Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Coluna Caricaturas Escrita - Jornal O Povo

Insegurança ampla, geral e irrestrita.

Decepcionante!É assim que sempre terminam as reuniões do CONSEG em Campos do Jordão.

E a primeira deste ano, mesmo sob a euforia do inicio de um novo governo não foi diferente. As reclamações são sempre as mesmas e as explicações idem.

De todos os problemas sociais que a vida moderna enfrenta a insegurança é com certeza a mais emblemática de todas elas.

O Conselho de Segurança da cidade que reúne os representantes da Policia Militar, Civil, do Judiciário e a população em geral a fim de encontrar formas de diminuir a violência urbana  através de ações conjuntas, acaba sempre virando a versão brasileira do muro das lamentações.

Acuados pela violência crescente das ruas, munícipes e comerciantes correm as reuniões do CONSEG para reivindicar uma maior presença dos agentes militares e civis nas ruas e um maior investimento em armamentos e equipamentos de segurança; assim como a efetiva ação do judiciário quando da prisão de um delinquente. E ao invés de receberem a socorro procurado, o que ouvem dos responsáveis pela segurança pública são explicações e desculpas recheadas de termos técnicos incompreensíveis para os leigos, mas que devidamente traduzidos, nada mais são do que o relato do sucateamento do aparelho de segurança como: efetivo reduzido, equipamentos obsoletos, frota sucateada, burocracias intermináveis e as barreiras que as próprias Leis criam e que impedem a célere aplicação da justiça.

Fatos que juntos protelam infinitamente e na maioria dos casos anulam por completo os procedimentos policiais e judiciais e que acabam deixando o gosto amargo da impunidade na boca de toda a coletividade.

A única certeza que se tem quando se vai a estas reuniões é que o Estado Brasileiro está completamente falido, financeira, estrutural e socialmente.

E o mais interessante é que os responsáveis diretos pelo descaso com a população e com os profissionais da segurança e que promovem sistematicamente há décadas o engessamento e o aparelhamento da segurança pública, são os únicos que não são devidamente questionados e cobrados.

Todos! Representantes de área de segurança e população simplesmente se esquecem que a manutenção e o investimento no aparato de segurança de pessoal e de equipamentos, além das Leis que o judiciário tem de seguir a risca, são frutos das ações diretas dos executivos e legislativos federal, estaduais e municipais.

E apesar das intervenções pontuais e estratégicas dos governantes que sempre anunciam nestas ocasiões a busca de investimentos em segurança, a verdade é que nada mudará a curto ou a médio prazo e que continuaremos neste período a depender única e exclusivamente do trabalho abnegado dos agentes de segurança e da justiça que a muito tempo não são mais simples funcionários públicos e sim homens e mulheres que abriram mão de suas vidas para servir a comunidade, não como simples profissionais , mas como solitários e anônimos heróis.

Enquanto a população não se der conta que a segurança, assim como todos os demais desacertos de nossa sociedade que formam o caldo social brasileiro da impunidade é reflexo imediato das ações dos chefes dos executivos e dos componentes dos legislativos, que são escolhidos por nossa também ação direta através do voto, pouco ou nada mudará.

Que Deus em sua infinita bondade e sabedoria sempre proteja estes profissionais e a população, e que toque os corações de nosso governantes . Esta é a única coisa que resta ao cidadão comum nos dias de hoje... Rogar a Deus por dias melhores e mais seguros.