Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Brasil o país dos “doutores da mula ruça”.

“O conhecimento só tem valor quando compartilhado”
Reginaldo Marques

Ando as voltas com um problema existencial que provavelmente me perseguirá até a minha morada eterna: “Escrever, escrever e escrever. Escrever sempre! Mas como escrever bem? Como fugir das arapucas que a língua portuguesa nos prepara a cada frase escrita?

Ninguém esta a salvo dos erros ortográficos e das escorregadas gramaticais, muito menos ileso as duvidas de pontuação que surgem, mas que são indispensáveis pois, dão ritmo, fluxo e clareza a mensagem que se deseja passar através de um texto.

Mas o que falta mesmo é tempo. Tempo presente para com calma e cautela maturar um texto a ser postado. Sempre escrevo com os olhos turvos de indignação; com a cabeça em inúmeros outros afazeres, mesa cheia de papéis, telefone tocando, filhos na escola, clientes a espera. Enfim... Com a vida que não para e não dá trégua.

Falta também o tempo passado, este irrecuperável. Tempo que deveria ser inteiramente dedicada aos estudos e a diversão, mas que a vida sem prévio aviso dividiu entre muitas outras tarefas.

O erro apesar de nunca planejado invariavelmente se mostra presente, colocando em evidencia a condição humana do blogueiro, e em risco a sua credibilidade/inteligência.

Nestes casos o que fazer quando se tem muito a dizer, pouco tempo para escrever e muitas satisfações “intelectuais” a dar?

Pensando muito neste assunto nos últimos dias resolvi que mesmo com minhas limitações tenho que continuar escrevendo, tenho de continuar a colocar a minha opinião em evidência porque isso me faz bem, me da uma paz de espírito como nada neste mundo. E isso só se torna possível porque não estou nem ai para as regras estabelecidas e escrevo para pessoas que lêem além das palavras. Escrevo o que penso, escrevo com meu próprio estilo... Escrevo com o coração!

Decidi que devo continuar sendo eu mesmo, atrevido, chato, sensacionalista e o mais importante: autêntico - Mesmo que isso irrite os ouvidos e os olhos dos eruditos que apesar de atentos as falhas alheias se mantêm nas sombras, embriagados e afogados em seus oceanos particulares de intelectualidade. Boçais avaros da sabedoria.

Posso até não ter os acentos necessários para me fazer entender claramente ou o assento correto para me fazer “respeitar”, mas prefiro ficar para a posteridade como o anarquista intolerante que não tinha papas na língua, do que ser lembrado apenas como mais um dos “doutores da mula ruça” de Campos do Jordão.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Politica não é profissão! Ou é?



“Político populista é aquele que fala o que o povo quer ouvir e não o que ele precisa ouvir”
Reginaldo Marques

Que o brasileiro sofre da síndrome de vira latas, que tem a moral tão ou mais flexível que elástico usado e que adora ser engambelado pelo marketing barato e populista da escola Lula/Kassab. Isso todo mundo já esta careca de saber.

E mesmo sabendo mais do que ninguém que em boca fechada não entra mosquito e que quem fala demais acaba dando bom dia a cavalo, tem certas coisas que simplesmente são mais fortes que a minha força de vontade em me manter distante e calado, cumprindo com a disciplina de um monge tibetano o período “sagrado” da trégua política; até que tudo ou nada se encaminhe na nova administração - Mas como tudo tem ou pelos menos deveria ter limites; seguem as minhas considerações a respeito do tão badalado profissionalismo da nova administração.

A euforia, e o oba-oba que esta envolvendo as primeiras ações do atual governo jordanense em muito estão se assemelhando as iniciais ações do governo PPS 23, que em seu inicio também era só alegria, e seus integrantes eram como arroz de festa e compareciam até em batizado de boneca, mas que meses depois desapareceram do mapa e o governo se transformou no pesadelo que foi entregue de bandeja para o meninão no ultimo dia 1º.

E sem querer ser estraga prazeres ou ranzinza estas aparições apoteóticas tipo “pop star” americano nada mais é do que cortina de fumaça para tirar o foco do primeiro tiro no pé que já está preparado; e como o tiro não será no pé deles (políticos) e sim no pé do povo, o tiro não será com uma espingardinha de pressão e sim com um tanque M1A2 Abrams. Quero ver a cara da galera e o que acharão do tão propalado profissionalismo governamental depois que descobrirem o novo endereço do PS da cidade!

