Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A escolha de Dilma. - A Tribuna

Com cinco denúncias oficiais feitas pelo Ministério Público Federal (MPF), e aceitas tanto pelo Juiz Sérgio Moro quanto pelo Juiz do Distrito Federal Ricardo Augusto Soares Leite, Lula vê seu futuro político ruir e a possibilidade de sua prisão se tornar uma realidade.

A cada delação dos executivos da Odebrecht as provas vão aparecendo e se acumulando, mas claramente a “cereja do bolo” ou a “cabeça de Lula”, será servida pelo “capo di tutti capi” da empresa, Marcelo Bahia Odebrecht.

Assim como seu criador, a criatura Dilma a cada dia também se vê em maus lençóis.

Iludida pelo pensamento de pertencer a uma frente mundial contra o imperialismo americano, e por conta disso ainda ter a simpatia de inimigos históricos dos Yankees, o “postinho de tailleur”, eleita presidente por duas vezes saiu de sua toca e se propôs a dar uma entrevista a Al Jazeera, a “CNN do mundo árabe”, e encontrou o Jornalista Mehdi Hasan para o que seria na sua simplória opinião mais uma entrevista “água com açúcar”, e que o entrevistador “árabe” seria tão ou mais condescendente que sua defensora brasileira de todas as horas, Cristina Lobo.

Mais uma vez se mostrou ingênua e má assessorada. Apesar do nome, de ser muçulmano e de trabalhar em uma TV do mundo árabe, Mehdi Hasam é inglês, e tem como marca registrada de seu programa UpFront que é feito em Washington, D.C, emparedar seus entrevistados. Se a presidente não sabia, sua assessoria tinha o dever de saber. Foi assim com FHC, e seria da mesma forma com ela – a única diferença foi que FHC não precisou de tradutor, e debateu no mesmo nível com Mehdi Hasam ao vivo.

O ápice do inferno astral que persegue Dilma até os dias de hoje se deu quando Mehdi pergunta: “Alguns dizem que ou você sabia o que estava acontecendo, o que a tornaria cúmplice, ou não sabia de nada, o que te faria uma incompetente, qual das duas versões era a correta?”.

Cambaleante como se tivesse levado um cruzado na ponta do queixo à sempre atrapalhada presidente eleva o tom de voz, gesticula freneticamente e responde: “Meu querido, esta é o tipo da escolha de Sofia, que eu não entro nela...”.

Pois é... Para quem não sabe, a escolha de Sofia é um livro que relata o drama de uma mãe polonesa capturada pelas tropas nazistas e que é forçada a escolher um dos dois filhos para morrer – um seguiria para a câmara de gás e o outro seria poupado – caso se negasse a fazer a escolha, os dois morreriam.

Apesar de parecer mais uma das “viagens” da presidente, desta vez sua explicação foi coerente e correta. Defrontada com esta questão, realmente ela se tratava de uma “escolha de Sofia”, pois tanto a conivência quanto a incompetência são “filhos legítimos” da agora graças a Deus ex-presidente.

Somente para fechar o complexo pensamento da presidenta: No livro, Sofia faz sua escolha, manda sua filha menor a câmara de gás e nunca mais tem notícias de seu filho mais velho. Consumida e atormentada pelas lembranças e pela decisão tomada Sofia se mata.    
      

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Ninho de mafagafos. - A Tribuna

A guerra institucional instalada na Praça dos Três Poderes com a determinação do afastamento do presidente do senado, e com a desobediência do mesmo, comprova que absolutamente ninguém em Brasília esta se dando ao respeito, ou pelo menos, respeitando o cargo que ocupa.

Assim como na queda de um avião este grave impasse não chegou neste estágio devido somente a um erro, mas pela sequência de vários erros.

