A Praça Monsenhor José Vita localizada em frente ao Banco Santander, no centro da Vila Abernéssia, fez parte das obras de revitalização do calçamento por qual passou todo o complexo central da cidade há dois anos, reforma que compreendeu além da Praça Monsenhor José Vita, a Praça da Bandeira, o Fórum, o Banco do Brasil, e a sede da CBH-SM.
A obra de calçamento custou aos cofres públicos, quase 1,3 milhões de reais, conforme mostra a placa existente até hoje no local.
Tendo suas obras concluídas a mais de dois anos, a Praça Monsenhor José Vita continua sendo um enigma para a maioria dos jordanenses.
Os dois quiosques construídos na praça, nunca foram utilizados, permanecendo fechados até os dias de hoje, se deteriorando e deixando tanto para os moradores da cidade, quanto para os visitantes, uma aparência de abandono, e de desperdício de dinheiro público.
Além dos quiosques “abandonados”, a Praça Monsenhor José Vita também tem outra particularidade muito curiosa. Deve ser a única praça de uma cidade do interior do Brasil que não tem banco!
Quem visita a praça pela primeira vez, ou quem a conhecendo, queira se refugiar por algum tempo debaixo de seu lindo pergolado de glicínias, tem de ficar em pé, ou levar seu próprio banquinho.
A placa indicando o motivo, e o gasto da obra abandonada no local até hoje, evidencia o descaso da administração publica para com a Praça, comércios circunvizinhos, visitantes e com a população. Além é claro, para com a memória do Monsenhor José Vita, que da nome a Praça.
Historicamente, os maiores investimentos em turismo em Campos do Jordão são feitos somente em Capivari, privilegiando um pequeno e seleto grupo de comerciantes, porem, nunca a Vila Abernéssia, que sempre ficou em segundo plano, ficou tão abandonada como nos dias de hoje.
Enquanto tivermos gestores com visão limitada, o turismo da cidade sempre vai se resumir ao eixo central de Capivari, o que restringe as opções de laser dos turistas, desestimula empreendimentos comerciais em outras áreas da cidade, diminuindo a oferta de empregos e por consequência a arrecadação de impostos.
O que deveria ser um centro de excelência receptiva fora do “centrinho” turístico já saturado de Capivari continua sendo mal utilizado, abandonado, e relegado ao completo ostracismo.