Antes que eu seja condenado à fogueira em praça pública pela Santa Inquisição Tucana, é bom deixar claro que: seriedade, profissionalismo, probidade e objetividade na condução do executivo e do legislativo: municipal, estadual ou federal não são virtudes e sim obrigação e condição mínima para se ocupar cargos públicos.

Alem do mais, político brasileiro sempre foi muito bem pago para realizar seu trabalho e o político jordanense não é exceção e sim regra.

Para se ter uma idéia o prefeito de São Paulo a maior cidade da America do Sul Fernando Haddad, recebe 24 mil reais e o de Campos do Jordão que tem menos de 50 mil habitantes recebe 15 mil. Então! A little less conversation, a little more action.

Elogiar político competente é a mesma coisa que a mulher elogiar o marido que mantém a casa, apesar de “louvável” não passa de obrigação.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

E a Câmara subiu no telhado.



“Os políticos populistas gostam tanto dos pobres que o que mais fazem é multiplicá-los”
Felipe González

Por mais que se discuta a respeito das verdadeiras atribuições ou responsabilidades inerentes aos vereadores as duas únicas que realmente são importantes são as de legisladores e fiscais, sendo a mais importante sem sombras de duvidas a de fiscal do erário, função que deve ser executada com esmero e perseverança e em tempo integral.

De acordo com estas premissas o que dizer ou fazer quando nos certificamos que quem deveria zelar pela moralidade e probidade dos gastos públicos também são condenados por má versão do erário?

As contas irregulares e rejeitadas do executivo são amplamente divulgadas e discutidas, mas as contas do legislativo são estrategicamente “esquecidas” pela imprensa dita oficial  o que faz com que a população tenha a uma visão completamente irreal a respeito do comportamento daqueles que ela escolheu para os representar e zelar pelo seu imposto.

No período de 2005 a 2008, ou seja, em quatro exercícios somente o de 2006 teve suas contas devidamente aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo sendo as duas ultimas (2007-2008) com condenação de devolução de dinheiro aos cofres públicos no importe de R$ 93.767,76 referentes ao exercício de 2007 e R$ 127.314,25 do exercício de 2008 respectivamente.

Somente no que diz respeito às restituições aos cofres públicos já definitivamente determinados pelo Tribunal de Contas do Estado nestes dois últimos exercícios os valores giram na casa dos 221 mil reais lembrando que tanto a APAE que vive as voltas com dificuldades financeiras para dar prosseguimento em seus trabalhos quanto a Santa Casa que não suportou a falta de recursos cominando com seu fechamento tiveram problemas financeiros bem abaixo destes valores.

Para que não paire no ar a suspeita de uma suposta “perseguição” a este ou aquele político em especial o Blog deixa bem claro que independente de siglas ou nomes e que apesar de os processos estarem sob a responsabilidade direta do Presidente da Câmara nestes nos exercícios citados, todos os vereadores membros da Casa a época são co-responsáveis pelas irregularidades apontadas pelo TC e devem ser solidários no que diz respeito às restituições do dinheiro aos cofres públicos.

A pergunta que fica é a seguinte: Se os fiscais do executivo são os vereadores quem são os fiscais dos vereadores?

Com a palavra os vereadores da nova Casa de Leis.


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Adote um vereador.


“Cidadania deveria ser uma disciplina escolar”
L. L. Santos

Há alguns dias fui procurado pelo Zé Claudio Guimarães amigo ainda virtual de um Grupo de discussão do Facebook que me lançou um desafio curioso e ambicioso.

Lembrou-me do programa da CBN comandado pelo jornalista e ancora Milton Jung que juntamente com seus ouvintes e internautas “adotam” um vereador da cidade de São Paulo para acompanhar, cobrar, reivindicar e depois no programa apresentado por ele avaliar o desempenho do mesmo.

O desafio é este que estendo a todos os participantes do “Grupo Política e Cidadania em Campos do Jordão” vamos adotar um vereador em Campos do Jordão?

A adoção nada mais é do que acompanhar de perto o trabalho do vereador adotado informando sua agenda, seus projetos, como tem votado os projetos apresentados em plenário e sua postura diante dos principais problemas da cidade.

Alem da cidadania será uma forma de aproximar o vereador da população e dar ao povo uma visão mais realista do que esta acontecendo diariamente dentro de nossa Câmara, uma oportunidade única tanto para vereadores quanto para cidadãos darem maior transparência aos trabalhos da Câmara.

