Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Filme queimado. - Jornaleco

A procuradora-geral da República não basta ser honesta, deve parecer honesta.

Raquel Dodge, a nova procuradora-geral da República, antes mesmo de tomar posse, já coleciona uma série de polêmicas e desgastes.

Afobada, atrapalhada e ansiosa por sentar definitivamente na cadeira de Rodrigo Janot, Raquel Dodge deu sua primeira derrapada quando sugeriu um aumento substancial para seu próprio salário (16%). O aumento, aprovado pelo Conselho Superior do Ministério Público, terá um impacto negativo de mais de 100 milhões de reais na folha salarial da PGR.

Se não bastasse o pedido de aumento salarial fora de hora, a sucessora de Janot foi flagrada entrando na calada da noite no Palácio do Jaburu, para um encontro fora da agenda com o presidente. Um costume que Temer mesmo sabendo ser no mínimo indecente, teima em manter.

Pega de saia justa, Raquel Dodge tentou se justificar, mas como sempre, a emenda ficou pior que o soneto. Apesar das explicações, a procuradora alegou que se encontrou com o presidente para ajustar as agendas para a sua posse, o encontro fora de hora não pegou bem dentro da própria procuradoria, por um simples detalhe: A nova procuradora-geral esqueceu que o presidente ainda é investigado pela PGR, e que o presidente pediu há pouco tempo o afastamento do atual procurador-geral.

Sem parâmetros mínimos de moralidade ou de eticidade a serem seguidos, os ocupantes de cargos públicos no Brasil, agem como se fossem ocupantes de cargos vitalícios. Agem como se não devessem explicações a sociedade.

A postura da próxima procuradora-geral da República é reprovável em todos os sentidos. Ela em uma tacada só colocou em dúvida o principio da independência dos poderes, a sua independência pessoal, e a credibilidade de toda a Procuradoria-Geral da República, quando esta estiver sob seu comando.

Os ocupantes de cargos públicos deveriam dar mais valor e demonstrar o mínimo de respeito à liturgia do cargo que ocupam. Nem gerente de casa de tolerância coloca em risco sua credibilidade ou sua autoridade de maneira tão tola como essa gente.

Esta promiscuidade entre os poderes não acontece somente lá na longínqua Brasília.  Isso também acontece ali! Bem pertinho de você. 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Confiança ou competência, eis a questão! - Jornaleco/Jornal Regional

O Brasil é um país todo errado, da cabeça aos pés. Mas o que mais atrasa o funcionamento do estado é o aparelhamento da máquina pública.

Esta estratégia rudimentar de tomada do poder, usada por todos os governos da era republicana, mas implementada de forma descontrolada e furiosa nos quase 13 anos de governo petista, destruiu qualquer chance de alguém conseguir fazer o país caminhar.

O aparelhamento consiste em dizimar a meritocracia, para beneficiar os camaradas do partido, que são colocados em todos os cargos possíveis, e em todos os lugares onde os tentáculos (sem trocadilhos) do governo possam chegar.

O que parece ser uma estratégia legítima começa a criar problemas quando os apaniguados não têm competência para exercer sua função. O que geralmente acontece.

Pessoas sem preparo profissional, técnico e por muitas vezes até mesmo psicológico, são sempre os premiados para ocuparem estes cargos de confiança, por serem incapazes intelectualmente de exercerem suas funções sem a tutela de algum padrinho poderoso, sempre se destacam por sua “fidelidade canina”. E político prefere se aliar a um subordinado incompetente do que a um competente independente.

A coisa, porém, ficou fora do controle no Brasil. Órfãos de seus tutores poderosos, que além de garantir o emprego também lhes garantiam inúmeras regalias, que se eram legais com certeza também eram imorais, começaram a se rebelar e a criar “vida própria”. Desta maneira, muitas criaturas começam a se achar melhores e até mesmo maiores que seus criadores.

Como muitas destas criaturas têm em seu poder informações comprometedoras sobre seus criadores, acabam se tornando intocáveis dentro da máquina. Podem até perder temporariamente alguma regalia, algum destaque na multidão, ou seu brilho momentâneo, mas sua situação sempre é revista e relevada. Continuam rondando a casa do dono a espera de uma nova oportunidade de entrar.

Isso não acontece somente lá na longínqua Brasília.  Isso também acontece ali! Bem pertinho de você. 

