Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.

“Quem não é humilde por natureza, tem que ser humilde por esperteza.”
Pedro Bial

Muitos amigos tem me procurado alarmados com a aproximação de mais uma temporada para expressar seus sentimentos de preocupação com os rumos que por mais uma vez a cidade vem tomando, principalmente depois do fragoroso fracasso da ultima temporada e dos feriados posteriores em especial o ultimo de Corpus Christi – fracassos estes que impactaram negativamente nossa economia a curto e a médio prazo de maneira irreversível.

Apesar das reclamações generalizadas sobre os problemas econômicos que independente das simpatias políticas de uns ou de outros afetam a todos da mesma maneira a maior preocupação é com o crescente sentimento mórbido de conformismo e impotência política que esta tomando conta da população.

Antes de achar que é o fim de tudo e que nada se pode fazer, algumas ponderações a respeito do atual momento político jordanense se fazem necessários.

Normalmente com a chegada das eleições presidenciais, governamentais e para a formação dos parlamentos a tendência natural é de se deixar em segundo plano a política local, o que não significa que ela está esquecida, muito pelo contrario, são exatamente nestas ocasiões onde a população aparenta estar sonolenta é que muitas situações obscuras acabam por se clarear.

A situação de aparente tranquilidade e harmonia que o executivo e o legislativo tentam passar a população na realidade é bem outra, e mesmo com a blindagem a que são submetidos por seus respectivos stafs eles sabem muito bem que suas popularidades não chegam nem perto dos números apresentados por seus assessores, e o termômetro que mede a temperatura exata das ruas é a relativa liberdade de imprensa e sobretudo as redes sociais que são fartamente municiadas pela mídia independente.

Prova desta preocupação são os movimentos no tabuleiro político antecipando a corrida eleitoral com a sondagem de alguns nomes principalmente de deslumbrados inocentes úteis (nem tão inocentes e menos úteis ainda) com a única intenção de avaliar a opinião pública, dividir o eleitorado e finalmente enfraquecer possíveis candidaturas de oposição.

Todavia é bom salientar que nunca ouve uma oposição organizada em Campos do Jordão, nem para o bem, nem para o mal. O que sempre tivemos são grupos que se dividem entre os que estando de fora do poder se esforçam para fazer parte dele, e os que fora se articulam na surdina para retomá-lo. Estes em absolutamente nada afetam os planos do governo em exercício. Dor de cabeça real para os políticos eleitos é o grupo dos que sabem que independente da sigla ou do grupo que tome o poder ele sempre estará abaixo das expectativas da população.

Este grupo em particular tira o sono dos governos porque nunca pleiteiam cargos políticos ou eletivos, mas fazem questão de deixar público suas opiniões a respeito da política local.

O mais interessante disto tudo é ter a certeza que apesar da larga experiência política atribuída ao possível candidato tucano a reeleição ele não sabe, talvez por ainda ser novo na cidade, que as criticas da oposição nunca impediram a permanência de um governo no poder, mas sim o fogo amigo de seus aliados com uma pitada de mau humor dos funcionários públicos. É claro!