Assim
como todo o país, Campos do Jordão também passa por uma turbulenta crise
política, ou melhor, dizendo: De falta de bons políticos. E para se protegerem
das críticas da população, e enfraquecer os argumentos dos descontentes as
raposas felpudas da cidade polarizam os debates entre os que “trabalham
pelo desenvolvimento da cidade” e entre os que torcem pelo “quanto
pior, melhor”.
Apesar
de estes rótulos serem simplistas, desgastados e manjados pela maioria da
população eles sempre se tornam a tábua de salvação dos que tomam o poder
político na cidade a cada eleição.
É
a forma mais rápida, barata e rasteira de desacreditar e desqualificar quem
ousa discordar dos poderosos da vez.
Porém
antes de mudar a política da cidade ou até mesmo seu governo o eleitor deve
decidir o que realmente quer.
Não
podemos mais viver reféns de discursos dissimulados e politicamente corretos de
difícil compreensão, que aplaudem efusivamente uma simples obrigação como a
programação de um carnaval de proporções miseráveis, e criticam acanhadamente o
caos da saúde, discursos que tem a única intenção de manter seus interlocutores
na mídia, mas com o devido cuidado de não desagradar a ninguém.
Não
se trata de radicalidade, mas sim de coerência. Afinal, não se pode acender uma
vela para Deus e outra para o Capeta para sair sempre bonito da foto.
Já
podemos verificar após dois anos de sucessivos fracassos, que determinados
“intelectuais” da cidade que pregavam a excelência profissional da nova
administração nas redes sociais e em rodas de bate-papo pela cidade
já começam a empregar a tática da dissimulação, mudando sutilmente suas linhas
de raciocínio, procurando aos poucos se descolarem da imagem negativa do
governo. E em doses homeopáticas estes parlapatões estão conferindo a eles
próprios, entre linhas, uma maturidade crítica e política que definitivamente
não possuem.
Com
seus polidos textos, e suas poderosas retóricas tentam atribuir
a aqueles que sempre se dispuseram a colocar a cara a tapa e destacar em
letras garrafais os fiascos das últimas administrações, a pecha de radicais de
aluguel mantidos as expensas de uma oposição desleal e irresponsável.
Oposição
esta que, diga-se de passagem, simplesmente não existe!
Para
estas mentes brilhantes que povoam a cidade, e que em sua maioria são figuras
que despencam do nada, no meio da cidade, e que de um dia para o outro, decidem
que são profundos conhecedores dos problemas e dos usos e costumes locais, não
existe a possibilidade de existir alguém que possa querer fazer a
diferença sem querer levar nenhuma vantagem em troca, pois pesam a
consciência alheia conforme pesam as suas.
Já
é hora dos filhos da terra tomarem as rédeas da situação e posse do que lhes
pertence, pois os forasteiros já provaram depois de inúmeras chances que não
são capazes de administrar a cidade com a seriedade e com a transparência que
merecemos.
Para
resumir em poucas palavras: sapo de fora não chia!