Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Quem pariu Temer, que o embale - A Tribuna

Depois de um longo e muito desgastante processo para todo o país, Eduardo Cunha, o “gênio do mal” da Câmara dos Deputados, deu seu melancólico adeus a capital do poder dizendo que não entrará nos esquemas de delação premiada da justiça federal, mas que escreverá um livro, detalhando os bastidores do processo de impeachment da presidente Dilma. O que dá no mesmo.

Na esteira da higienização política iniciada pela Operação Lava Jato, passando pela defenestração da presidente e continuada pela cassação de Eduardo Cunha, as manifestações contra o agora presidente Michel Temer continuam, mas sua tendência aparente é de se enfraquecer com o tempo. Por quê?

Porque para a maioria dos brasileiros que apoiaram a saída da presidente e lotaram as ruas do país usando verde e amarelo legitimando o processo de impedimento, o Fora Temer não significa o volta Dilma, muito menos quer que sua imagem seja associada ao vermelho, e menos ainda, a gente que se presta ao papel de promover espetáculos grotescos como o “vomitaço” ou a degradante cena daqueles ativistas profissionais que defecaram e urinaram em fotos de políticos opositores em via pública. Apesar de viver em um país tropical, o brasileiro médio ainda é muito conservador, ou para quem deseja... Careta!

Além do receio de serem associados a estes comportamentos deploráveis em todos os seus aspectos, temos também as lamentáveis ações violentas dos “black blocs”, que se insurgem contra o patrimônio público e privado, promovendo quebra-quebra e destruição generalizada, e como aconteceu nas manifestações do “Passe Livre”, estas ações acabam tendo efeito contrário do desejado afastando a população ordeira e esvaziando o movimento.

Dentro desta realidade, e na medida que a população começar a abandonar as manifestações de rua, os componentes da esquerda rancorosa tendem a radicalizar cada vês mais suas ações contra quem não compactua com as suas vontades, gerando cada vez mais a antipatia da população pelo movimento o que legitimará gradativamente o atual governo e por conseqüência suas políticas sociais e econômicas.

O brasileiro tem consciência que Michel Temer não é uma boa opção para o país, mas também sabe que ele não é fruto da imaginação “coxinha”, mas da irracionalidade dos “mortadelas”.