Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Rede de intrigas.

Com a desculpa de preservar o meu lado profissional a cerca de um mês atrás fui “aconselhado” a não mais perambular pelo Facebook em horário comercial, para que não corresse o risco de ter minhas opiniões vinculadas à empresa onde trabalho.

E como no momento estou trabalhando praticamente 12 horas por dia sem hora de almoço, confesso que as horas que tenho em casa prefiro gasta-las em conversas com meus filhos e com minha esposa do que na frente de um computador e logicamente quem me aconselhou sabia muito bem disso assim uniu o útil ao agradável e de uma única tacada alcançou o seu intento que era o meu afastamento das redes sociais.

Mas como dizia minha sabia mãe tudo tem seu lado bom, é somente manter a calma e avaliar a situação como ela realmente é, e não como a enxergamos no momento.

Dando este tempo por motivos alheios a minha vontade com pontuais participações comecei a ter uma visão mais critica e apurada dos diversos Grupos formados no Facebook.

E o que acabei constatando não foi nada alentador.

Apesar de todo esforço empreendido ainda estamos vivendo na era das panelinhas, com a pequena diferença que agora estas panelinhas são virtuais.

Grupos que se dizem abertos a debates e voltados à liberdade de expressão, mas sempre que se deparam com um assunto polemico correm para abafar o caso, minimizar as opiniões contrárias a moral de os bons costumes das classes sociais mais abastadas e política da cidade, desmerecendo quem ouse se opor ao status quo.

Tristes figuras que deixaram um rastro de destruição, maus feitos e desgastaram sua moral após se declararem os salvadores da pátria e se tornaram algozes do povo jordanense, tentam através destes grupos recuperarem sua imagem de senhores e senhoras de respeito e sucesso profissional, com a ajuda de uma legião de lambe botas, que teimam em confundir saldo de conta bancaria com caráter.

Um sem numero de especialistas políticos e indignados de ultima hora se espalham pela rede contaminando o trabalho de muitos que durante anos não se esconderam atrás de pré-candidatos ou candidatos e nem se omitiram diante dos desmandos dos poderosos da vez e colocaram literalmente a cara a tapa.

Diante da repetição desta realidade o que digo acaba sendo confirmado: A verdadeira política não se faz durante as eleições e sim depois na fiscalização e na cobrança dos eleitos durante todo o seu mandato.

Um trabalho diário que não agrada as castas mais altas da cidade e não interessa as mais baixas.

Apesar de ser um apaixonado por política no período de eleição ela me enoja, quando constato o quanto o político e o povo se nivelam por baixo, se parecem, se merecem e são cúmplices da desgraça social, política e moral que assola o país inteiro.

Políticos rastaqüeras alimentados por eleitores parvos e velhacos.

Um período que deveria ser a celebração da liberdade e da cidadania que se transforma em um mercado a céu aberto onde os políticos vendem ilusões e o povo a sua dignidade.

Em tempos bicudos como diz uma amiga tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo.

Pois passado este período de orgia política coletiva teremos muito, mas muito trabalho pela frente.


A verdade! Nada além da verdade.

Mãe de vítima da ditadura na Argentina elogia Brasil.

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES


Na noite do dia 23 de outubro de 1976, cinco homens vestidos em roupas de civis entraram na casa de Graciela Fernández Meijide. Além da família, estavam no apartamento alguns amigos de seus três filhos. Os repressores pediram por Pablo, que tinha 17 anos.

Desesperada e sem poder fazer nada, a última coisa que se lembra foi de ter entregado um pulôver para que o filho se agasalhasse.

Meijide, 81, nunca mais viu Pablo e não sabe o que aconteceu com ele. Supõe que tenha sido levado para um centro clandestino no Campo de Mayo e morto.

"Espero que tenha sido com o mínimo de dor e o mais rápido possível", diz, hoje, em seu apartamento no bairro de Belgrano, em Buenos Aires.

Então professora de francês, Meijide conta que, nos meses que se seguiram ao desaparecimento, só o que queria era acertar um tiro na cabeça dos líderes do regime militar argentino (1976-1983).