O pedido de vistas do Ministro Dias Toffoli no processo em que se definia que um réu não poderia estar na linha sucessória da presidência, mesmo depois de já definido o placar do pleno (seis ministros já tinham votado no sentido de proibir réus na linha sucessória), foi um dos erros que juntamente com a decisão de outro Ministro, desta feita Marco Aurélio Mello, que resolveu atropelar seus colegas e o congresso nacional determinando o afastamento do Presidente do Senado monocraticamente, deu no que deu!

Neste interregno, o desafeto declarado do Ministro Marco Aurélio Mello no STF, o também Ministro Gilmar Mendes, em viajem a Portugal resolveu aumentar a temperatura da fervura ao sugerir o impeachment de seu colega por suposto erro de hermenêutica acrescentando a sua polemica declaração que: “No nordeste se diz que não se corre atrás de doido porque não se sabe onde vai”. 

Se todas estas bizarrices jurídicas já não fossem o suficiente para colocar fogo em um relacionamento já conturbado entre judiciário e legislativo, temos a mesa do senado que simplesmente resolveu não cumprir uma ordem judicial – colocando em cheque a autoridade do Supremo Tribunal Federal abrindo um precedente nunca visto na república e colocando a credibilidade dos poderes instituídos abaixo de zero.

Enquanto os ministros do STF se digladiam entre si em uma interminável guerra de egos, e medem força com os senadores, o executivo se espreme entre os dois tentando dar andamento na agenda econômica do país, porem, pisando em ovos, tendo em vista que vários de seus ministros e até mesmo o presidente também se encontram na mira do judiciário devido a “delação do fim do mundo” ou Delação da Odebrecht. 

Na verdade, se estivéssemos em qualquer país um pouco mais sério a única saída honrosa seria uma demissão em massa dentro do executivo, do legislativo e principalmente do judiciário.

O que podemos afirmar no momento é que até mesmo em casa de tolerância a coisa é mais organizada.

Mas como estamos falando de Brasil... Os escândalos vão se sucedendo e o que menos importa para essa gente é a sua moral.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

2016: O ano que nunca vai acabar. - Jornal Regional

Existem anos que marcaram de forma violenta a história recente da humanidade: 1914 com o inicio da primeira grande guerra mundial, 1939 com a invasão da Polônia pelas tropas Alemãs iniciando o segundo grande conflito, 1989 com a queda do muro de Berlim dando inicio ao declínio comunista na Europa, 2001 com o ataque as Torres Gêmeas de Nova York iniciando a era do terrorismo religioso.

No Brasil temos 1964, ano do golpe militar que ficou conhecido como “o ano que não acabou”.

Apesar destas, e de outras datas marcantes e relevantes para a construção de nossa nação, 2016 será lembrado nos livros de história como um dos anos mais emblemáticos vividos no Brasil.

O acirramento de ideias, chegando ao confronto direto entre os radicais de direita e de esquerda, a falência total e completa do sistema político com a explosão de um esquema de corrupção nunca antes visto na história do Brasil e do mundo, e a falta de competência do judiciário acabaram tornando a permanência no poder da presidente recém eleita simplesmente impossível, e tudo isso foram os ingredientes de um coquetel molotov social que explodiu nas mãos da população.

A prisão de políticos graúdos, de grandes empresários, e de altos funcionários públicos, sem dúvida foram os pontos positivos; as manifestações cada vez mais violentas e completamente manipuladas são os negativos.

Um ano conturbado, política e socialmente, que apesar da proximidade de seu fim ainda reserva grandes emoções.

Apesar de todos estes acontecimentos, 2016 não será lembrado por suas conquistas e reviravoltas sociais, mas por uma tragédia. A queda do avião que levava toda a delegação da equipe da Chapecoense, e de dezenas de jornalistas, tornando-se a maior tragédia esportiva da história do Brasil.

Enquanto todo o país, e o mundo tentavam entender a tragédia que assolava o mundo esportivo, e fazia suas homenagens, os políticos na calada da noite usando esta comoção nacional aprovaram na “mão do gato” uma lei que além de descaracterizar o combate a corrupção também cerceia a atuação do judiciário, tornado os juízes nas palavras da presidente do STF, a Ministra Carmem Lúcia, simples carimbadores de despachos.

