Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ficha limpa... mas inconstitucional.

Especialistas dizem que lei Ficha Limpa é inconstitucional.

Extraído de: OAB - Rio de Janeiro - 20 de Maio de 2010.
O Projeto de Lei Ficha Limpa, que chegou ao Congresso Nacional com mais de dois milhões de assinaturas e foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal com a quase totalidade dos votos dos parlamentares, já nasceu com um vício de inconstitucionalidade. Juristas ouvidos pela Consultor Jurídico entendem que o projeto é inconstitucional por contrariar o princípio da presunção da inocência, entendimento já conhecido em decisões do Supremo Tribunal Federal.
O advogado Saul Tourinho Leal disse que "mesmo tendo sido fruto de um valoroso esforço popular daqueles que buscam uma vida pública mais limpa, creio que a proposta é inconstitucional".
Ele lembra que o Supremo Tribunal Federal, quando apreciou a ADPF 144, definiu que o Congresso Nacional pode, por meio de lei complementar, estabelecer outros casos de inelegibilidade além dos constantes nos parágrafos 4º a 8º do artigo
14 da Constituição Federal, desde que não viole a presunção constitucional da não-culpabilidade.
"Não seria possível privar o cidadão do exercício da capacidade eleitoral passiva, isto é ser votado, sem que, contra ele, haja condenação irrecorrível", explicou Tourinho Leal.
Ele comparou com o texto aprovado no Congresso Nacional, que prevê que não podem se candidatar políticos que tenham condenação em segunda instância ou tribunal superior, ou processo transitado em julgado, em que não cabe mais recurso.
"Ao privar o cidadão da possibilidade de ser votado caso tenha contra si condenação em segunda instância ou tribunal superior, o Projeto incide no vício apontado pelo STF, qual seja, violação à presunção constitucional da não-culpabilidade", concluiu.
O advogado Erick Pereira entende que "todo político tem de ter obrigatoriamente a ficha limpa, mas não se podem ultrapassar os limites do ordenamento jurídico para atender a um clamor público". Para ele, o projeto foi aprovado pelo interesse dos parlamentares em atender à vontade popular do momento.
Mas, a nova lei vai submeter um político a ficar quatro ou oito anos impedido de se candidatar, para depois se verificar que o mesmo era inocente das acusações que lhe eram imputadas em processo judicial. "Isso é irrecuperável", ressaltou o advogado.
Erick Pereira entende que a lei vai permanecer com "essa pecha de inconstitucional", mas dificilmente será questionada no Supremo Tribunal Federal. "A
Constituição elenca os legitimados para mover Ação Direta de Inconstitucionalidade e não vejo nesse rol nenhum possível interessado em questionar a lei, sobretudo pelo apelo popular em torno desse projeto", disse.
De acordo com o artigo
103 da CF (EC 45/2004), os entes que podem mover ADC são: Presidente da República, as mesas do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou de Assembléia Legislativa (inclusive do DF), Governador de Estado (ou do DF), Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB, partido político com representação no Congresso Nacional e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Erick Pereira considera que o único provável interessado, por ser fiscal da lei, é o Ministério Público, mas "isso é pouco provável".
O procurador geral da República, Roberto Gurgel, já adiantou que não vai questionar a constitucionalidade do projeto ficha limpa. Ele participou do Congresso Brasileiro sobre Direito Eleitoral, em Brasília, dia 6, quando se aventou a possibilidade de que o Congresso Nacional aprovaria o projeto acreditando que o Supremo Tribunal Federal decidiria pela sua inconstitucionalidade.
No encontro, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Fernando Neves, disse o Projeto de Lei Ficha Limpa será questionado e que o Supremo vai analisar a matéria "observando aspectos diferentes daqueles considerados na ADPF 144". Favorável ao projeto, o advogado indagou se o PGR apresentaria Ação Direta de Inconstitucionalidade. "Certamente não", respondeu Roberto Gurgel, justificando que o Ministério público "não se conforma com a amplitude que o Supremo dá ao princípio da presunção de inocência".
Clamor popular
O Senado aprovou por unanimidade nesta quarta-feira, dia 19, o projeto Ficha Limpa, que impede o registro de candidaturas de políticos com condenação em segundo grau por oito anos.
O texto aprovado pela Câmara dos Deputados foi mantido e segue agora para sanção do presidente Lula. Depois do carimbo presidencial, o Tribunal Superior Eleitoral deve decidir se as regras valerão ou não para as Eleições de 2010.
Antes do resultado final, o presidente da República em exercício, José Alencar, defendeu a aprovação do projeto. "Tenho pedido para que votem [o Ficha Limpa], o Brasil precisa disso. Aliás, a impunidade não pode continuar no país, é preciso que haja rigor em todas as investigações e também no cumprimento da lei", disse Alencar.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, cobrou a rápida sanção da matéria, "para que ela possa vigorar nas eleições de outubro próximo, evitando que a ética seja atropelada por candidatos inescrupulosos". "O Ficha Limpa não resulta do capricho de algumas entidades organizadas da sociedade civil, mas reflete o anseio de toda a população, contribuindo para fortalecer o Legislativo e introduzindo de forma indelével um pressuposto necessário, vital mesmo, para a democracia: a ética na política", destacou o presidente nacional da OAB.
Em entrevista ao Globo Online, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) admitiu que a aprovação do projeto no Senado a toque de caixa foi resultado do clamor das ruas: "Houve uma pressão popular, uma pressão da imprensa, acho que mesmo aqueles que eram contra o projeto entenderam que não dava para se interpor diante da vontade da sociedade".
Autor: Da revista eletrônica Conjur.
Fonte:
Jusbrasil

