Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 23 de março de 2012

O poder da critica.


“O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica”.
Norman Vincent Peale

Ninguém gosta de ver as suas convicções e ações pessoais ou políticas questionadas de maneira mais contundente principalmente se estes questionamentos forem levados a público, isso é da natureza humana. Sempre que recebemos uma critica nosso sistema de defesa pessoal já nos alerta que fizemos alguma coisa errada e que a critica não é uma coisa boa.

A palavra critica carrega em nosso país uma carga extra de negatividade tanto por quem a faz, como por quem a recebe.  E acaba sendo subentendida por nós brasileiros como uma coisa invariavelmente má.

Uma das definições da palavra critica também é a analise criteriosa de um fato, e com base nesta analise criar um juízo de valor a respeito do assunto, para o bem ou para o mal.

O que as pessoas têm de saber, é que na mesma caixa de veludo que vem o colar de brilhantes do poder, vem à fatura das responsabilidades.

Não se pode ocupar a cadeira majoritária, ou uma das cadeiras do legislativo, tão pouco ter as benesses que um cargo de confiança oferece ao seu ocupante, sem se submeter ao julgamento da população. 

Uma das atitudes que sempre tomei cuidado ao longo de toda a minha vida antes de tecer qualquer critica, é saber separar a pessoa da ação a ser criticada.

Nunca confundi a vida particular e profissional de ninguém com a função pública que ela exerce.

Por este motivo evito citar nomes e foco minhas criticas no cargo, e por este motivo não me interesso em saber quem o está possuindo no momento, e sim se suas atitudes estão dentro de um padrão mínimo de qualidade.

Posso não reunir no momento as qualidades para representar a população em um plenário, ou em uma secretaria, mas as possuo de sobra para questionar quem as possui hoje.

A forma jocosa e o esforço empreendido pelos políticos profissionais da cidade para minimizar as palavras do Blog confirmam minha convicção que mesmo que o botão verde da urna seja bem usado nas próximas eleições a vida da população não modificará substancialmente a curto prazo.

Esta certeza se dá por conta de minha convicção que a grande mudança somente se dará quando tanto o povo quanto os políticos souberem separar o Governo do Estado.

Governo é a escolha de como o Estado deve ser administrado, e Estado são os bens e direitos construídos e conquistados pelos cidadãos que devem ser ampliados e preservados para servir a população, e seus descendentes.

Eu não tenho magoa ou ressentimento de ser pobre, mas tenho magoa e ressentimento de ser desrespeitado enquanto pobre.

Como foi dito por um secretario do município: “o X da questão na relação administração e população é a equação desfavorável, onde 90% da população da cidade é considerada carente o que sobrecarrega os outros 10% da população e consequentemente os deveres da administração”.

Porem esta mesma equação também deve ser vista sob outro ângulo; o ângulo da praticidade e não do subjetividade, pois são estes mesmos 90% da população carente que gera a riqueza que beneficia os outros 10% da população, e são estes mesmos 90% que dão sustentação democrática para prefeito, vereadores e secretários.

Pertenço aos 90% da população carente da cidade e não me envergonho em nenhum momento desta condição, mas que não confundam a carência financeira com a carência de caráter ou de inteligência.

Aos que tem o Blog por sensacionalista, tendencioso e oportunista digo que não sou um critico de governos e sim da falta de competência destes, e o grau de simpatia que nutro por este ou por aquele, depende da quantidade de lambanças cometidas por eles. E neste momento! Sinto meus caros... Mas a balança esta completamente desfavorável a atual administração.

Não procuro, e não espero achar perfeição na área pública da cidade, mas sim pessoas que se não são capacitadas para estar onde estão, que pelo menos, tenham ciência da responsabilidade depositada em suas mãos e respeitem a liturgia do cargo que ocupam, e o povo que lhes concedeu.

Afinal, não se pode exigir das pessoas qualidades que elas não possuem.


A critica pode construir ou destruir, mas de uma maneira ou de outra ela transforma, e hoje mais do que atitudes, discursos ou promessas, precisamos de transformação.

De qualquer maneira fica ai o desabafo e o recado - desabafo para quem acha que isso aqui é brincadeira, e recado para quem acha que isso aqui tem preço.

terça-feira, 20 de março de 2012

Mentes que brilham?

Está tão incutido na cabeça do brasileiro que nada funciona no país por sua culpa que hoje ao invés de cobrar dos verdadeiros responsáveis pelas mazelas do país ele se desculpa.

Esta propaganda nazista baseada na repetição de uma mentira até que ela se torne verdade realmente da certo.

Este complexo de vira lata como bem resumiu Nelson Rodrigues sempre vem à tona quando se cobra atitudes ao invés de criticas.

Aprendi desde cedo que para ter meus direitos respeitados antes deveria estar em dia com meus deveres.

Pois bem! Com quais deveres devo estar em dia para ter o privilegio de criticar os maus feitos de meus representantes políticos?

Tenho de abrir mão de meu dia de descanso em família e participar de mutirões?

Tenho de adotar uma praça abandonada?

Tenho de adotar uma biblioteca que o poder público se esqueceu que existe?

Tenho de participar da distribuição de sopa aos desabrigados da madrugada?

Ser amigo da escola?

Enfim! Fazer pelo meu igual o que já paguei para o Estado fazer e ele não o fez porque em algum momento alguém de lá desviou o meu dinheiro?

Não basta ser um cidadão trabalhador, cumpridor dos seus deveres e cioso pai de família?

Não! Não basta! Para algumas mentes brilhantes desta cidade as minhas criticas não são relevantes porque não me cúmplicio a incompetência do poder publico e não faço o serviço que eles deveriam fazer.

Esta visão simplista da população e maliciosamente alimentada pelas classes políticas e abastadas que criaram o mito que é muito melhor ser um asno participativo do que leão critico nada mais é do que o ancestral instinto de preservação dos privilegios de suas castas.

Danen-se aqueles que acham que devo fazer o serviço do Estado para ter o pífio direito de expor publicamente o meu descontentamento.

Como já disse em outras oportunidades eu sou assim mesmo um rebelde sem causa com a personalidade mais para Ozzy Osbourne do que para João Gilberto.