Talvez esta sim seja a maior tragédia do ano. A ainda existência de políticos sem caráter e sem escrúpulos, que se utilizaram da dor de uma tragédia para se vingarem covardemente dos juízes que estão passando a classe política a limpo e principalmente de uma população trabalhadora que esta completamente exausta.

O Brasil continua sendo um país rico com um povo pobre, principalmente de espírito.

Infelizmente este ano, por motivos de sobra, não teremos um Feliz Natal.  


De Woodstok ao petrolão. - A Tribuna

A chamada geração dos “anos de chumbo” precisa se deitar no divã.

A geração dos hoje mandatários da nação - seja na esfera política, social, econômica, artística e principalmente dos intelectuais formadores de opinião não sabe como lidar com os monstros criados por eles mesmos.

A geração da eterna contestação não sabe como construir, compor, participar ou simplesmente aceitar.

Se descontrola quando tem de se confrontar com problemas sociais e políticos extremamente agravados por posturas e atitudes irresponsáveis tomadas por eles no passado, e transferem a culpa por estas dificuldades as gerações passadas ou para as futuras. Não tem coragem o suficiente para assumir que o mundo de hoje foi o mundo que eles construíram segundo a sua vontade.

A liberalidade sexual e a apologia as drogas amplamente divulgadas pela geração “cabeça” de Woodstock gerou frutos doentes, hoje colhidos pelas novas gerações que acha normal transar com treze anos e que dar um tapinha em um cigarrinho de maconha de vez em quando não faz mal algum.

Se tornaram péssimos pais, péssimos profissionais, péssimos políticos e são absolutamente insuportáveis dentro de um convívio social baseado na tolerância.

Pregam a liberdade, desde que seja a deles, e se irritam com a liberdade dos outros, não suportam criticas a ideologia política e social que pregam e que se mostrou um verdadeiro desastre.

Acreditam em suas próprias mentiras e obrigam os outros a aceitarem seus devaneios como se fossem verdades absolutas, se autodenominam socialistas ou democratas, e até mesmo conservadores moderados, mas se comportam como reis absolutistas.

Uma geração estéril que deixa como único legado ao mundo a banalização da violência a mascarando de luta social, do uso de drogas e da liberdade sexual com a desprezível desculpa do livre arbítrio.

Uma geração rebelde e autoritária que em nada contribuiu para o crescimento econômico, social e moral da nação.

Isso explica o momento delicado em que o país se encontra com os níveis de civilidade, moralidade e ética abaixo de zero.  

Enfim! A geração que queria mudar o mundo acabou o destruindo.


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Trump’s day! - A Tribuna

A eleição do populista Donald Trump como o 45º presidente americano é a prova que políticos e eleitores de qualquer lugar do mundo não são tão diferentes quanto pensamos.

Tanto aqui na tropical América do Sul, quanto lá, na fria América do Norte, os políticos falam o que o eleitor quer ouvir, e não o que precisam ouvir, e os eleitores elegem um plano de governo que nunca sairá do papel.

Donald Trump, o fanfarrão bilionário, já mudou seu discurso, pois sabe que apesar dos políticos e dos eleitores americanos serem iguais aos políticos e aos eleitores do resto do mundo, a estrutura governamental americana não é! A estrutura social americana permite que um presidente tome posse do cargo, mas não permite que se aposse do estado.

A eleição do republicano fecha um ciclo mundial. O mundo se radicalizou. Não importa quem são os governantes ou qual é a sua tendência ideológica. A Verdade é que o mundo que conhecíamos acabou e o novo ainda não começou.

E é por conta deste vácuo histórico que não se sabe quanto tempo pode durar que personalidades emblemáticas, aventureiras e principalmente populistas surgem com força extraordinária. A história da humanidade não muda, o que muda são os personagens e a forma como contamos sua ascensão.

