Não
é mais segredo para nenhum dos quase cinquenta mil habitantes da cidade que
apesar de estar praticamente no fim de seu mandato, a atual administração não
conseguiu “descer do palanque” e colocar em prática seu suntuoso plano de
governo.
Assim
como a escadaria do estacionamento do Gabinete do Prefeito, o Jeito Novo de
Governar saiu do nada, e depois de quase três anos de muitas polemicas esta
chegando a lugar nenhum.
Por
este comportamento midiático e festivo, completamente fora da realidade, típico
das campanhas eleitorais a historia da atual administração autointitulada de
“Jeito Novo de Governar” se assemelha em muito a tragédia grega de Narciso.
Conta
a Mitologia Grega que Narciso era um jovem de extrema beleza, filho do Deus-rio
Cephisus e da ninfa Liriope. No entanto, apesar de sua inquestionável beleza
Narciso preferia viver só, pois não julgava ninguém merecedor de seu amor. E
foi exatamente o seu desprezo pelos outros que o derrotou.
Assim
como na tragédia grega o governo tucano da cidade é formado por uma plêiade de
deuses e semideuses que até hoje não se deram ao luxo de manter uma aproximação
sincera com os pobres mortais jordanenses, e por pura vaidade se recusam a
fazer uma mea-culpa admitindo sequer para si mesmos seus inúmeros fracassos.
Se
por um lado todo o reconhecimento pelo sucesso de uma administração sempre cai
no colo do chefe do executivo, nada mais justo que toda a cobrança pelo
fracasso do governo também recaia sobre os seus ombros, mas por outro lado é
sempre bom lembrar que a culpa das ações do prefeito acaba quando começa a
culpa pela omissão de seus assessores.
Por
este motivo é evidente que se o governo jordanense hoje se encontra acéfalo,
seus tentáculos formados por seus assessores e secretários também não consegue
manter o equilíbrio necessário para manter o resto do corpo administrativo em
relativa estabilidade.
A
fusão das crises política, administrativa e financeira por qual passa a cidade
neste momento nada mais são do que os frutos da guerra de egos instalada no
alto escalão da politica local.
Vista
por este novo angulo talvez esta crise prove que o grande erro cometido pelo
prefeito não esteja somente em suas ações administrativas, mas também, e até
mesmo principalmente por suas péssimas escolhas corporativas.
É
evidente que nestes últimos anos os secretários e os assessores diretos e
indiretos do prefeito não provaram sua eficiência e não conseguiram reagir às
diversas dificuldades que surgiram ao longo destes três anos de administração e
sucumbiram levando consigo toda a cidade.
Sempre
engessados pelas “regras” do politicamente correto secretários e assessores não
foram suficientemente capazes de surpreender a população com ações inovadoras e
de baixo custo provando que diante de graves crises a falta de dinheiro não
justifica a falta de criatividade.