Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 30 de março de 2012

Oportunidade não é oportunismo,

O que direciona uma sociedade é a política de um modo sistêmico e amplo. É um momento de possibilidade importante com poder para escolher entre a população os eleitos, responsáveis pela condução do destino de uma cidade, um estado ou país. A eleição traduz o nível de democracia paroquial ou regional.

São as eleições que mudam ou renovam o poder público nos sistemas representativos. A partir destas informações, desejo comentar sobre oportunidade política e oportunismo, numa disputa eleitoral.

A oportunidade é este momento de circunstancia favorável que a população tem para ampliar as suas conquistas. Na próxima eleição para prefeito e vereadores, em 2012, todos os municípios farão uma discussão, a campanha eleitoral, para escolher as melhores propostas de administração dos bens públicos. É nesta fase que o usuário deve avaliar a eficiência das políticas públicas.

Assim, a oportunidade política, proporcionada pelo momento histórico e legítimo da eleição, é imensa e favorável para que a população busque melhores dias e ampliação da qualidade de vida. É neste momento que devemos mensurar a real situação das ações em saúde pública, educação, cultura, geração de empregos, segurança, meio ambiente, infra-estrutura, assistência social e habitação popular.

Para os cidadãos envolvidos com a política partidária, também surge a oportunidade de contribuir ainda mais na elaboração de projetos, planos e ações que serão apresentados no embate eleitoral. Todos os políticos legítimos e com afinidade com o município ganham a possibilidade real de auxiliar os conterrâneos na superação das doenças, ignorância e pobreza.

O sentido da palavra oportunidade foi difundido no século XVI, na época das grandes navegações. Sem motores propulsores, os navios não tinham força para sair do porto. Então, precisavam de ventos fortes, que foram nomeados de “oportunidade”, para içar as velas. É célebre a recomendação do historiador Inglês Thomas Fuler (séc. XVII) que aconselha “quando o vento soprar, você deve içar sua vela”.

O oportunismo é uma expressão derivada e pejorativa do termo oportunidade. Caracteriza-se naquela postura de tirar proveito das circunstâncias num dado momento em benefício de seus interesses pessoais. A população, o eleitor comete oportunismo quando se esquece de participar do processo eleitoral, deixa de lado as avaliações e no momento de escolher vende o voto. Um gesto individualista que despreza a oportunidade de mais ganhos sociais.

O político oportunista é aquele que aparece de um contexto alheio a cidade e mostrando-se salvador da pátria. São falsos representantes que buscam na ignorância e fragilidade material da população humilde o aliciamento do voto, através de milagrosas promessas. Muitos candidatos oportunistas já são políticos, nada fazem, e buscam nas circunstancias mais espaço de poder. Outros são verdadeiros aventureiros e se lançam sem a mínima responsabilidade, só pelo interesse das conquistas pessoal e familiar.

Contudo, oportunidades políticas são importantes para o bem comum e oportunismos geram atrasos irreparáveis para todos. Sempre esperamos por oportunidades. Alguns afirmam que nunca tiveram oportunidades. Assim, é aprazível a valorização dos momentos oportunos, pois alguns afirmam que a oportunidade surge uma única vez. Na política a população tem oportunidade sempre que acontece uma eleição.

Jalinson Rodrigues – jornalista.

Nota do Blog: Por muito tempo lutamos pela democracia e pelo direito ao voto direto. E passados praticamente trinta anos deste direito ter sido restabelecido aos poucos estamos começando a entender que somente o voto não muda um país.

Alem de poder votar temos de ter em quem votar e é nisso que temos de investir.

Muito se tem falado a respeito de renovação política, e atentos a esta realidade jovens oportunistas estão se valendo de sua perspicácia para se colocarem a frente não de uma revolução de praticas e princípios, mas sim de uma reacomodação de antigos interesses e a preservação de velhos valores caiando com novas cores velhos sepulcros.

Estão fazendo boa parte do eleitorado vincular renovação e novas atitudes com juventude e isso de maneira alguma é verdade.

Logicamente que os jovens precisão tomar seu lugar dentro da sociedade e fazer valer a sua força dentro dela, porem juventude nunca foi e nunca será sinônimo de ética, moral e desenvolvimento.

Espero sinceramente que o novo prefeito de Campos do Jordão mesmo com sua juventude saiba separar o joio do trigo e reconhecer quem realmente tem compromisso com a mudança e não se deixe levar pelas carinhas bonitas e bem educadas de jovens com espírito envelhecido.

Todos nós estamos atrás de conforto e de reconhecimento profissional e social porem cabe saber até que ponto perseguir estes objetivos vale a pena, pois como dizia Millôr Fernandes: "Quanto mais se abaixa a cabeça para os opressores mais se mostra o traseiro para os oprimidos".

Apesar de ser um apaixonado pela política em época de campanha me sinto um peixe fora d’água, talvez porque não passe de um Antenor em um país chamado Sol.