Para os que se interessarem os nomes dos vereadores que podem ser adotados segue abaixo:

Carlos Eduardo de Oliveira (Kadu)
Carlos Roberto Siqueira e Silva (Fedo)
Claudemir da Silva (Mirinho)
Edmar Augusto da Silva
Gilmar da Silva Rios
Luciano Soares Honório
Luiz Felipe Costa Cintra
Luis Ricardo Castelfranchi
Orlando Sergio de Souza Fernandes
Paulo Francisco dos Santos
Salim Isaac Rachid
Sebastião Antonio Bonifacio
Sebastião Aparecido Cesar Filho

Maiores informações a respeito do perfil de cada vereador aqui.

Porem antes de adotar um vereador devemos tomar algumas precauções para não deturpar o objetivo do desafio que é o de acompanhar os trabalhos dos parlamentares e o maior cuidado que devemos ter é o de não confundir acompanhamento com perseguição.

Quem aderir ao projeto deve informar o Grupo quem escolheu para adotar para que os administradores informem a forma como seu trabalho de acompanhamento pode ser divulgado no Grupo para acompanhamento e debate de todos os membros, não se esquecendo que o vereador adotado devera ser informado pelo seu “tutor”.

Se temos um novo jeito de governar é hora de mostrar que também criamos um novo jeito de reivindicar.

PEC da responsabilidade eleitoral.


“Promessa: isto e bons conselhos são ótimos presentes, que todos podemos comprar para oferecer a um pobrezinho” 
Ambrose Bierce

Promessa de campanha sempre foi um caso sério em terras tupiniquins. Prometesse desde ponte onde não existe rio até construção de UTI onde nem pronto socorro funciona.

E dias depois das eleições terminadas e do estelionato eleitoral estar concluído tudo é esquecido e o eleitor que votou embriagado pela oratória e belas promessas de amor, honestidade e competência do candidato fica literalmente a ver navios.

Na vida real ou mais conhecida como vida privada este tipo de propaganda enganosa vira processo ou no mínimo uma passagem do vendedor de ilusões pelo PROCON, mas quando esta realidade se aplica a vida pública o mundo parece ser completamente outro e o vigarista embrulhão nunca é punido ou sequer advertido.

Porem a vida fácil dos políticos brasileiros regada a vantagens que vão desde salários exorbitantes até a vale-paletó passando pela legal, mas imoral imunidade parlamentar pode estar chegando ao seu fim.

Depois da Lei da Ficha Limpa agora tramita na Câmara Federal a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 10/2011 de autoria do Deputado Federal pelo PSDB de São Paulo, Luis Fernando Machado que "altera os arts. 28, 29 e 84 da Constituição Federal para instituir a obrigatoriedade de elaboração e cumprimento do plano de metas pelo Poder Executivo municipal, estadual e federal, com base nas propostas da campanha eleitoral".

Proposta polemica no meio político, mas que soa como música aos penicos, digo, ouvidos já cansados dos eleitores brasileiros se aprovada entre outras coisas pode tornar o político que não cumprir as suas promessas de campanha inelegível.

Segundo a justificativa apresentada pelo Deputado Luis Fernando Machado:

(...) A idéia é obrigar o candidato a adotar uma postura de responsabilidade eleitoral, ajustando as suas promessas de campanha ao seu plano de gestão. Em conseqüência, o plano de metas elaborado nos cento e vinte dias após a posse, também servirá de base para a elaboração do Plano Plurianual a que se refere o art. 165 da Constituição Federal, nas três esferas de governo, ou seja, municipal, estadual e federal. Enfim, as propostas de campanha nortearão todo o caminho político do candidato eleito (...)

A verdade é a seguinte... Ninguém mais agüenta ouvir fanfarronice de campanha, nem mesmo os próprios Deputados Federais que depois são procurados pelos prefeitos, governadores e presidentes de chapéu na mão arrastando a bunda no chão com cara de cachorro abandonado choramingando verbas para construir elefantes brancos prometidos no calor das campanhas para aplacar a ira dos eleitores enganados.

E já que o congresso nacional exita em promover uma reforma política ampla e definitiva para viabilizar a relação muito desgastada entre o povo e os políticos, pequenas ações populares e isoladas ações políticas vão tomando corpo e definindo aos poucos a ética e a moral que todos devemos seguir tanto como políticos quanto como cidadãos.

Enfim o manjado e mau visto jargão “eu prometo” comumente usado pelos palhaços engravatados em época de campanha podem estar com seus dias contados.

Se este dispositivo da Constituição já estivesse à disposição do eleitor em outubro passado muito dificilmente o poder político da cidade estaria nas mãos de quem esta nos dias de hoje, mas enfim, não é só de alegria que vive o eleitor jordanense.

Se cada povo tem o governo que merece, quem merece um bom governo tem o dever de apoiar esta iniciativa.