“Á imprensa
cabe vigiar o Estado – nunca o contrário”.
(Ministro Presidente do SFT Carlos Ayres Britto)
Passados exatos 30 anos do fim da ditadura
militar (1964–1985) a democracia e a liberdade de expressão que são poderes
inerentes, exclusivos, invioláveis, individuais e coletivos dos cidadãos
brasileiros ainda são assuntos exaustivamente debatidos – e se ainda são
debatidos significa que não foram devidamente resolvidos e menos ainda definidos
por nossa sociedade.
O poder supremo do povo que é
sustentado pela liberdade de expressão foi magistralmente definido por José
Saramago que assim disse: “o poder do cidadão, o poder de cada um de nós,
limita-se, na esfera política, a tirar um governo de que não se gosta e a pôr
outro de que talvez venha a se gostar. Nada mais!”.
E em uma democracia sólida quem
garante este poder ao povo é a imprensa que tem o dever de ser ética, mas antes
de tudo o direito de ser livre.
Desta forma, políticos que não
aceitam criticas aos seus desempenhos, e fazem uso de ferramentas não
convencionais como o poder transitório que a sociedade lhes concedem, para a
ferro e a fogo, pautar a imprensa, não demonstram força, mas sim fraqueza pessoal
para arcar com as suas responsabilidades e fraqueza politica para justificar as
suas atitudes.
Independente da sigla partidária
que esteja no poder, a liberdade de informação é item essencial para a
solidificação do processo democrático, e tudo o que convergir em sentido contrário
a essa liberdade sob qualquer justificativa, depõe contra a sociedade, e macula
a luta pela qual centenas de brasileiros perderam suas vidas ou foram exilados no
período mais negro de nossa historia recente.
A fraqueza dos partidos não pode em
momento algum justificar a fraqueza dos políticos que passam pela cidade sem
deixar a sua marca e muito menos saudades, mas em contrapartida contribuem de
maneira efetiva a cada gestão para o acumulo e para o agravamento dos problemas
sociais que são gerados principalmente pela crise financeira sempre deixada em
seus rastros.
A intervenção ou o sufocamento da
imprensa define o caráter de um governo e imprime a sua marca para sempre na
historia de cada povo, fica a cargo dos atuais agentes políticos escolherem se
querem contribuir para a construção de uma sociedade jordanense verdadeiramente
livre ou falsamente responsável.