontade e o voluntariado dos artistas, mas foi com certeza a maior contribuição que um artista fez a cultura da cidade desde o inicio do Festival de Inverno em julho de 1970, pois expôs de maneira concreta o antagonismo dos discursos políticos dos gestores públicos da cidade.


Sonho abortado.

Apesar da cidade servir de cenário para o maior evento de musica erudita da América Latina a mais de 40 anos, a Filarmônica de Campos não é o primeiro projeto cultural dirigido aos moradores da cidade a ser vitima da insensibilidade das autoridades públicas municipais e estaduais.

Há muito tempo o único Centro Cultural que também abriga o único cinema da cidade, funciona de maneira precária, e seu histórico prédio sem manutenção adequada se deteriora anos após ano não oferecendo boas condições para receber espetáculos ou exibir filmes.
No inicio dos anos dois mil foi à vez da Banda Sebastião Gomes Leitão ser extinta sem maiores explicações deixando dezenas de músicos da cidade a ver navios.

Porem o que poucas pessoas sabem é que a extinção destas corporações musicais e o abandono do Espaço Cultural Dr. Além não foram os maiores cortes em investimentos culturais dirigidos a cidade.

Um grandioso projeto cultural avaliado em mais de 20 milhões de reais que já se encontrava em avançada fase de licitação pelo Governo do Estado estranhamente foi engavetado da noite para o dia.

Trata-se da construção do Centro de Vivencia Musical que deveria ser construído próximo ao Auditório Claudio Santoro a partir de 2010.

O Centro de Vivencia Musical era um ambicioso projeto que objetivava a construção de um conservatório de música na cidade, construção estimada em mais de 20 milhões de reais.

A construção deste conservatório não somente alavancaria a cultura na cidade como também fomentaria toda a sua economia.

Depois de passar por vários estágios licitatórios o projeto segundo informações passadas pela própria ouvidoria da Secretaria de Cultura do Estado, foi arquivado pelo gabinete do secretário sem maiores ou melhores explicações.

Com estas constatações podemos afirmar sem medo que investir na cultura em Campos do Jordão não é de interesse nem do município e muito menos do estado.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O Fim da Campos FIliarmônica.

Com grandes cortes em seu orçamento, o 46º Festival de Inverno de Campos do Jordão, o maior em seu gênero na América Latina passou por sérios problemas financeiros e teve uma edição muito aquém de sua tradição, e acabou terminando de forma melancólica neste ano.

Na apresentação de encerramento do Festival, a maestrina Renata Cristina Ortiz de Villate, responsável pela Filarmônica de Campos do Jordão, para espanto de todos os presentes, anunciou que aquela apresentação não se tratava apenas do encerramento da 46º edição do Festival de Inverno, mas também da apresentação de encerramento da própria Campos Filarmônica.

Pego totalmente de surpresa o Secretario Municipal de Cultura da cidade, Benilson Toniolo, se retirou do auditório antes mesmo do inicio da apresentação em protesto contra a decisão da maestrina que segundo ele foi tomada de forma precipitada e unilateral.

Em tom de desabafo a maestrina agradeceu os incentivos da prefeitura e os patrocínios recebidos dos empresários da cidade nestes cinco anos de existência da Campos Filarmônica, mas concluiu seu breve comunicado afirmando que os incentivos públicos e os patrocínios empresariais recebidos até então não eram suficientes para manter o projeto em andamento.

Sem um entendimento entre a prefeitura que se diz surpresa com a decisão, e com a regente responsável pelo projeto que afirmou em um comentário ter entrado em contato diretamente com o prefeito para expor todas as dificuldades por qual vinha passando antes de tomar sua decisão, a Campos Filarmônica encerra suas atividades até segunda ordem.