Com o tempo, porém, aproximou-se da luta dos grupos de direitos humanos, e em 1983 passou a integrar a Conadep (Comissão Nacional de Desaparecimento de Pessoas), instituída durante a gestão de Raúl Alfonsín e que tinha como objetivo descobrir o que aconteceu com os desparecidos durante a ditadura.

"Quando percebi que poderia ajudar a esclarecer a verdade e que os responsáveis pelas torturas e pelas mortes podiam pagar por isso, voltei a acreditar na sociedade e na justiça. Trabalhar para encontrar a verdade me fez esquecer a vingança."

A Conadep trabalhou por nove meses e elaborou uma lista com 7.954 nomes e suas histórias.

O relatório serviu para alimentar os julgamentos massivos contra repressores, que ocorrem na Argentina até hoje. Além do ex-ditador Jorge Rafael Videla, que cumpre pena perpétua numa penitenciária militar, estão presos quase 500 repressores.

Leia, abaixo, os principais trechos da entrevista de Meijide, que foi também senadora, à Folha. *

Folha - Por que a Argentina pôde reunir uma comissão para tratar dos crimes da ditadura tão cedo, logo após a restituição da democracia?
Graciela Fernández Meijide - Não gosto de dizer que a Argentina foi pioneira, porque em muitos países tenho certeza de que havia grupos da sociedade que queriam fazer o mesmo e não conseguiram. O Brasil e o Chile, por exemplo, optaram por uma saída mais pactada dos militares do poder. No nosso caso, os militares saíram desmoralizados, após o fim da Guerra das Malvinas e do vexame da derrota. Era mais fácil instalar uma comissão para investiga-los aqui, pois estavam muito desprestigiados.

Folha - Foi o efeito positivo da guerra.
Meijide - Exatamente. Perdemos vidas de soldados e perdemos para sempre a possibilidade de resgatar as ilhas. Mas recuperamos a democracia. E a recuperamos sem que os militares pudessem impor ou mesmo pedir nenhuma condição sobre como deveria ser a transição. Além disso, a derrota fez com que as pessoas passassem a acreditar nos rumores de que estavam matando gente nos porões da ditadura. Se dizia: "se foram capazes de nos levar a essa derrota, é porque foram capazes de fazer tudo o que dizem que estão fazendo.

Folha - Por que a Conadep foi criada por meio de decreto, e não por uma lei?
Meijide - Houve uma tentativa de estabelecer uma comissão bi-cameral, ou seja, aprovada pelo Congresso. Mas em ambas as câmaras havia peronistas ou partidos de direita que eram contra a investigação dos crimes, ou por ideologia ou por estarem envolvidos. Alfonsín não queria causar um racha, pois desejava restaurar a institucionalidade do país. Então optou por um decreto em que instituía uma comissão de notáveis, formada por 12 membros.

Folha - Como a Conadep trabalhou?
Meijide - Usamos como base o que havia sido preparado por organizações de direitos humanos, que já tinham reunido muitas denúncias de abusos. Com a propaganda do início dos trabalhos, muita gente passou a nos procurar.

Folha - E o que faziam a cada denúncia?
Meijide - Mandávamos ao local indicado pela testemunha um arquiteto, para desenhar um mapa, um fotógrafo e um membro da comissão. Ouvia-se gente, preparavam-se imagens e fazia-se um relatório, que virava um documento público.

Folha - Quem mais fazia denúncias, familiares ou colegas?
Meijide - Havia de tudo. As famílias iam reclamar os desaparecidos, mas quem tinha mais informação eram os colegas de célula, sobreviventes dos centros clandestinos, estes puderam dar muitos detalhes sobre as mortes.

Folha - Tinha-se uma ideia do tamanho da repressão antes do início dos trabalhos da Conadep?
Meijide - A sociedade em geral, não. Ouviam-se histórias, todos conheciam alguém cujo paradeiro era desconhecido. Nas organizações de direitos humanos, sabíamos um pouco mais. Me surpreendi, por exemplo, quando cheguei à Conadep, porque ainda se buscava muita gente que se acreditava estar viva e eu sabia que as esperanças eram muito poucas, porque a ordem era matar.

