A difusão de proselitismo político é função de assessor de imprensa. Função de jornalista gostem ou não é de separar o joio do trigo - e publicar o joio.
Não é o caso de ver a taça sempre meio vazia e sim de encarar o problema como ele realmente é!
Se não fosse a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, o aniversário de 143 anos de Campos do Jordão passaria praticamente em branco.
Tragados por um turbilhão de graves problemas que assolam o mundo e o país e lambendo as suas próprias feridas, os jordanenses só não estão mais apáticos que o executivo e o legislativo, que já não fazem mais força alguma para esconder o seu completo afastamento dos propósitos pelos quais foram eleitos.
Isso fica evidente quando perguntamos a nós mesmos o que estes agentes públicos fizerem nos últimos trinta anos para melhorar a qualidade de vida da população.
O que realmente modificou? A escola de nossos filhos conseguiu nos últimos anos mostrar alguma evolução? A saúde teve alguma melhoria? Não estou perguntando do atendimento para dar dois pontos em algum corte no seu filho peralta, que cortou o dedo em alguma traquinagem, mas no atendimento quando o caso requer além da boa vontade dos profissionais da saúde, de um tiquinho de qualidade dos equipamentos disponíveis para o atendimento de algo mais grave. A zeladoria da cidade melhorou nos últimos anos? Mesmo com o mega investimento na estação de tratamento de esgoto a qualidade das águas dos rios e das fontes como ficou? Lazer, esporte, cultura... O que melhorou? E o turismo... Melhor nem comentar não é mesmo?
Enquanto cidades distantes e até vizinhas aceleraram seu investimento no turismo e por conta disso já estão colhendo frutos, Campos do Jordão achando que a boa vontade e meia dúzia de empresários bem intencionados, mas nem um pouco qualificados profissionalmente para dar conta deste problema crônico e complexo contínua a passos de cágado... Isso quando não entra a um “zilhão” por hora na contramão da historia.
A grande pergunta que temos de fazer neste próximo dia 29 de abril a nós mesmos e principalmente as “autoridades” é se estaremos comemorando 143 anos de progresso ou de retrocesso.
Enquanto alguns comemoram o crescimento de poucos, eu lamento a miséria de muitos.