Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Sessão na Câmara Mortuária de Campos do Jordão.

“Chamamos de Ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de Caráter”
Oscar Wilde

Enquanto o mundo gira e o povo cada vez mais fica sem paciência para com tudo explodindo em revoltas e violência por todos os cantos aqui em Campos do Jordão a rotina não muda, Ou melhor... As pessoas não mudam.

Não fui a Câmara e não acompanhei a sessão pela net por alguns fatores. Um deles é que esta fazendo um frio do c* em Campos e ninguém merece ficar naquela câmara mortuária para acompanhar conversa de doido, mas a principal continua sendo a mesma. Falta de paciência.

Lei da laqueadura, debate sobre aluguel de cavalo e por ai vai. Coisas sem nexo e que nem deveriam ser pautas ou problemas do século 21.

Aqui em terras jordanenses tudo tem de ser por força de lei, tudo tem de ser por iniciativa ou do executivo ou do legislativo. Coisas que dizem respeito somente a um grupo especifico e reduzido da sociedade que deveriam se organizar internamente e se estabelecer por merecimento vira problema de uma cidade inteira que me desculpem tem outros bem mais graves a resolver.

Laqueadura uma iniciativa ate que simpática no que diz respeito a proporcionar as mulheres uma forma de planejamento familiar, porem um procedimento caro para o estado e que não deixa de ser violento contra a mulher.

Se sou contra a possibilidade de uma mulher fazer a laqueadura? De jeito algum! Somente acho que ao invés de jogar toda a responsabilidade sobre este assunto que é do casal e não somente da mulher o vereador em questão deveria propor uma verba para a secretaria de saúde fazer uma mega campanha de conscientização para o homem se propor a fazer a vasectomia. Um procedimento infinitamente mais barato para o estado e que não traz maiores desconfortos a saúde do homem.

Alem, destas ponderações a respeito do custo beneficio e claro conscientização social o que fica é a merda de sempre, os velhos e chatos projetos copy-cola a la cidade limpa do Paulo Indio e que já provaram que servem somente para encher linguiça e enfeitar currículo de vereador deslumbrado, afinal todos sabem que depois de aprovadas e promulgadas simplesmente são esquecidas.

No que se refere aos cavalos nem merece maiores comentários quem conhece a situação de alugadores e cavalos sabe muito bem que é uma questão de boa vontade dos alugadores e maior senso de responsabilidade da prefeitura e de seu órgão competente uma questão interna da administração que nunca deveria chegar a ser debatido na Câmara.

Enquanto vereadores gastam o erário com conversas absolutamente sem proveito coletivo a coleção de gaiatices governamentais jordanenses fica cada dia maior.

Ao invés de leis inconstitucionais e problemas administrativos como ponto de aluguel de cavalo este senhores tinham de estar debatendo o que aconteceu com a verba de quase 300 mil reais que foi destinado a reforma do prédio da central de abastecimento – merenda escolar (detalhes aqui), ou dos 170 mil reais destinados a corte de grama nas escolas (detalhes aqui).

Mas este tipo de debate não interessa nem aos vereadores muito menos aos seus aspones.

No mais! Aluguel de cavalo...A coisa mais importante, das menos importantes de Campos do Jordão.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pacato cidadão?

“Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”
Bob Marley

Dizia minha mãe com toda a sua sabedoria interiorana: “Guerra é guerra, não existe mocinho ou bandido nas trincheiras”.

Com vagas, mas marcantes lembranças da Revolução Constitucionalista de 32 onde a casa que morava ficava a menos de quilômetro das trincheiras entre São Paulo e Minas e com muitas e dolorosas da Segunda Guerra Mundial onde teve muitos conhecidos nos campos da Itália onde de lá alguns nunca voltaram minha mãe sempre argumentava que quando o homem desiste dos argumentos e empunha uma arma perde a sua razão seja ela qual for.

O mundo sempre viveu tomado por guerras e revoltas por todos os cantos, porem nos últimos anos os conflitos étnicos e religiosos por seu alto poder de destruição e pelo grau de ódio entre seus oponentes está tomando proporções no mínimo preocupantes.

Se a guerra entre povos culturalmente diferentes não é admissível o que podemos dizer quando irmãos de pátria se matam em nome de um regionalismo burro ou de uma religiosidade assassina?

As cenas de matança no Afeganistão e no Iraque já comuns nos noticiários se soma as cenas de fratricídio em território Sírio que agora se alastra como rastilho de pólvora no Egito.

Irmãos de pátria se matando em nome de Deus e em nome do homem.

O que preocupa o resto do mundo de forma longínqua me assombra no quintal.

Depois das manifestações populares onde milhões de brasileiros saíram as ruas de forma pacífica tendo como palavra de ordem a redução das tarifas do transporte publico tinham em seu objetivo bem mais do que os simples vinte centavos – O que a nação brasileira gritou em alto e bom som é que não quer apenas as migalhas dos reajustes de taxas e ou tarifas, mas sim respeito.

O povo brasileiro não quer mais ser desrespeitado como criança, adolescente, adulto ou idoso. O brasileiro não quer mais ser desrespeitado em seus direitos básicos. O brasileiro não quer mais ser tratado pelo estado e ai se incluem os servidores públicos como pessoas de terceira categoria, um estorvo, uma dificuldade a ser driblada diariamente para receber seus polpudos salários.

E são polpudos sim! Pois se assim não o fosse ser funcionário publico não seria o maior sonho da grande maioria da população.


Na contramão deste sentimento misto de revolta e nojo que o povo brasileiro sente hoje temos os políticos que se no começo assustados não sabiam o que fazer, hoje dois meses após estas manifestações claramente tomaram a postura do confrontamento com a população dando uma solene banana a opinião publica mantendo as suas regalias e falcatruas e atiçando seus cães fardados e amestrados na população que reivindica o que lhes foi prometido. Respeito!