Para os americanos que votaram em Trump esperando a imediata expulsão de latinos e muçulmanos, e com a construção do “muro mexicano” restará à frustração. Para os americanos que temem uma escalada de conflitos mundiais sem precedentes restará a eterna preocupação, pois assim como Kim Jong-Um da Coreia do Norte e Rodrigo Duterte das Filipinas, Donald Trump não passa de um menino mimado que agora tem super poderes.

Para o Brasil, e para o resto da América do Sul, o republicano é uma completa incógnita – A tendência é um afastamento e um endurecimento contra os bolivarianos, mas isso não significa uma aproximação com a direita ou com a centro-esquerda.

A tendência que o governo republicano de Donald Trump se feche em copas dentro do território americano é uma realidade, e isso sim pode afetar o Brasil, tendo em vista que a eleição do bonachão americano decretou o fim de uma referência mundial.

A única coisa certa neste momento é que ficou nítido que no Brasil tem muita gente com o dedo podre quando o assunto é apoio político.

Hillary estava eleita com certa folga até ter o “apoio” da esquerda brasileira. O povo americano pode não saber onde fica a capital brasileira, mas pelo visto sabe muito bem quem foi despejada de lá.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Eles mandam, mas a responsabilidade é nossa! - A Tribuna

Apesar da grande insatisfação do brasileiro com a política, insatisfação esta que ficou evidente pelo alto índice de abstenção, e de votos brancos e nulos, a maioria da população definiu neste último dia dois de outubro, quem serão os ocupantes das treze cobiçadas cadeiras da Câmara Municipal nos próximos quatro anos.

A porcentagem de renovação da Câmara passou dos dois dígitos, alcançando e passando a assombrosa casa dos 90%, sendo que somente um dos treze vereadores eleitos em 2012 conseguiu manter a sua cadeira dentro do plenário.

Os motivos para esta expressiva renovação foram muitos, mas destaco a passividade dos vereadores diante de alguns eventos que causaram grande transtorno para a vida cotidiana da população, como o fechamento do Hospital São Paulo e a consequente transferência do Pronto Socorro para um local ermo da cidade como fatores cruciais para a revolta da população.

Estes episódios em que os vereadores agiram como advogados do prefeito e não como representantes dos interesses da população, podem não ter tido efeito negativo para a imagem do prefeito, mas acabou se tornando um erro fatal para os vereadores.

Para estes políticos que ficaram no meio do caminho a ver navios, resta agora gravitar em volta da nave mãe (prefeitura), até irem pouco a pouco se afastando e acabarem sumindo na escuridão do esquecimento, e engolidos pelo buraco negro do ostracismo político.

Para o próximo mandato, teremos nos debates da Câmara uma plêiade social interessante: advogados, recicladores, veterinários, religiosos, administradores, empresários, políticos de carreira e até mesmo a causa animal terá voz no plenário. Aparentemente a população jordanense estará bem representada, tendo em vista que os eleitos saíram de todos os segmentos da sociedade.

Treze, por si só, é um número muito sugestivo para o imaginário do brasileiro, que é por excelência um povo supersticioso. Treze pode ser sinônimo de azar, mas também de muita sorte. 

Não podemos saber o que o futuro nos reserva, mas creio que podemos adiantar sem medo de errar que a próxima legislatura será marcada pela personalidade forte da grande maioria dos novos e jovens vereadores eleitos.

Mas quem são estes treze escolhidos? E o que podemos esperar deles?

Tentaremos jogar um pouco de luz sobre estas treze personalidades que terão o poder político e o destino de milhares de jordanenses nas mãos pelos próximos quatro anos.


