Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Quem cala consente. Jornaleco

Em todo o longo e extremamente desgastante processo que culminou com o impeachment de Dilma Rousseff, defendi a tese que o procedimento não era jurídico, mas político, da mesma forma que foi com Fernando Collor de Mello, que anos depois de sua renúncia acabou sendo absolvido de todas as acusações no STF.

Dilma Rousseff, assim como Fernando Collor de Mello, perderam o apoio político dentro do congresso e isso foi a única causa de suas derrocadas.

Prova que estou certo em minha afirmação é a permanência de Michel Temer na presidência, mesmo depois de ser flagrado em gravações nada republicanas e de ter assessores diretos presos, além de ser o presidente com pior incide de aprovação popular da história do Brasil, cerca de apenas 5% da população aprova seu governo.

O Presidente Temer pode não ter apoio popular, mas isso não se reflete dentro do congresso, muito pelo contrário, o presidente pode ter um caráter duvidoso, mas a sua habilidade política jamais poderá ser contestada.

Fenômeno semelhante pode estar acontecendo em Campos do Jordão, dono de uma administração simplesmente desastrosa nas áreas de saúde e segurança, o prefeito conseguiu manter a sua hegemonia política na cidade mais pela incompetência de seus adversários do que por méritos próprios.

A população completamente desgastada e sem alternativa nas urnas resolveu manter o que estava dando errado, pois sabia que se já estava ruim, nas mãos dos outros poderia piorar.

Mesmo com sua “expressiva” votação, o atual prefeito nunca foi unanimidade dentro da cidade, sua atuação sempre foi mais pirotécnica do que eficiente. E para atingir estes objetivos sua equipe de imprensa nunca mediu esforços para minimizar desastres e maximizar sua sorte.

Assim como Temer, nosso prefeito coleciona índices de aprovação popular cada vez menores, mas mantém ótimas relações com o parlamento local. O que não justifica tudo, mas explica muita coisa.
Hoje o que mais incomoda não é a ineficiência da máquina pública, mas o silencio da população que literalmente se acoelhou diante dos políticos.