Enquanto a chapa esquenta por toda a cidade e a batata assa dentro do Gabinete os vereadores continuam viajando na maionese na Câmara.
A crise na saúde somente aumenta a cada pronunciamento oficial seja da assessoria de imprensa ou do próprio prefeito, a promotoria atenta as angustias da população mostra que esta a par dos verdadeiros acontecimentos e tenta mediar a todo custo a caótica situação sem causar maiores estragos.
Diante desta baderna que se tornou o setor da saúde da cidade somente três vereadores vieram a publico e tomaram algum tipo de atitude e nenhum deles faz parte da Mesa da Câmara que alheia aos anseios da sociedade e totalmente na contramão da realidade da cidade preferiu se debruçar sobre o Projeto de Lei 71/2014 que dispunha sobre o aumento de salario dos vereadores para a legislatura 2017-2020.
Enquanto o executivo enxugava gelo e a saúde derretia, na quinta sessão extraordinária do ano acontecida no dia 21 de outubro em plena crise do Hospital São Paulo a Câmara longe da atenção do publico em segunda votação transformou o projeto 71 em Lei...
Desta maneira a partir de 2017 os vereadores deixaram de ganhar os quase quatro mil reais de hoje para receber mais de seis mil reais.
Completamente fora de sintonia com os seus eleitores uma das raposas felpudas da Casa na sessão da primeira votação tomou a palavra na tribuna para exaltar a coragem dos membros da mesa em propor o aumento dos vencimentos dos vereadores neste momento e para alertar seus nobres colegas sobre as pressões que estariam por vir das redes sociais e dos jornais locais depois do fato consumado.
O pitoresco politico resolveu ressuscitar seu antigo, rançoso e repetitivo discurso rotulando os blogueiros da cidade que ousam criticar a ineficiência da Casa e apontar as falhas dos vereadores de “políticos frustrados”.
Um verdadeiro escarnio diante da delicada situação por que passa a população que se encontra em meio ao fogo cruzado de uma guerra politica em que a saúde esta sendo alvejada de morte por todos os lados.
Se esquece o politico profissional e seu principiante colega que a principal função dos vereadores não é a de doar medicamentos quando a saúde vai mal, mas sim de fiscalizar o executivo para que a saúde não seja a primeira a necessitar de remédio.
Infelizmente no Brasil o cidadão de bem não tem lá grandes escolhas, pois o voto por aqui é obrigatório; por outro lado na pior das hipóteses esta absurda imposição da todo o direito do mundo deste reclamar o quanto e quando quiser.
E convenhamos... Motivos para reclamar de politico nesta cidade é que não faltam.