Filipe Cintra (PHS) – Maior expoente da nova geração de políticos jordanenses, Filipe se firmou como liderança incontestável dentro da cidade, sendo pela segunda vez consecutiva o vereador mais votado, e o único reeleito. Político hábil, já conseguiu se manter na presidência da casa nos últimos quatro anos, e é o mais cotado para continuar ocupando a cadeira da presidência pelos próximos dois – fato inédito na política da cidade.
Segundo informações de aliados próximos do vereador, ele nutre pretensões muito maiores, e deve já na próxima eleição pleitear a sucessão da cadeira do prefeito, pode ter pela frente apenas um empecilho para alcançar este objetivo... As pretensões de outro político da nova geração, que também mostrou que tem força dentro da cidade; o vice-prefeito eleito.


Cláudio Adão (PHS) – Outro político da nova geração, e ocupante de uma das treze cadeiras já há alguns meses, depois da saída do Vereador Paulo da Sobriedade, que renunciou seu cargo para concorrer a prefeitura da cidade mineira de Maria da Fé. Dentro da máquina pública há quase oito anos, Cláudio Adão conseguiu com sua também expressiva votação provar que tem competência para ocupar uma das cadeiras do legislativo municipal. Cabe esperar para saber se a aposta da população foi realmente acertada.


José Matos (PSD) – De volta a Câmara depois de alguns anos, Matos já tem o conhecimento dos tramites da casa. Aliado do prefeito, e com bom trânsito entre os demais colegas também é bem aceito pela população, e pode se tornar um importante elo de ligação entre os dois poderes e a sociedade.


Tustão (PV) – Apesar de já ter sentado em uma das cadeiras da Câmara por um breve período, por ter conquistado a suplência do PV na eleição de 2012, ainda pode ser considerado um novato. Legitimo representante da classe mais humilde da população, por ter se destacado como empresário na área de reciclagem, tem tudo para ser um político diferenciado. Compete a ele saber por onde deve andar, e com quem deve se aliar nos próximos quatro anos. E principalmente; não se deslumbrar com as facilidades que o cargo lhe oferecerá.


Maria Joaquina (PMDB) – Outra jovem política que volta a ocupar uma das cadeiras depois de quatro anos, Joaquina tem se destacado de maneira muito positiva no trabalho social da cidade, onde tem conquistado grandes avanços.
Joaquina é outra que conhece bem os tramites da Câmara, e sua personalidade forte pode ser um tempero extra nas sessões da casa.


Venicio (PSB) – Politicamente uma incógnita. Jovem, conhecedor das leis e das mazelas da sociedade por ser por muitos anos Conselheiro Tutelar, é um dos poucos que não esta ligado diretamente as bases do prefeito.
Pode ser uma boa aposta para dar mais equilíbrio a uma casa que esta quase que totalmente nas mãos do governo.


Paulo Assaf (PSDB) – Médico Veterinário, já ocupou uma das cadeiras da Câmara entre 2005 e 2008. Político discreto, não buscará ficar debaixo dos holofotes da casa. Por ter a fama de “bom moço”, sua atuação pró governo dentro da casa poderá passar despercebida pela maioria dos eleitores, será com certeza mais um homem do governo dentro do legislativo.


Márcio Toledo (SD) – Empresário ligado ao grupo de protetores dos animais, Márcio Despachante como é conhecido na cidade, foi alçado ao cargo por um grupo que deverá exigir dele resultados imediatos e de grande impacto para a sua causa. Deverá ter problemas sérios para obter sucesso, tendo em vista que o defensor da causa animal terá de compor com humanos (dentre eles dois colegas cavaleiros), para garantir as aprovações de seus projetos.
Mais um novato de personalidade forte, deverá travar debates calorosos dentro do plenário em defesa de suas ideias.
Caso não obtenha o sucesso desejado em curto espaço de tempo, pode ser duramente pressionado pela sua própria base.
Por isso, deverá compor com a maioria governista para atingir seus objetivos o mais rápido possível.


