Diz um dito popular dos mais
antigos que palavra é prata e silêncio é ouro. Mas jornalista que se presa
prefere ser alvejado mortalmente por uma “bala de prata”, do que ser
eternamente reconhecido pelo “ouro” acumulado.
Há muito tempo, e por
inúmeros motivos deixei de entrar em discussões banais nas redes sociais, não por
me julgar melhor ou pior que alguém. Muito pelo contrario! Mas em tempos onde
se constrói e se desconstrói um herói mais rapidamente que um celular de última
geração se torne obsoleto, e onde todas as fontes de informações vivem sob
xeque, nada mais justo, e até mesmo sensato estarmos sempre dispostos a rever
posições e a mudar de ideia.
O problema hoje, é que a
metamorfose ambulante pregada pelo velho Raul, que sabiamente dizia ser
necessário abrir a “janela” para contemplar o horizonte, esta sendo confundida
com a metamorfose dos oportunistas, que ao invés de mudarem de opinião para
ajustar o seu discurso a sua moral, mudam de opinião para ajustar o seu
discurso as suas necessidades.
Gente que convenciona a sua
ignorância ou a sua sabedoria conforme as necessidades do momento.
E é exatamente deste meio que surge
a esmagadora maioria dos candidatos a cargos eletivos do país, principalmente
ao legislativo.
E é deste mesmo solo podre, revolto
de modos diferentes há séculos, e com o mesmo arado da direita e da esquerda,
com a mesma desculpa de oxigenar a sociedade que brotam os samaritanos e os
salvadores da pátria, que aparecem de quatro em quatro anos para prometer o que
nem Deus prometeria.
Gente que se faz de frágil, vítima de
um sistema opressor, mas que na primeira oportunidade não titubeia em usar das
mesmas ferramentas para triturar seus seguidores, usando o suor alheio para
atingir seus objetivos, que nada mais são do que fazer parte, e principalmente!
Serem aceitos pela tal “elite branca” - que nem mesmo eles sabem mais como
identificar ou diferenciar.
Gente que se fantasia de “gente boa”
para se misturar ao povo, toma café na canequinha, come churrasco com as mãos,
toma cerveja no bico da latinha - gente que se diz da “comunidade” só porque
passou um dia inteiro na periferia sem nunca ter sabido o que é ver um filho
com um tênis furado nos pés sem poder fazer nada!
Desta guerra fictícia criada entre
os burgueses fakes e os proletários de mentira, quem continua pagando a conta
são os empresários e os trabalhadores de verdade.
A verdade é que estamos perdendo
mais uma chance de discutir seriamente sobre política e estamos voltando a vala
comum da discussão politiqueira.
Os discursos não mudam, as
promessas se repetem, as mentiras se avolumam, a descrença só aumenta, a
impunidade se perpetua, a “Lei de Gerson” a cada campanha se afirma e os
eleitores a cada dia estão mais perecidos com os candidatos.
Hoje eu continuo gostando de
política, mas a cada dia gosto menos dos políticos.
O Brasil tem de mudar. Diga-se de
passagem, já passou muito da hora desta mudança acontecer.
Não é mais uma questão de quem é o
mais esperto ou mais paspalho, mas sim, de quem quer realmente um país digno de
orgulho, ou não! Se não para nós ou para nossos filhos, quem sabe para nossos netos.
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