“Nunca vi nada regado a reclamações germinar”
Frederico Spaniol
País das maravilhas
Apesar do titulo o tema desta coluna não diz respeito às maravilhas naturais do Brasil ou de nossa cidade que apesar de muitas nem de longe conseguem ofuscar as mazelas do povo que as habitam.
Exemplo clássico desta afirmação esta ai estampado em letras garrafais pelas mídias país afora, dias após a posse dos novos prefeitos: “No interior de São Paulo, prefeitos herdam dividas impagáveis” – Destaca o maior portal de noticias da internet do Brasil.
Cofres limpos, frota de veículos sucateada, saúde na UTI, educação a beira do caos, segurança pública desmantelada, funcionários públicos desmotivados e dívidas, muitas dívidas são alguns dos desafios que estes novos prefeitos terão pela frente.
E Campos do Jordão logicamente não poderia ficar a margem desta realidade nacional. Nosso prefeito antes mesmo de completar 30 dias no poder já reclama de uma divida de 17 milhões de reais, números ainda incertos, pois segundo Fred Guidoni este levantamento são apenas referentes aos restos a pagar do exercício de 2012.
Com certeza a conta final será bem mais indigesta tanto para ele como administrador da massa falida quanto para a população que deverá como sempre arcar com a divida.
Enquanto o novo jeito de governar corre desesperadamente atrás de um novo jeito de reclamar, e bamboleia para a máquina pública não parar, as areias do tempo inexoravelmente escorrem pela ampulheta da historia e nosso “jovem” prefeito já não tem mais quatro anos para transformar seus sonhos em realidade, pois 30 dias já escorreram-lhe pelos dedos.
No país de população tutelada e das paliativas Leis da Responsabilidade Fiscal, da Improbidade Administrativa, da Ficha Limpa e da ainda por vir Lei da Responsabilidade Eleitoral não faltam denuncias e muito menos denunciados, mas sobra o eterno direito de recorrer das decisões judiciais, ou seja, sobram leis e faltam punições.
Resumindo e concluindo... É sem duvidas o tal país das maravilhas onde tudo é de faz de conta! Menos os impostos... É claro!
Assim os responsáveis por estas dividas inexplicáveis, inexplicavelmente se safam como se nada tivesse acontecido e quando por simples azar caem nas garras da opinião pública, no máximo são sentenciados a oito anos de férias compulsórias e ficam no aguardo da sempre e eficaz curta memória do eleitor brasileiro. Que o diga o Senador Renan Calheiros provável novo presidente do Senado Federal.
Que Deus de saúde ao nosso governante e muita paciência a seus governados; Pois do longo caminho que juntos temos a percorrer nem os cadarços dos tênis ainda amarramos.
