Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

terça-feira, 12 de julho de 2016

A última temporada tucana - A Tribuna

A última temporada de inverno sob as asas dos tucanos se inicia em Campos do Jordão, e como sempre as expectativas da população são as melhores possíveis, mesmo com o país e a cidade estando mergulhados em uma aprofunda crise política e principalmente financeira.

O frio contínua sendo o único atrativo da cidade, tendo em vista que por mais uma vez, nem o comércio e muito menos a prefeitura se prepararam para receber os turistas. A dependência do Festival de Inverno que é organizado e totalmente financiado pelo governo do Estado é absoluta.

Sem investimentos, e sem verbas o suficiente para preparar a cidade para receber seus visitantes em sua principal temporada, e com uma equipe sem muitos recursos profissionais para driblar a falta de dinheiro, Campos por mais uma vês esta largada a sua própria sorte, na dependência somente dos bons serviços oferecidos pelos trabalhadores da área de hospedagem e gastronomia que literalmente se viram nos trinta para receber bem os turistas.

Ruas sujas, esburacadas e mal conservadas, sinalização precária, pontos turísticos importantes como o Mirante do Morro do Elefante abandonados. Praças tomadas pelo mato e iluminação pública comprometidas com varias ruas completamente as escuras são o legado dos desastrosos anos de incompetência dos profissionais da área de turismo que não conseguem se desvencilhar de seus discursos pomposos e performáticos cheios de teorias, mas vazios de realizações.

O COMTUR (Conselho Municipal de Turismo) criado no inicio do ano passado com toda a pompa e circunstância e pirotecnia midiática característica do governo tucano com a promessa de revolucionar o turismo na cidade como tudo o mais simplesmente não saiu do papel.

Depois da reunião para a formação de sua diretoria a população não teve absolutamente nenhuma notícia a respeito de alguma realização desta entidade.

E o mesmo melancólico fim teve o FUMTUR (Fundo Municipal de Turismo) criado na mesma Lei com o intuito de fomentar os investimentos no turismo. Se houve alguma arrecadação, doação ou investimento ninguém sabe, ninguém viu.

Como sempre a cidade vive das aparências e as custas de um passado glorioso onde tudo o que se “plantava” produzia bons frutos.

Nas mãos de aventureiros que tomaram conta do comércio turístico e da política, a cidade aos poucos foi se transformando em uma vitrine descaracterizada e de gosto duvidoso.

Abordagem policial - Jornal Regional

Sempre fui, e ainda sou a favor do imediato aumento do efetivo policial na cidade, que há muito tempo carece da atenção do Estado na questão da segurança.

As reuniões do finado COMSEG, pelo menos por aqui, sempre foram somente para inglês ver, nada de relevante já foi discutido ou decidido nestas reuniões. Todas as mudanças que a população solicitava para uma significante melhoria na segurança da cidade sempre dependeram da avaliação e da aprovação dos superiores dos comandantes da Policia Civil e Militar da cidade, situação esta que tirou a razão de ser do COMSEG e determinou o seu fracasso e seu fim.

Durante um período de aproximadamente trinta dias o efetivo policial da cidade passa de mais ou menos duas dezenas de policiais militares e civis para quase mil. São dezenas e dezenas de policiais transitando dia e noite no eixo principal da cidade; situação criada para dar uma sensação de segurança aos visitantes, mas que tem efeito completamente contrário para os moradores da cidade.

Mais uma vez a atuação do reforço policial na temporada é alvo de reclamações por parte de moradores da cidade.

De forma velada, mas sistemática a Policia Militar do Estado a cada temporada de inverno impõe uma espécie de toque de recolher aos jordanenses. 

Os policiais em sua esmagadora maioria abordam jovens e trabalhadores, prejulgando o seu caráter por suas vestimentas e condições financeiras.

Esta atitude nem de longe tem por intuito prevenir possíveis delitos ou garantir a segurança de moradores ou visitantes.

Esta postura arrogante e por muitas vezes truculenta que vem sendo tomada por estes policiais que em muito nos remete a repressão vivida nos anos 60 e 70, tem por único objetivo coagir e constranger o jordanense para que este deixe de frequentar a área destinada à casta superior - leia-se Capivari.

Seria de muita valia para a população que paga os salários destes agentes públicos, que dentro de suas academias além das especialidades especificas para a formação técnica dos policiais que também fosse inserido em sua grade noções de cidadania e boas maneiras.

Ou então, que a pobreza seja oficializada como delito sujeito as penalidades da Lei.