Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

terça-feira, 29 de julho de 2014

Cartão Postal da Cidade não atende a Lei Cidade Limpa.

Ou seria exatamente o contrario? Pois é! Campos do Jordão e suas Leis são uma eterna incógnita.

Feita para proteger a paisagem jordanense, uma das mais privilegiadas do Brasil da poluição visual, nossa Lei Cidade Limpa se transformou ao passar dos anos no maior mico legislativo de que a cidade tem conhecimento desde a sua fundação.

Sem a menor chance de ser respeitada por comerciantes oportunistas que transformam a cidade em uma feira hippie (com todo respeito aos hippies) na temporada ou pelos políticos que literalmente emporcalharam a cidade no ultimo Congresso de Municípios agora é o próprio poder Público Estadual (STM/CPTM/EFCJ) que sem a menor cerimonia resolveu esticar uma enorme faixa bem na testeira da Estação de Vila Abernéssia anunciando a venda de bilhetes e atropelando o  artigo 11°, alínea b assim redigido:

(...) Art. 11. Não será permitida a colocação de anúncios, cartazes, faixas, cavaletes, placas, ou outros instrumentos destinados à realização de propaganda, representação de anúncios ou realização de publicidade, quando:

b) de alguma forma prejudiquem os aspectos paisagísticos da cidade, seus panoramas, monumentos típicos, históricos e tradicionais; (...)

Sendo assim não resta outra alternativa a não ser a propositura de sua revogação como foi proposto em 2010  (projeto de lei 82/2010) nada mais nada menos que pelo mesmo vereador que a “criou”. Uma pérola digna de pastelão de nossas antigas chanchadas.

E isso nos remete a outra situação politica não menos emblemática vivida pela cidade nos últimos anos. A real necessidade de se ter uma Câmara de Vereadores que além de não fiscalizar a administração de maneira satisfatória como podemos observar pelo grande número de contas do executivo reprovadas pelo Tribunal de Contas, custa caro e tem como uma de suas principais realizações um  frankenstein jurídico que atende pela alcunha de Lei Cidade Limpa.

A um custo elevado e com um retorno social pífio a manutenção da Câmara nestes moldes nada mais é do que simplesmente tocar fogo em boa parte da receita anual do município.

Que mude a Câmara, ou que mude as leis. O que não pode, é ficar como esta!

Mais Pronto Socorro

O Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Sidney Estanislau Beraldo juntamente com o Auditor Josué Romero acatando o parecer da fiscalização da casa sentenciaram no ultimo dia 2 de julho a ex-prefeita de Campos do Jordão Ana Cristina Machado César ao pagamento de uma multa no valor de 200 UFESPs o que corresponde a R$ 4.028,00, valor absolutamente simbólico, por irregularidades cometidas na contratação de mão de obra para a manutenção das atividades do Pronto Socorro em regime de urgência logo no inicio de seu mandato em 2009.

A unidade regional de fiscalização do Tribunal de Contas lotada em Guaratinguetá listou inúmeras irregularidades, que vão desde a falta de pesquisa mercadológica até a falta de declaração da existência de recursos em caixa para efetuar a contratação, mas uma em especial chama a atenção – a não comprovação da situação de emergência que justificasse a dispensa de licitação, ou seja, aproveitaram um momento de instabilidade política comum na transição de um governo para outro para criar um clima de caos inexistente com o único propósito de dispensar as licitações em suas contratações.

Fonte inesgotável de dor de cabeça para os jordanenses o Pronto Socorro é protagonista de uma serie interminável de problemas em sua logística, em seu atendimento e principalmente em sua administração, cabe agora saber até quando os munícipes da cidade, aqueles que pagam a conta, terão paciência para suportar tanto disperdicio com o dinheiro púbico e principalmente tanta ineficiência nos serviços oferecidos a população.

Notificado sobre a condenação pelo Tribunal de Contas o atual prefeito tem 60 dias para comunicar o Tribunal de Contas às providencias adotadas a respeito.

Esperamos que a atual administração realmente atenda a este pedido e tome as devidas providencias e que as comunique não somente ao Tribunal, mas a toda sociedade.

Apesar do legislativo sempre se portar como o traído da historia aquele que sempre é o ultimo a ficar sabendo das coisas a Câmara de Vereadores da cidade também foi devidamente notificada pelo Tribunal sobre a condenação.


Aguardemos as irresolutas reações dos nobres vereadores e suas inócuas providências.

Quem ganhou, ganhou. Quem não ganhou... Não ganha mais!

E a temporada 2014 chegou ao seu fim sem para muitos sequer ter começado.

Mais uma vez meia dúzia não tem do que reclamar, mas o resto, que se resume a 99% da população e do comércio começam a juntar os cacos e fazer as contas para avaliar os prejuízos de mais um ano completamente perdido.

Um iate de luxo sem comandante e a deriva em alto mar, esta é a melhor definição para Campos do Jordão hoje.

Uma cidade que tem tudo para dar certo: clima, paisagem, localização geográfica, riquíssimo parque hoteleiro, gastronomia de primeiro mundo, população pacata, transito civilizado, enfim tudo que uma cidade que depende de seus visitantes, sejam eles de que classe social for, precisa para proporcionar aos turistas uma experiência inesquecível e a sua população uma qualidade de vida no mínimo decente, mas que nas mãos de gente sem compromisso com a terra simplesmente não decola e esta se tornando aos poucos na Detroit tupiniquim: rica e pungente em seu passado, pobre e superada no seu presente e sem futuro nenhum a sua frente.

A completa falta de um plano turístico que atenda a realidade da cidade sem firulas midiáticas, sem interesses pequenos e classistas e que atenda a todos os problemas da cidade se faz urgente e dentro dele sem mais demora ou desculpas deve se incluir os abandonados pontos turísticos e as sempre excluídas Vilas Abernéssia e Jaguaribe, e esta reivindicação não é mais uma simples questão de “inveja” das regalias históricas as quais Capivari sempre teve direito – se trata de uma questão de sobrevivência do comércio e da parcela da população que dele depende e que não se concentram mais somente naquele reduzido e privilegiado espaço.

Campos do Jordão precisa de Capivari, mas é bom lembrar que sem o restante da cidade Capivari também não existe.

Não há mais espaço para amadorismo e menos ainda para a soberba, o projeto turístico implantado pela atual administração fez água... Afundou! E com ele levou nossas esperanças. Que eles tenham a humildade de dar a mão a palmatoria e recomeçar de maneira seria seu governo indicando depois de um ano e meio um Secretario de Turismo a altura de Campos do Jordão.

E mais do que um simples burocrata a cidade precisa de alguém que agregue não só valor ao turismo, mas principalmente que recupere a sua identidade. Campos do Jordão desapareceu do cenário turístico nacional há muito tempo para dar lugar a uma cidade fictícia - a Suíça Brasileira - que existe somente nas pranchetas dos arquitetos da cidade.

E que não me venham novamente com o desgastado discurso da falta de verbas afinal, falta de dinheiro não justifica a falta de criatividade.