Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Praça Monsenhor José Vita.

A Praça Monsenhor José Vita localizada em frente ao Banco Santander, no centro da Vila Abernéssia, fez parte das obras de revitalização do calçamento por qual passou todo o complexo central da cidade há dois anos, reforma que compreendeu além da Praça Monsenhor José Vita, a Praça da Bandeira, o Fórum, o Banco do Brasil, e a sede da CBH-SM.

A obra de calçamento custou aos cofres públicos, quase 1,3 milhões de reais, conforme mostra a placa existente até hoje no local. 

Tendo suas obras concluídas a mais de dois anos, a Praça Monsenhor José Vita continua sendo um enigma para a maioria dos jordanenses.

Os dois quiosques construídos na praça, nunca foram utilizados, permanecendo fechados até os dias de hoje, se deteriorando e deixando tanto para os moradores da cidade, quanto para os visitantes, uma aparência de abandono, e de desperdício de dinheiro público.

Além dos quiosques “abandonados”, a Praça Monsenhor José Vita também tem outra particularidade muito curiosa. Deve ser a única praça de uma cidade do interior do Brasil que não tem banco!

Quem visita a praça pela primeira vez, ou quem a conhecendo, queira se refugiar por algum tempo debaixo de seu lindo pergolado de glicínias, tem de ficar em pé, ou levar seu próprio banquinho.

A placa indicando o motivo, e o gasto da obra abandonada no local até hoje, evidencia o descaso da administração publica para com a Praça, comércios circunvizinhos, visitantes e com a população. Além é claro, para com a memória do Monsenhor José Vita, que da nome a Praça.

Historicamente, os maiores investimentos em turismo em Campos do Jordão são feitos somente em Capivari, privilegiando um pequeno e seleto grupo de comerciantes, porem, nunca a Vila Abernéssia, que sempre ficou em segundo plano, ficou tão abandonada como nos dias de hoje.

Enquanto tivermos gestores com visão limitada, o turismo da cidade sempre vai se resumir ao eixo central de Capivari, o que restringe as opções de laser dos turistas, desestimula empreendimentos comerciais em outras áreas da cidade, diminuindo a oferta de empregos e por consequência a arrecadação de impostos.

O que deveria ser um centro de excelência receptiva fora do “centrinho” turístico já saturado de Capivari continua sendo mal utilizado, abandonado, e relegado ao completo ostracismo.

Parque dos Cedros.

Anunciada em junho do ano passado, a restauração do Parque dos Cedros, assim como praticamente todas as promessas de campanha e de governo do prefeito de Campos do Jordão continuam no papel.

Depois de ver a área do parque fatiada dentre diversas instituições da cidade, com o único intuito de agradar a “gregos e troianos” com vistas às eleições, a população se uniu em um imenso esforço a fim de demover o executivo e o legislativo de sua intenção de “doar” o parque a terceiros, porem, somente depois de uma ação civil publica, impetrada pelo Grupo Escoteiro da cidade é que tanto a Câmara, quanto a Prefeitura, se viram obrigadas a revogar as concessões de uso da área do parque, e promover a revitalização do espaço.

Em junho de 2014, vários órgãos da imprensa noticiaram que o prefeito tinha assinado um convenio no valor de R$ 340.000,00 (trezentos e quarenta mil reais) para a recuperação do Parque dos Cedros.

Para tanto, até mesmo o projeto foi apresentado, e nele além do replantio de cedros que deram o nome ao parque, o projeto também previa a instalação de bancos, de um parque infantil e de equipamentos para uma academia ao ar livre.

O ambicioso projeto de recuperação também contava com a promessa da construção da sonhada pista de bicicross.

Passados mais de seis meses da promessa e do anuncio do convenio, e da apresentação do grandioso projeto, o Parque dos Cedros continua abandonado como sempre foi.

As demarcações dividindo o terreno do parque dentre as entidades continuam no mesmo lugar, mesmo tendo a Câmara revogado todas as concessão.

No local até hoje ainda se encontram edificados um barracão de obras com a placa de liberação da obra, e até mesmo um padrão de energia elétrica ligado a rede da concessionaria de energia elétrica da cidade ainda pode ser visto no meio do parque.
Em volta do parque, inúmeras arvores localizadas em uma propriedade particular foram derrubadas, e os restos de construções jogadas pelo terreno, formam um clima deprimente de abandono.

Recentemente a prefeitura em sua pagina oficial na rede social Facebook, veio a publico comunicar que a pista de bicicross que seria construída no Parque dos Cedros agora será construída em outro lugar, mais precisamente no Centro de Alto Rendimento que também esta sendo construído a duras penas na região da Vila Inglesa, sepultando parte do projeto do Parque dos Cedros.

Cabe agora saber se esta não será desculpa para engavetar o que restou do projeto de restauração do Parque dos Cedros e como sempre deixar a população a ver navios.

A reforma administrativa.

Apesar dos discursos progressistas, festivos, e com alto teor populista que o prefeito, e sua assessoria de imprensa fizeram absoluta questão de imprimir na cidade como sua marca nestes dois primeiros anos de governo, propagandeando um avanço e um profissionalismo na administração pública nunca antes visto na cidade, e conferindo seus inúmeros fracassos a herança maldita de seus antecessores, os últimos decretos do prefeito em 2014 nos mostraram uma realidade muito diferente.

A inevitável reforma no secretariado que era somente mais uma “invencionice” dos “fofoqueiros” de plantão da cidade carinhosamente chamados pelo prefeito, equipe e “sinceros” admiradores de “grupinho do quanto pior, melhor”, se tornou uma necessidade, demonstrando que as criticas a equipe de governo não eram apenas sinistros factoides criado pela imprensa jordanense.

As primeiras cabeças a rolar pelos degraus do novo palácio do alcaide, no centro do coração administrativo e financeiro da cidade, foram as dos secretários da Saúde, de Obras, e do Adjunto de Finanças e a fúria da guilhotina do gabinete não poupou nem mesmo o pescoço do fiel escudeiro do prefeito, o Secretario do SIDEC.

Discursos recheados de belas e motivacionais palavras à parte, a verdade, é que o transatlântico tucano que tomou posse em 2013, chegou ao fim do segundo ano de sua longa viajem como uma canoa de palha, carcomida e cheia de buracos, e a terra ainda não esta a vista.

Depois de deixar escoar pelos vãos de seus dedos metade de seu mandato, sem ter marcado sequer um gol, o prefeito resolveu modificar seu time, porem, assim como nossa seleção na Copa, depois da porteira arrombada muito pouco se pode fazer para modificar o placar.

As principais pastas da cidade: saúde, educação, obras e turismo, simplesmente não funcionaram, o que acabou por deixar a cidade imersa em um caos generalizado.

Se levarmos em consideração que o próximo ano é um ano eleitoral, onde muito pouco poderá ser feito, já podemos afirmar que o “Novo Jeito de Governar” assim como a “Campos do Jordão para Nossos Filhos” deixou se levar pelo glamour dos cargos e se esqueceu de governar.

Os novos secretários, mesmo que melhores que seus antecessores, não terão tempo hábil para reparar os erros cometidos, e menos ainda para colocar em pratica seus novos projetos, desta maneira, o que teremos pelos próximos dois anos serão mais discursos dissimulados, e mais desculpas esfarrapadas.

Se por um lado nunca é tarde para mudar, por outro, mudar tarde de mais pode simplesmente, ser tarde de mais!

Como dizem os jovens de hoje: Perdeu, playboy.