“A política é a condução dos negócios públicos para proveito dos particulares”
Ambrose Bierce
A não ser por poucos sortudos que
podem emendar o Natal ao Fim de Ano e a eles mais alguns dias pegando no
batente somente na segunda dia 6 de janeiro a esmagadora maioria dos
trabalhadores do país já estavam com as mãos na massa no primeiro dia útil do
ano.
Fato normal para quem tem
responsabilidades e um mínimo de noção a respeito da realidade do mundo e
principalmente do país em que vive.
Mas a realidade não é um quesito
levado em consideração pelos vereadores de Campos do Jordão que se encontram em
recesso desde o fim de dezembro de 2013, recesso que se estenderá até fevereiro
de 2014, salvo uma ou outra convocação extraordinária lembrando sempre que em
julho também existe recesso.
Somados estes dois períodos nossos
vereadores tem oficialmente cerca de 55 dias de férias devidamente remuneradas
por ano.
Se considerarmos que no ano inteiro
de 2013 tivemos exatas 30 sessões plenárias entre ordinárias e extraordinárias
que duram em média de três a quatro horas cada, aliado a um soldo mensal de
quase quatro mil eu poderia dizer que este é sim o emprego dos sonhos de
qualquer jordanense, ainda mais quando vemos o conteúdo prático dos projetos
ali colocados em discussão.
Em uma análise bem simplista, me
dou este direito porque aqui apesar de a sua opinião ser levada a sério é
sempre bom lembrar que é um espaço pessoal, um diário onde esta registrada as
minhas opiniões sem o compromisso formal de um meio de comunicação convencional
de ouvir todos os lados e blá, blá, blá...
Voltando a análise simplista.
Considerando um ano normal com 365 dias se tirarmos os 19 feriados e os sábados
e domingos teremos 242 dias úteis destes tiremos os 55 de férias de nossos
nobres vereadores. Ficam 187 que divididos pelas trinta sessões dão na média 6 dias entre uma e outra.
Sejamos sinceros! Uma cidade do
porte de Campos do Jordão não precisa de uma câmara de vereadores nestes
moldes. É muito cara e simplesmente não funciona.
Na prática, nosso legislativo é um
mostro burocrático lento e que manca das duas pernas.