Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Historia abandonada. - Hoje em Notícias.

Mesmo passando por uma grande reforma iniciada em 2005 e com data de término ainda não definida a Vila Abernéssia, centro financeiro, administrativo e econômico de Campos do Jordão continua em segundo plano para as administrações.

Milhões de reais já foram investidos pelo Governo do Estado nas calçadas, praças e próprios públicos e a promessa é de mais alguns milhões de reais ainda a serem investidos na região central de Abernéssia, porem após as várias etapas das obras serem concluídas a região volta a seu estado de abandono de sempre.

Ruas sujas e visivelmente descuidadas, calçadas recém-construídas alagadas em época de chuvas, falta de lixeiras e bancos nas praças e no único calçadão da Abernéssia, chafariz em precário estado de conservação na praça principal, placas das obras terminadas há meses abandonadas poluindo a paisagem e diversos moradores de rua espalhados e desamparados são alguns dos indícios de que apesar da importância da Vila Abernéssia para o cotidiano da população o Capivari continua sendo a única preocupação dos administradores da cidade.

Símbolo máximo do descuido por qual passa a região de Abernéssia é o completo abandono em que se encontram os monumentos históricos da cidade que estão concentrados principalmente nas praças Marcos Damas Caldeira e da Bandeira.



O Tori erguido na Praça Marcos Damas Caldeira em 2008 em homenagem ao centenário da Imigração Japonesa no Brasil e em especial a colônia japonesa radicada na cidade apresenta grandes rachaduras, e esta servindo para a colagem de panfletos de propagandas, e sua placa comemorativa está completamente danificada.

Tori é um portal encontrado nas entradas dos templos ou santuários xintoístas. Representa para os que ali se adentram a separação do mundo físico do espiritual. Tradicionalmente construído em madeira de lei, é formado por duas colunas que sustentam o céu e por vigas transversais que representam a terra. É um símbolo de poder e fé para os povos orientais.


O que restou do Monumento “Marco das Quatro Nações” representado por um Bandeirante e que foi erguido para registrar que aqui se encontram as mais altas nascentes que compõe o Rio da Prata, está instalado no canto superior da Praça Marcos Damas Caldeira junto ao cruzamento da Avenida Dr. Januário Miráglia com a Rua Brigadeiro Jordão. O monumento também se encontra bastante danificado e a placa com suas referencias foi retirada. 


Abandonado da mesma forma também se encontra o monumento construído na Praça da Bandeira e que homenageia os três heróis jordanenses da segunda grande guerra mundial. Simbolizado pelos três pinheiros plantados na praça e por um pequeno monumento aos pés do chafariz. O monumento está sem pintura e com sua placa pichada. Este símbolo maior de heroísmo apesar de ser uma das mais tristes e heroicas páginas da historia jordanense, ainda não é conhecido de muitos jordanenses e não por estar em precárias condições de manutenção passa completamente despercebido pelos turistas.

Enquanto a historia da cidade e os ideais de seu povo e de seus antepassados forem tratados com tamanha negligência, as novas gerações nunca terão a oportunidade de criar uma identidade própria, e menos ainda uma relação de respeito e amor pela cidade.