Texto do projeto Ficha Limpa dá margem a diferentes interpretações.

Não está claro, por exemplo, se a proibição da candidatura só vale para quem for condenado depois da promulgação da lei.
O projeto Ficha Limpa, aprovado nesta quarta-feira (19) pelo Congresso, virou uma questão de semântica em Brasília. O texto que saiu da a Câmara dizia: ficam impedidos de se candidatar “os políticos que tenham sido condenados”. O Senado mudou para “os que forem condenados”. Resultado: não está claro se a proibição vale para quem for condenado depois da promulgação da lei ou se vale para todos. Uma confusão:
“Pessoas que estão com processo em curso hoje e já foram condenados em segunda instância não seriam atingidas pelo projeto”, diz o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP).
“Não tem problema algum. Tanto os casos do futuro quanto os casos do presente estão absolutamente contemplados nessa lei”, discorda o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Na noite desta quinta-feira (20), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, falou sobre a polêmica. Disse que não conhece o texto , mas que pela leitura gramatical da mudança feita pelo Senado, o veto às candidaturas só valeria para os que forem condenados depois que a lei entrar em vigor.
“Certamente, o TSE se pronunciará tempestivamente, ou seja, antes do prazo de registro das candidaturas”, diz Lewandowski.
Para o Supremo Tribunal Federal, espera-se um outro questionamento: se a lei fere o princípio constitucional de que “só é considerado culpado quem tiver condenação final”.
“Eu defendo que inelegibilidade não é uma sanção, é uma condição, e por isso não se aplica o princípio da presunção da inocência”, diz o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA).
Fonte:
Portal g1

Nota do Blog: Um país que tem de criar uma lei especifica para impedir que criminosos se beneficiem das benesses que o cargo público oferece a seus ocupantes não pode ser levado a serio pelas demais nações desenvolvidas.
Esta lei nada mais é do que a prova cabal da total incompetência e ignorância da sociedade brasileira diante de uma urna é falência da moral e da dignidade de todo um povo que teima em deixar seu futuro em mãos sujas pela desgraça dos necessitados.
O povo através de seu poder maior que é o voto é quem tem o dever de proibir que bandidos e lacaios dos exploradores do povo se infiltrem dentro das esferas públicas.
Não podemos nos esquecer que todos os políticos de ficha suja estão lá porque o povo os elegeram.
Esta celeuma em torno de uma lei ridícula tanto do ponto de vista legal como moral é um afronte a inteligência de quem sabe que o poder emana do povo e por ele deve ser exercido. Estamos vivendo há muito tempo em um país democrático agora chegou a hora de começarmos a viver em um país educado.


quinta-feira, 20 de maio de 2010

Será que agora vai?

Ontem (19/05/10) fui procurado por um amigo que hoje ocupa uma das vagas de conselheiro tutelar e que entre outras coisas também já foi presidente do COMSAB.
A conversa girou entorno de uma possível reunião para formar uma equipe para colocar em andamento uma de minhas sugestões engavetadas a época em que ele era presidente do COMSAB.
A
Casa da Cidadania se for colocada em mãos de gente competente e sem vínculos políticos e eleitoreiros pode ser o grande divisor de águas em nossa cidade acelerando o processo de crescimento social em Campos do Jordão.
Porem devo ser coerente com as minhas declarações e dizer que se este convite viesse a pelo menos cinco ou seis anos atrás realmente estaria muito lisonjeado e confiante em seu sucesso, mas hoje...
Não dá para não ficar como o garoto ai de cima, desconfiado!
Apesar de gostar muito deste amigo creio que o simples fato de que no processo de
aprovação, organização e manutenção da estrutura que envolve este projeto estar intimamente ligado à administração pública já deixa em xeque a idoneidade e a independência dos gestores deste projeto.
Se tivermos por base que estas duas são exatamente as duas grandes virtudes que sustentam todo o projeto não posso ter outra atitude a não ser a de ficar somente como um observador.
Como conversar não tira pedaço, se realmente for convidado lá estarei!