Xandão (PSB) – Ex-secretário de esportes do Governo Ana Cristina apesar de ter sido eleito pelo PSB, não deverá fazer uma oposição contundente. Juntamente com outros dois ou três colegas, deverá compor o baixo clero do legislativo, e tentar “comer pelas beiradas”.



Pastor Antônio da Cruz (PSDB) – Sucessor natural da cadeira de seu colega Pastor Kadu, que não conseguiu sua reeleição, é mais um político alçado ao poder pelos evangélicos. Terá de ter uma atuação mais ativa que seu antecessor se quiser se manter no cargo por mais de um mandato. Componente da base governista, em muitas situações deverá ficar entre a cruz e a espada nas votações da casa. 


Arlindo Branco (PROS) – Um dos mais habilidosos e emblemáticos políticos da nova casa; o polemico vereador já teve um mandato cassado por problemas com a justiça local em 2010.
Mais um representante da ala evangélica, Arlindo Branco deverá se tornar voto de minerva nas principais votações da Câmara. Esta deverá ser a sua receita para valorizar sua atuação. Apesar de ter sido eleito pela oposição, Arlindo Branco não deverá ser um problema para o prefeito.


Arthur Bombeiro (PSDB) – Ex-secretario de governo, Arthur será mais uma das vozes tucanas dentro da Câmara. Apesar de ser componente do governo há algum tempo, politicamente ainda é uma incógnita. Novato e discreto será mais um que não vai querer as luzes do palco político voltadas para si. Voto governista certo, será um dos comandantes da tropa de choque governista e por manter muito boa relação com o prefeito, deverá ter grande influência dentro do executivo.


Zezito (PV) – Funcionário público da área da saúde, Zezito apostou corretamente em seu carisma para ser eleito. Mais um com personalidade marcante poderá ser uma das poucas pedras no sapato do governo. Ou até mesmo a única! Deverá ser um oponente de peso dentro da Câmara, e apesar de ser novato na política, não se intimidará diante de seus colegas nos debates.



Santa Felicidade: Uma tragédia anunciada! - A Tribuna

O fim do “sonho revolucionário” brasileiro não poderia acabar de forma mais sinistra.

A morte de um estudante secundarista de apenas 16 anos, dentro de uma escola no Paraná, ocupada por militantes doutrinados e não por estudantes politizados, encerra tragicamente a farsa ideológica do socialismo tupiniquim.

Sem poderem mais se vitimizar depois da prisão de Eduardo Cunha, os petistas e seus cada vez mais raros e envergonhados defensores, tiveram seu discurso mofado esvaziado de maneira definitiva.

Sedentos por um cadáver para ter onde se agarrar para justificar sua postura radical, e reagrupar a sua militância, os ativistas socialistas apostaram todas as suas fichas no confronto e na provocação para atingir este objetivo.

Usando jovens como escudos, como fazem os terroristas do Estado Islâmico, os fomentadores destas ocupações esperavam que o governo fizesse este trabalho sujo.

O tiro saiu pela culatra, e o primeiro cadáver, assim como seu algoz, saíram de dentro de suas próprias fileiras.

Mesmo diante da tragédia consumada alguns ainda tentaram tirar proveito político do fato, atribuindo o assassinato do garoto a intolerância dos que estão contra as ocupações.

Não existe mais justificativa para estas ocupações, e menos ainda para a inércia dos poderes constituídos, assim como também não se justifica mais a indiferença dos pais destes jovens que permitem que seus filhos fiquem jogados a sua pro própria sorte, em ambientes sabidamente inadequados para a formação de sua moral.

Esta gente esta confundindo liberdade com responsabilidade.

Os jovens são livres para fazerem as suas escolhas! Mas como esta provado, não são responsáveis o bastante para arcarem sozinhos com as consequências delas.

Em breve o garoto paranaense, assim como a tragédia que o vitimou serão esquecidos, e a dor da perda ficará viva somente no coração de sua mãe. O     tão esperado “mártir” da esquerda acabou virando a justificativa para seu fim.