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Desonestidade Intelectual - A Tribuna

Quando nos deparamos com os desinformados honestos, aquelas figuras que replicam informações mentirosas como se verdades fossem, não com o intuito de gerar ganho pessoal, mas porque em sua miserável ignorância acreditam ser a verdade, ficamos contrariados, mas relevamos por conta da tácita deficiência de raciocino que afeta uma grande parcela da população brasileira. Mas não tem desculpa aquele indivíduo que conscientemente nega a verdade com argumentos consistentes, mas falsos, com a clara intenção de manipular um grupo de pessoas.

Gente que deveria primar pela verdade, mas que sabem jogar somente com a mentira, estes são os desonestos intelectuais, indivíduos que se utilizam de sua sabedoria para tirar vantagem dos mais humildes.

As redes sociais, as mídias independentes e lamentavelmente a classe artística brasileira esta completamente dominada por estes militantes profissionais que se comportam como os portadores da síndrome de “SAVANT” (gênios enclausurados em sua própria ignorância). São serumaninhos super descolados e engajados, que sabem de tudo, mas que não tem competência para absolutamente nada.

São estes seres “superiores” que formam a corte dos justiceiros de rede social. Eles determinam segundo a sua vontade quem está certo e quem está errado.

Todo brasileiro sabe muito bem que desde sempre nascemos, vivemos e moremos em tempos difíceis, mas que nem mesmo nos tempos da ditadura ser brasileiro era tão complicado quanto é hoje.

Naquela época, apesar das barbáries do governo, e da reação não menos reprovável dos grupos armados, tínhamos lados definidos, e a luta ideológica tinha um norte definido, discutível tanto de um lado quanto de outro, mas era algo definido.

Hoje a coisa se transformou em um eterno “fla-flu”. As pessoas deixaram seu raciocínio lógico guardado em alguma gaveta empoeirada e vestiram a armadura de seu “time político” do coração, e neste vale tudo para ser campeão, pode tudo, desde dedo no olho até gol de mão.

A prova de que esta desonestidade intelectual não tem nenhum limite ético ou moral é o apoio que esta gente dá a Revolução Bolivariana, tentando justificar a loucura e a violência de Nicolás Maduro contra seu próprio povo, classificando-a de “resistência contra á violenta ofensiva da direita”.

Definitivamente estes socialistas de condomínio não acrescentam dignidade à luta social.

Varre, varre vassourinha! - Jornaleco

A primeira sessão pós-recesso na Câmara foi muito interessante, assuntos realmente importantes para os munícipes foram abordados, como o relatório final da Operação Inverno das polícias militar e civil, e a discussão bastante proveitosa em torno do projeto de lei 43/2017, que disciplinaria as medidas de segurança em edificações da cidade, por exemplo.

Mas o momento mais interessante passou “batido”. O ápice da sessão, foi quando o presidente da Casa pediu para que seus pares aprovassem um Projeto de Lei de sua autoria que pedia a revogação de outra Lei, também de sua autoria.

O inusitado pedido pode parecer esdrúxulo, mas não é! A Lei 3.727 de 2015, que inseria no Calendário Oficial de Eventos da cidade o Encontro Paulista de Autos Antigos, não tinha mais razão de existir, tendo em vista que seus organizadores resolveram virar às costas para a cidade. Assim, deveria ser revogada, para que no futuro, nenhum “esperto” a usasse para beneficio próprio ou para constranger o executivo.

O pedido de revogação da Lei foi inusitado porque geralmente quando elas (as leis municipais) caem no esquecimento, ou se tornam completamente obsoletas, elas simplesmente são arquivadas em um canto, como se fossem jornais velhos, podendo em algum momento no futuro se tornar um empecilho para a própria população.

Sugiro ao presidente da câmara que promova um mutirão de “limpeza”, não só no calendário de eventos, mas em todo rol de Leis Municipais, pois existem muitas outras Leis em vigor, que além de não ajudarem em nada, acabam atrapalhando o desenvolvimento da cidade.

Leis completamente desnecessárias, bizarras, inconstitucionais, em beneficio próprio, para beneficio de grupos em particular ou de amigos, poluem e obstruem a vida da cidade.

Dentre tantas e incontáveis Leis que deveriam ser revogadas, destaco a Lei Cidade Limpa, uma estrovenga incompreensível, que serve somente para atrapalhar os comerciantes da cidade e para beneficiar o sortudo explorador do mobiliário urbano.