Mais uma vez estamos lá!

Saudações Tricolores!
Apesar do centenário da turma da marginal e das traquinagens dos moleques da baixada adivinhem quem esta mais uma vez entre os melhores das América?
Isso mesmo galera o São Paulo mais uma vez cala os céticos e os jornalistas torcedores e esta em mais uma semifinal da Libertadores.
E o Kleber Cutuvelada demonstrou mais uma vez o porquê de sua dispensa das fileiras tricolores, o destempero e a maldade inerentes a ele desta vez fez a diferença, mas a favor do adversário.
O que chama a atenção porem é que a justiça só se fez pelo fato de o apito estar na boca do uruguaio Jorge Larrionda e não de um arbitro brasileiro que sabe-se lá Deus porque não conseguem aplicar as regras do futebol.
Enfim céu de brigadeiro até depois da copa.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O silêncio dos bons

Diamantina, interior de Minas, 1914.
O jovem Juscelino Kubitschek, de 12 anos, ganha seu primeiro par de sapatos. Passou fome. Jurou estudar e ser alguém. Com inúmeras dificuldades, concluiu Medicina e se especializou em Paris. Como presidente, modernizou o Brasil. Legou um rol impressionante de obras e amantes; humilde e obstinado, é (e era) querido por todos.

Brasília, 2003.
Lula assume a presidência. Arrogante, se vangloria de não ter estudado. Acha bobagem falar inglês. 'Tenho diploma da vida', afirma. E para ele basta. Meses depois, diz que ler é um hábito chato.
Quando era sindicalista, percebeu que poderia ganhar sem estudar e sem trabalhar - sua meta até hoje, ao que parece.

Londres, 1940.
Os bombardeios são diários, e uma invasão aeronaval nazista é iminente. O primeiro-ministro W. Churchill pede ao rei George VI que vá para o Canadá. Tranqüilo, o rei avisa que não vai. Churchill insiste: então que, ao menos, vá a rainha com as filhas. Elas não aceitam e a filha mais velha entra no exército britânico; como tenente-enfermeira, sua função é recolher feridos em meio aos bombardeios. Hoje ela é a rainha Elizabeth II.

Brasília, 2005.
A primeira-dama Marisa requer cidadania italiana - e consegue.
Explica, candidamente, que quer 'um futuro melhor para seus filhos'.
E O FUTURO DOS NOSSOS FILHOS?

Washington, 1974.
A imprensa americana descobre que o presidente Richard Nixon está envolvido até o pescoço no caso Watergate. Ele nega, mas jornais e Congresso o encostam contra a parede, e ele acaba confessando.
Renuncia nesse mesmo ano, pedindo desculpas ao povo.

Brasília, 2005.
Flagrado no maior escândalo de corrupção da história do País, e tentando disfarçar o desvio de dinheiro público em caixa 2, Lula é instado a se explicar.
Ante as muitas provas, Lula repete o 'eu não sabia de nada!', e ainda acusa a imprensa de persegui-lo. Disse que foi 'traído', mas não conta por quem.

Londres, 2001.
O filho mais velho do primeiro-ministro Tony Blair é detido, embriagado, pela polícia. Sem saber quem ele é, avisam que vão ligar para seu pai buscá-lo. Com medo de envolver o pai num escândalo, o adolescente dá um nome falso. A polícia descobre e chama Blair, que vai sozinho à delegacia buscar o filho, numa madrugada chuvosa. Pediu desculpas ao povo pelos erros do filho.

Brasília, 2005.
O filho mais velho de Lula é descoberto recebendo R$ 5 milhões de uma empresa financiada com dinheiro público. Alega que recebeu a fortuna vendendo sua empresa, de fundo de quintal, que não valia nem um décimo disso o pai, raivoso, o defende e diz que não admite que envolvam seu filhinho nessa 'sujeira'.
Qual sujeira?

Nova Délhi, 2003.
O primeiro-ministro indiano pretende comprar um avião novo para suas viagens.
Adquire um excelente, brasileiríssimo BEM-195, da Embraer, por US$ 10 milhões.

Brasília, 2003.
Lula quer um avião novo para a presidência. Fabricado no Brasil não serve. Quer um dos caros, de um consórcio anglo-alemão. Gasta US$ 57 milhões e manda decorar a aeronave de luxo nos EUA.
E você, já decidiu o que vai fazer nos próximos cinco minutos?
Vamos dar ao BRASIL uma nova chance?
Ele precisa voltar para o caminho da dignidade.
Nós não merecemos o desgoverno que se instalou em nosso país e precisamos acordar e lutar antes que seja tarde.
Perca mais cinco minutos e converse com todos os seus amigos que não têm acesso a internet.

”O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética.O que mais preocupa é o silêncio dos bons”.
Martin Luther King