Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

“A little less conversation, a little more action, please!” - A Tribuna

O Brasil como todos devem saber é o criador da “Teoria da Jabuticaba”. A teoria que segundo o Doutor em Ciências Sociais, Paulo Roberto de Almeida, consiste em propor, defender e sustentar, contra qualquer outra evidência lógica em sentido contrário, soluções, propostas, medidas práticas, iniciativas teóricas ou mesmo teses (em alguns casos, até antíteses) que só existem no Brasil e que só aqui funcionam, como se o mundo tivesse mesmo de se curvar ante nossas soluções inovadoras para velhos problemas humanos e antigos dilemas sociais.  

E uma destas “jabuticabas” é a praxe jornalística de dar uma trégua de 100 dias para todos os novos governantes eleitos.

Mas como o nosso prefeito “biscoito fino”, não é novo neste negócio - foi reeleito - esta trégua não faz sentido algum! Vocês não acham?
Então vamos deixar de lado os entretantos e vamos direto aos finalmentes.

O ano não começou violento somente na Europa com os atentados terroristas ou nas rebeliões nos presídios do norte e nordeste brasileiro. Uma onda de assaltos a mão armada também tomou conta de Campos do Jordão, e vem assustando seus moradores e principalmente os comerciantes.

Vários estabelecimentos do centro de Abernéssia foram alvo fácil de elementos armados.

Não é de hoje que a violência vem crescendo na cidade, e dizer que este crescimento é somente por conta de drogados ou delinquentes contumazes é ser muito simplista e raso demais na avaliação deste gravíssimo problema.

Há muito tempo as autoridades da cidade viraram as costas para os jovens e adolescentes, e a cidade se tornou com o passar dos anos em uma enorme fábrica de “desocupados”.

Sem muitas alternativas para prosseguir sua educação na própria cidade, muitos jovens deixam a escola e tentam sem sucesso entrar no mercado de trabalho, que por girar somente em torno do turismo e da construção civil esta completamente saturado a décadas.

Antes que alguma “Poliana” corra para vociferar que existe uma escola técnica na cidade que fica com muitas vagas desocupadas durante o ano, deixo claro que nem todos os jovens da cidade querem seguir carreira nos poucos cursos ali oferecidos. É uma questão de escolha pessoal que deve ser respeitada e não questionada.

Além da pouca oferta de educação e da falta de políticas públicas que fomentem a abertura de novos postos de trabalho, não existe por parte dos poderes constituídos a preocupação de manter por outras vias milhares de jovens e crianças fora desta perigosa ociosidade, e dou como exemplo, o completo sucateamento do esporte e da cultura na cidade.

A recém reestruturação do Conselho de Segurança, o CONSEG, é apenas mais um factóide lançado na cidade, não no sentido pejorativo, pois tenho certeza que alguns dos novos componentes não estão ali para fazer “cera”, mas todos sabem muito bem que as reuniões do Conselho são iniciativas meramente paliativas para não dizer irrelevantes.

O poder para melhorar ou modificar a segurança da cidade nunca passou e nunca vai passar pelas mãos dos “notáveis” da cidade, e muito menos pelas mãos da assustada população. A responsabilidade única e exclusiva pela segurança pública é do prefeito e do governador que dividem o mesmo ninho desde que Adão resolveu se aventurar fora do paraíso. Tentar transferir esta responsabilidade a um grupo de pessoas por mais dignas que sejam ou a população ,definitivamente não é uma atitude digna de elogios. O resto não passa de conversa fiada.