Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Assistencialismo de interesse.

Existe no imaginário do jordanense a forte convicção de que para ser candidato a vereador o cidadão que não tem uma estabilidade financeira ou um status consolidado, no mínimo tem de ter desenvolvido algum trabalho social na cidade. É uma espécie de pré-requisito indispensável, sem o qual o cidadão que não goza de prestigio ou é desprovido de recursos financeiros não tem “legitimidade” em sua pretensão, e por consequência nenhuma chance de vitória.

Desta maneira se cria antes do politico o assistencialista. Aquele personagem que aprende deste muito cedo que somente através de um trabalho voluntario ou do financiamento de alguma ação social conseguirá a projeção e a legitimidade necessária para concorrer ao legislativo com alguma chance.

Assim Campos do Jordão criou uma sociedade carente de pessoas com um voluntariado desprendido e totalmente desinteressado politicamente.

Muito poucos estendem a mão ao próximo, se engajam a um movimento social, ou se articulam para questionar as politicas sociais implementadas na cidade sem o oculto interesse de algum dia fazer parte do sistema.

E é exatamente ai que se encontra a raiz, a origem de todo o mal politico e social de nosso povo. Não produzimos mais políticos idealistas, compromissados somente com uma bandeira social, ou com uma missão de vida. Criamos apenas políticos compromissados e preocupados com determinadas camadas da sociedade, pequenos grupos que se perpetuam no poder através destas trocas de favores.

As parcerias sociais que não dependem do poder público e que são vinculadas somente à sociedade não evoluem na cidade em consequência desta forma arcaica de pensamento que abstrai do cidadão o sentimento de coletivo e promove a beligerância egoísta natural do ser humano.

Vejo com olhos desconfiados estas ações sociais que aparecem em período pré-eleitoral, que se intensificam durante as campanhas, e que desaparecem como um toque de mágica logo no dia seguinte das eleições.

Claramente tenho o devido cuidado de não jogar fora da bacia o bebê junto com a água suja, sei que nem tudo o que aparenta ser uma ação de cunho eleitoreiro, é... Porem é sempre bom levar em consideração que Campos do Jordão é terra de cego, e quem conseguir manter um olho aberto tem grandes probabilidades de se tornar vereador.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Um assunto enfadonho.

No inicio deste mês mais um recurso da prefeitura pedindo a manutenção da Lei Municipal 3.180/08 que no apagar das luzes do mandato de 2004/2008 deu um substancial aumento nos salários do prefeito, do vice, e de todos os componentes do primeiro e segundo escalão do executivo foi rejeitado pelo TJSP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo).

Os altos salários do executivo estão sendo questionados há anos na justiça pela Promotoria do Estado que pede a anulação da Lei que ilegalmente reajustou os salários do executivo jordanense.

A Promotoria vem através dos anos acumulando várias vitórias na justiça, vitorias estas que estão sendo procrastinadas através de inúmeros recursos impetrados pelo executivo que na contramão da realidade financeira da cidade não vê problemas em seus desproporcionais rendimentos.

Bem diferente do que pensam quando estes mesmos políticos tem de aplicar algum índice de reajuste nos salários dos demais funcionários públicos, que pleiteiam há tempos e sem sucesso reajustes mais justos em seus minguados salários.

Diferente também da austeridade que pregam quando precisam investir em saúde, educação, turismo, esporte e infraestrutura para a população.

Seguindo a mesma linha de raciocínio do executivo o legislativo também reajustou os vencimentos dos vereadores em 2014 (Lei 3.694/14) e a partir de 2017 os salários dos vereadores também ultrapassaram a casa dos seis mil reais mensais.

Porem diferentemente do executivo o bondoso reajuste dos vereadores dificilmente será alvo de questionamento da justiça por ter seguido todas as regras e normas legais, mas sempre fica a duvida: o reajuste do legislativo diferente do executivo pode ser legal, mas em uma cidade onde a maior parte dos funcionários públicos e da população não ganham mais do que dois salários mínimos este aumento nos salários dos vereadores é moral?

Se existe hoje algum assunto realmente enfadonho a ser discutido em uma cidade miserável como Campos do Jordão, sem duvidas este assunto é o “supersalário” dos políticos locais.

domingo, 17 de maio de 2015

Presente do Blog.


O conceituado chargista Manoel Carlos Conti brindou o Blog do Reginaldo Marques com esta caricatura de nosso diretor.