Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O anti-herói.


“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”
Reginaldo Marques

Há muito tempo tenho a opinião que se um funcionário público não pode ser desacatado no exercício de sua função mesmo que faça a maior merda do mundo, também não pode no exercício de sua função ser elogiado mesmo que se torne um “herói”. Esta é a lógica da democracia. O principio da isonomia.

Semanas atrás comentando um post no Grupo Campos do Jordão e Cidadania no Facebook, um dos muitos destinados a discussão da política e da postura da população em Campos do Jordão que tecia elogios ao bom atendimento do PS local defendi este ponto de vista.

E para variar a maioria acha que a adulação de funcionário público é sinônimo de civilidade.

Como estamos na era da alta tecnologia castigo não vem mais a cavalo, mas via cabo ótico e em banda larga.

Os elogios tecidos no dia 25 de março passado foram completamente solapados pelas manchetes e artigos dos jornais locais no final da mesma semana dando conta do péssimo atendimento prestado dentro daquela unidade de saúde bem como a falta de estrutura oferecida pela prefeitura aos funcionários ali locados que vão da agressão verbal de médico para com pacientes até a falta de medicamentos em sua farmácia.

Se por um lado generalizar o atendimento da cidade é temerário por outro não dá para negar que a média do atendimento público em todo o Brasil é simplesmente péssimo.

O que tem mudado de uns tempos para cá não é a melhoria no atendimento e sim o humor do cidadão comum que esta deixando de ser conivente com a péssima qualidade de atendimento que lhe é oferecido e esta colocando a boca no trombone e mostrando aos poderosos da vez que pode até ter aberto mão de seus direitos, mas ainda não abriu mão de sua dignidade.

Enquanto o prefeito e seus seguidores ficam as voltas com os flashs envoltos nas brumas da bajulação gratuita completamente embriagados pelos seus 15 minutos de fama com direito a cadeira na Academia de Letras sem sequer ter escrito um gibizinho e oba oba com distribuição de ovos de chocolate na Páscoa a realidade da falência do Estado e a mais simples falta de competência para fazer a maquina publica andar nem que seja na base do tranco é patente.

O mais enervante disso tudo é a atitude soberba com que a coisa publica tem sido conduzida neste inicio de mandato.

Enquanto políticos e aspones se enrolam em suas próprias línguas a tropa de choque governista formada pelos intelectuais do pão de queijo, se movimentam como nunca para justificar o injustificável e colocar panos quentes em cima da realidade catastrófica que se aproxima.

No meio desta realidade caótica lenta, mas continuamente a verdade vem a tona e fica a certeza que o calor da fogueira das vaidades queima na mesma proporção os vaidosos assumidos quanto aqueles que se escondem atrás da mascara da humildade calculada.

Enquanto a maioria do povo trocar saúde, educação, segurança, habitação, lazer e dignidade por chocolates podemos esperar coisas bem piores que os governos de 2001-2004 e 2009-2012.

Contra tudo e contra todos? De jeito nenhum! Sou somente contra o governo.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Habemus praefectus?


“No meio do caminho tinha um prefeito. Tinha um prefeito no meio do caminho”
Reginaldo Marques

Hoje dia 10 de abril de 2013 completam-se 100 dias do Novo Jeito de Governar, slogam de campanha adotado pela nova administração para justificar e destacar a sua forma de atuar.

Como de praxe no Brasil sabe-se lá porque todo novo governo tem um período de adaptação, uma espécie de lua de mel entre governantes e governados onde nada é dito ou falado que possa azedar o novo romance.

O tempo que a paciência da população pode ser dominada não é estabelecido por um numero em particular, mas sim pela habilidade do novo administrador que pode daí sim postergar uma cobrança que todos eles sabem que mais cedo ou mais tarde vai chegar ou simplesmente tropeçar em sua própria arrogância e deflagrar a guerra pela sucessão logo no primeiro ano de mandato.

Independente da habilidade em engambelar o povo e longe de pensar na próxima campanha que deverá ser a pior de toda a historia de Campos do Jordão pelo baixíssimo nível dos próximos candidatos, sejam eles quem forem o Corneteiro dará continuidade aos comentários a respeito das atividades e obvio principalmente das inatividades do executivo e do legislativo local.

Passados cem dias da posse e mais de 180 da eleição Campos do Jordão ainda respira os ares da campanha onde o que vale é a imagem de bom moço e a maneira dissimulada da escola Kassab de fazer política. E como a minha lista de exigências não abrange sorrisos hollywoodianos e muito menos bravatas de palanque, e sim resultados reais e que gerem reais mudanças na vida cotidiana da população e tendo respeitado fielmente o período de resguardo exigido tanto pelo povo quanto pelos políticos declaro a caixa de ferramentas do Blog oficialmente aberta.