Folha - A questão do número oficial de desaparecidos é uma grande polêmica. A sra. defende que não se fale mais em 30 mil, pois esse número seria falso. Por que? Que número deveria ser usado?
Meijide - A Conadep chegou ao número de 7.954 desaparecidos, depois de esgotar todas as denúncias, daqui e do exterior. Se contarmos também o número de corpos que apareceram depois, teremos um pouco mais de 11 mil. Mas não 30 mil, esse número não existe. Minha teoria é de que surgiu no exílio. Os guerrilheiros e militantes que fugiam da Argentina não encontravam na Europa um grupo irmão. Comunistas e trotskistas do Brasil ou do Chile encontraram pares lá. Não os argentinos, porque eram peronistas e, para a esquerda europeia, os peronistas eram fascistas. Para fazerem-se ouvir, aumentaram o número, para se aproximar da noção de genocídio. Trinta mil é um número irreal, uma construção, necessária naquele momento.

Folha - Como a sra. vê a Comissão da Verdade no Brasil?
Meijide - Parte-se de um princípio muito positivo. Quando vi a foto de Dilma com os outros ex-presidentes, senti inveja. Na Argentina isso hoje não seria possível por causa dos enfrentamentos. E Dilma, além de demonstrar um poder muito grande de convocar a todos, quis dizer que seu caminho é o institucional, que não se trata de uma decisão do governo dela, mas de Estado. No que diz respeito a direitos humanos, o Brasil iniciou um processo com FHC e Lula que é difícil que retroceda. E isso é muito bom.

Folha - O que deve almejar a Comissão da Verdade?
Meijide - Há aspectos positivos no fato de se estar mais distante no tempo do fim da ditadura. Como não há um vínculo direto com a ideia de julgamentos, como era o nosso caso, a comissão pode se dedicar apenas ao que o seu nome indica, alcançar a verdade. Quando se está pensando em justiça, de certo modo nos afastamos da verdade. Deve-se almejar a verdade histórica. Existem duas categorias de memória. A primeira é a da memória fixa, que corresponde à vítima e seus parentes e amigos. Essa se congela no dia da desaparição, e é como se aquela pessoa fosse arrancada do convívio todos os dias. Mas há uma memória histórica que avança e que nos faz perguntar os porquês.Não é fácil para quem foi vítima trabalhar esse tema, e digo por experiência pessoal. Esse é o registro da memória que pertence ao país, a esse têm direito todos os brasileiros. A comissão precisa se concentrar nessa memória histórica.


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Magoou princesa?


Lendo a ultima edição de um jornal da cidade onde um ex-prefeito que olha só como o mundo dá voltas hoje é colunista como este que lhes escreve, mas logicamente e graças a Deus em jornais diferentes, é claro! Não pude deixar de vestir a carapuça, e não tinha como não vesti-la tendo em vista que o idiota de plantão que o colunista cita em seu texto sou eu.

A desavença de opiniões ocorrida no Facebook meses atrás teve origem na discussão a respeito do direito de um cidadão fumante ou consumidor de bebida alcoólica fosse ele um alcoólatra ou fumante inveterado ou não de ter um atendimento digno nos órgãos públicos de saúde da cidade.

E realmente foi muito interessante constatar como funciona a cabeça de alguns administradores públicos da cidade que felizmente já passaram.

O nosso ex-prefeito e agora colunista, por exemplo, tem a teoria de que um cidadão que tenha por habito consumir um ou outro destes produtos ou até mesmo os dois perde o direito a reclamar de um atendimento medíocre em nosso Pronto Socorro local.

A minha por outro lado era exatamente oposta a sua. Minha teoria neste caso é simples e clara. Vivemos em um país onde a produção, o comércio e o consumo de cigarros e bebidas alcoólicas são liberados e sobre eles recaem altos impostos, que são pagos pelas três partes envolvidas, então o “Estado” no caso a prefeitura teria (tem) o dever de prestar o devido atendimento médico ao cidadão que os consome quando este atendimento se tornasse necessário.

