Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Sapo de fora não chia.

Assim como todo o país, Campos do Jordão também passa por uma turbulenta crise política, ou melhor, dizendo: De falta de bons políticos. E para se protegerem das críticas da população, e enfraquecer os argumentos dos descontentes as raposas felpudas da cidade polarizam os debates entre os que “trabalham pelo desenvolvimento da cidade” e entre os que torcem pelo “quanto pior, melhor”. 

Apesar de estes rótulos serem simplistas, desgastados e manjados pela maioria da população eles sempre se tornam a tábua de salvação dos que tomam o poder político na cidade a cada eleição.

É a forma mais rápida, barata e rasteira de desacreditar e desqualificar quem ousa discordar dos poderosos da vez.

Porém antes de mudar a política da cidade ou até mesmo seu governo o eleitor deve decidir o que realmente quer.

Não podemos mais viver reféns de discursos dissimulados e politicamente corretos de difícil compreensão, que aplaudem efusivamente uma simples obrigação como a programação de um carnaval de proporções miseráveis, e criticam acanhadamente o caos da saúde, discursos que tem a única intenção de manter seus interlocutores na mídia, mas com o devido cuidado de não desagradar a ninguém. 

Não se trata de radicalidade, mas sim de coerência. Afinal, não se pode acender uma vela para Deus e outra para o Capeta para sair sempre bonito da foto.

Já podemos verificar após dois anos de sucessivos fracassos, que determinados “intelectuais” da cidade que pregavam a excelência profissional da nova administração nas redes sociais e em rodas de bate-papo pela cidade já começam a empregar a tática da dissimulação, mudando sutilmente suas linhas de raciocínio, procurando aos poucos se descolarem da imagem negativa do governo. E em doses homeopáticas estes parlapatões estão conferindo a eles próprios, entre linhas, uma maturidade crítica e política que definitivamente não possuem.

Com seus polidos textos, e suas poderosas retóricas tentam atribuir a aqueles que sempre se dispuseram a colocar a cara a tapa e destacar em letras garrafais os fiascos das últimas administrações, a pecha de radicais de aluguel mantidos as expensas de uma oposição desleal e irresponsável.

Oposição esta que, diga-se de passagem, simplesmente não existe!

Para estas mentes brilhantes que povoam a cidade, e que em sua maioria são figuras que despencam do nada, no meio da cidade, e que de um dia para o outro, decidem que são profundos conhecedores dos problemas e dos usos e costumes locais, não existe a possibilidade de existir alguém que possa querer fazer a diferença sem querer levar nenhuma vantagem em troca, pois pesam a consciência alheia conforme pesam as suas.

Já é hora dos filhos da terra tomarem as rédeas da situação e posse do que lhes pertence, pois os forasteiros já provaram depois de inúmeras chances que não são capazes de administrar a cidade com a seriedade e com a transparência que merecemos.

Para resumir em poucas palavras: sapo de fora não chia!