Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 19 de maio de 2017

#Naõtenhobandidodeestimação.

Depois de ler muitas notícias e um sem número de posts completamente estúpidos, tanto dos tais “intervencionistas” quanto dos coxinhas e principalmente dos mortadelas, decidi que não vou mais perder meu tempo e nem colocar minha saúde em risco discutindo alguns assuntos que mesmo para quem tem meio neurônio em funcionamento já não se discutem mais.

Por enquanto a lista tem 11 itens, mas pode aumentar:

1 – Juiz não produz provas, ele somente avalia as provas anexadas aos autos pela acusação e as contraprovas oferecidas pela defesa. Juiz não investiga, juiz não acusa e juiz não defende. Juiz julga... Ponto!

2 - A Deleção Premiada não é uma jabuticaba jurídica criada nas coxas pelo MP de Curitiba. A Delação Premiada é uma Lei que foi sancionada pela presidente Dilma, em 2013, e todos os benefícios e reduções de penas que os delatores têm direito após a homologação da delação estão nela previstas.

3 – Ninguém devolve produto de roubo que não cometeu, pelo simples fato de não ter como devolver aquilo que não existe, se os delatores tiveram contas milionárias localizadas e confessaram a sua origem ilícita e se comprometeram a devolver é porque o roubo efetivamente aconteceu. Isso não é fruto da imaginação de ninguém é fato concreto.

4 – A delação não é feita diretamente entre réu e juiz. Todo o processo de delação é feito entre os advogados do réu e representantes do MP e todos os interrogatórios são acompanhados pelas duas partes e ninguém é obrigado a fazer delação. Tenham como exemplo o Zé Dirceu, que foi um dos primeiros a serem presos e não delatou ninguém.

5 – Todos têm direito de discordar das decisões judiciais e é exatamente por isso que existem várias instâncias para se recorrer. Mas leigo querer ensinar didaticamente como um juiz deve proceder a um julgamento é o rabo querendo balançar o cachorro.

6 – Juízes de primeira instância, todos sem exceção, são admitidos em concurso público e não por indicação política. Muito diferente dos componentes do STF, onde todos, sem exceção, são indicados politicamente e nenhum por concurso. Existindo até Ministros do STF que nunca exerceram a função de juiz.

7 – Sérgio Moro, é juiz de primeira instância e não pode julgar quem tem foro privilegiado, por isso que figurinhas como Aécio, Temer, Romero Jucá e demais agentes políticos com prerrogativas de forro não são denunciados pelo MP e nem julgados em processos de Curitiba.
8 – Culpar a justiça pelo que os políticos fizeram a economia do país é colocar a culpa da febre no termômetro.

9 – Não me desgasto mais em discussões inócuas com doutrinados, principalmente com aqueles doutrinados que mandam você pensar fora da “caixinha”.

10 - O problema não é escolher o candidato “X” ou “Y” em um processo eleitoral onde o eleitor é obrigado por Lei a votar. O problema é manter o apoio ao bandido mesmo depois de pego.

11 - Impeachment não é processo jurídico e sim políticos, presidente que perde a maioria no congresso não se sustenta no cargo e presidente que tem a maioria ninguém derruba do cargo – Por isso nosso sistema é chamado de presidencialismo de coalizão.


terça-feira, 16 de maio de 2017

Jornalismo de resistência. - A Tribuna

Ser jornalista em cidade pequena não é profissão. É sacerdócio! O profissional que atua nesta área raramente é admirado, mas invariavelmente é odiado. Inclusive por aqueles que um dia antes o admirava.

Independente da qualidade do trabalho feito ele é sempre apontado nas ruas como “jornalistazinho” e o veículo em que trabalha é sempre um “jornaleco”.

Mas quando a publicação de alguma notícia se torna interessante ou inconveniente às mesmas pessoas que subestimavam tanto o profissional quanto o veículo de informação que trabalha rapidamente reconhecem que o jornalistazinho apesar de tudo e de todos tem credibilidade e o tal jornaleco conteúdo.

Alheio a tudo isso o bom jornalista sabe que a notícia não pertence a ele ou ao jornal, mas sim a sociedade, que tem o direito de saber o que acontece na sua rua e no mundo. Na realidade o jornalista é apenas o mensageiro e o jornal o instrumento para levar a luz do conhecimento a escuridão da ignorância.

Mesmo oferecendo um trabalho essencial para o fortalecimento da democracia, mesmo em uma cidadezinha interiorana, pejorativamente a imprensa sempre é chamada de “quarto poder”, sugerindo que os veículos de comunicação e seus profissionais exercem má influência sobre a opinião pública.

O que ninguém reconhece é que a liberdade de expressão não é um direito exclusivo das empresas ou dos profissionais da comunicação, mas de toda a sociedade. O jornalismo é apenas a materialização deste direito.

Diferente do agente público que após eleito, admitido em concurso público ou indicado, tem a obrigação de dobrar a espinha diante das vontades dos cidadãos, o jornalista não tem o dever de se submeter aos caprichos dos poderosos ou a gritaria daqueles que de alguma forma se acham prejudicados pela publicação de atos ou fatos acontecidos.

O número de jornalistas em atividade em Campos do Jordão proporcionalmente ao número de habitantes é muito pequeno e os poucos que se arriscam na área da informação em algum momento de sua trajetória já passaram por algum constrangimento para cumprir com o seu dever profissional que é apenas o de informar a população.

Talvez seja este dever, o de informar apesar de tudo e de todos que mais assuste. Desde os mais humildes até aqueles que se acostumaram a nunca serem contrariados.

Vida longa e próspera a todos os jornalistas jordanenses.