E olhem só! Não é que o grande empresário e deprimente prefeito se incomodou por demais com minha opinião e ficou com o assunto literalmente atravessado na garganta como uma espinha de peixe a ponto de meses depois com a miraculosa descoberta de um artigo de um famoso médico que cultiva o mesmo ponto de vista simplista e néo-pequeno burguês que ele, sair correndo como um adolescente para frente de seu computador e espumando pelos cantos da boca e mentalmente anestesiado por ser seu argumento compartilhado por tão “importante” figura pública que sem pestanejar deixou de lado a sua postura rebuscada e sua sempre segura e polida linha editorial e a mim um insignificante ser e um desairoso blogueiro se referiu então aliviado em sua coluna como “um dos idiotas de plantão”, e de “reclamão”; Bom... Deixa pra lá! Se fosse há uns treze anos atrás até ficaria preocupado com a opinião do dito cujo, mas hoje, e por motivos que todos estão carecas de saber chega a ser um elogio não ter a mesma opinião do digníssimo ex-prefeito.

É desalentador, desgastante e muito frustrante para um cidadão comum, habitante da mais baixa faixa da pirâmide social da cidade ter de lembrar a esta ilustre personalidade que por quatro anos se apoderou do mais importante cargo público da cidade que a obrigação de oferecer um atendimento médico ao cidadão brasileiro seja por que motivo for não é uma imposição do tal idiota de plantão em particular ou seja um fato que possa ser colocado em duvida ou sequer discutido; e sim um direito assegurado pela CF (Constituição Federal) nos artigos 6º, 23º inciso II, 30º inciso VII e 196º, pela CE (Constituição Estadual) nos artigos 149º inciso III, 219° parágrafo único, alíneas 2 e 4, 220º, 222º incisos IV e V e 223º inciso I, e finalmente pela LOM (Lei Orgânica Municipal) nos artigos 6º inciso VII, 7º inciso II, 160º, 161º inciso III e pelo artigo 162º parágrafo único.

Se mesmo com todas estas determinações nosso ex-prefeito apregoa aos quatro ventos até os dias de hoje que o “Estado” (prefeitura) não tem o dever de proporcionar ao cidadão um serviço de saúde de qualidade por este ser um consumidor de determinados produtos mesmo sendo estes produtos considerados lícitos pelas Leis nacionais e portanto de livre consumo, realmente não foi por culpa das tais “forças ocultas” que sua administração foi à pior da historia da cidade.

Quanto ao doutor em questão sem duvidas é um rapaz esforçado e por isso merece nossa atenção. Of course! Porem como todas as comoventes figuras que se tornam celebridades em nosso país ele se esquece de um pequeno detalhe: Ele é apenas um médico e não Deus.

Neste sentido e por força de seu juramento, o de Hipócrates e não o do hipócrita ele tem o dever de atender a todos sem distinção, e não prejulgar, avaliar, questionar ou rotular a conduta pessoal de um paciente e na falta da lembrança desta formalidade de sua cerimônia de formatura, que tanto o médico como o ex-prefeito se recolham a sua insignificância e se atenham a Constituição da Republica em especial ao Artigo 5° inciso II que diz:

“Artigo 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

Desta forma enquanto as Leis brasileiras (federal) não proibirem a produção, o comércio ou o consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas em seu território, ninguém pode questionar estas condutas, sendo estas opções única e exclusivamente de foro intimo de cada um. Ao mesmo tempo médicos e agentes públicos têm sim o dever e a obrigação constitucional, profissional, ética e moral de assegurar a todos os cidadãos brasileiros independente de suas escolhas pessoais um atendimento se não VIP como propôs o colunista, ao menos digno da pessoa humana pelo simples fato que este atendimento já esta devida e antecipadamente pago com o sangue e com o suor do trabalho deste mesmo cidadão.

Quanto às agruras que o cargo de prefeito traz a seu detentor existe um ditado popular que da uma opção: Se não agüenta, bebe leite.

Ah! Já ia me esquecendo... Caríssimo! Com certeza não vou mudar o mundo com meus dedinhos nervosos e com minha conduta beligerante, mas sem duvida é sempre melhor ser um cidadão reclamão do que um político la...mbão!

É como sempre digo: Minha personalidade sempre foi mais para Ozzy Osbourne do que para João Gilberto.

E dane-se!