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Viva a “República dos Menudos”! - A Tribuna

Enfim! O fim. Depois do “incêndio” debelado, nos resta apenas fazer o rescaldo da eleição – cuidar dos feridos e dar um enterro descente aos mortos.

Em conversas mantidas antes do início da campanha com algumas pessoas que vivem a política diariamente e não esporadicamente, acabamos chegando a um consenso; politicamente falando, o atual prefeito não tinha um adversário a sua altura. Além disso, por mais uma vez, o menino contou com a sua enorme sorte. Por isso, se o resultado não foi o esperado, ele acabou sendo o imaginado.

Beneficiado pela onda antipetista que tomou conta de todo o país, o prefeito não precisou se esforçar muito para alcançar seu objetivo, principalmente em um reduto historicamente tucano como é Campos do Jordão.

Neste aspecto podemos afirmar que mesmo apeado do poder o PT contínua fazendo muito mal a população jordanense.

Mas se por um lado a margem de votos do prefeito reeleito foi bastante expressiva, cerca de 49% dos votos válidos, por outro, o índice de abstenção e de votos brancos e nulos (35%) também foi recorde, o que reafirma que apesar de seu aparente triunfo, o tucano ainda não conseguiu convencer a maioria dos mais de 39 mil eleitores da cidade.

O que não podemos negar é o fato da “República dos Menudos” estar definitivamente consolidada na cidade.

Agora nos resta apenas esperar, para saber se nos próximos quatro anos vamos colher os frutos de um bom trabalho, ou se vamos ter de nos amarrar as árvores da avenida principal para não sermos carregados pela tempestade.

Enquanto a festa no gabinete do prefeito não tem data para acabar, o clima fúnebre instalado na câmara é indisfarçável, e o cheiro de velório aos pouco invade todos os bairros da cidade.

Dos 13 vereadores eleitos em 2012, cinco abriram mão da reeleição, e dos oito que concorreram somente um conseguiu se reeleger.

Se o prefeito conseguiu agradar uma considerável parcela da população, a pífia atuação dos vereadores, que se comportaram nos últimos quatro anos como advogados do prefeito, e não como representes do povo, foi estrondosamente reprovada. E não foi por falta de aviso.

A submissão dos vereadores foi tão evidente e tão escandalosa que ficou praticamente impossível de se reverter o quadro negativo em apenas 45 dias de campanha.

Para estes vereadores que virarão as costas para a população nestes quatro anos, e por conta disto foram devidamente defenestrados da vida pública, cabe agora depender dos favores dos eleitos ou se satisfazerem com as migalhas que lhes restam.

Dentro desta realidade que a cidade viverá por mais quatro anos, me dou por satisfeito com o fato de que pelo menos no quesito Primeira Dama continuaremos muito bem, obrigado!


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Justiça, eleitores e políticos dessincronizados - A Tribuna.

Muitas coisas já mudaram no Brasil nos últimos anos. Ricos e poderosos começaram a sentir o peso da espada da Lei.
Milionários como os donos da mega construtora Odebrecht e o empresário que viabilizou o mensalão, Marcos Valério, foram condenados a quase 20, e a mais de 40 anos de prisão respectivamente.
Junto a estes ricos e famosos também se encontra cumprindo pena de mais de 20 anos de prisão, o poderoso José Dirceu, ex-homem mais influente da república.
Aparentemente o brasileiro se cansou de achar que corrupção e privilégios são coisas normais.
Ainda estamos engatinhando, e muita gente graúda ainda deve prestar contas a “Dona Justa”, mas é certo que o Brasil de hoje esta muito diferente do Brasil de ontem.
Na contramão de todas estas mudanças temos as campanhas que não conseguiram se renovar, apesar das novas regras.
Os ataques pessoais, o fanatismo exacerbado e as fábricas de boatos continuam a pleno vapor, contribuindo somente para a desinformação e deformação da vontade dos eleitores.
O debate político e a discussão das propostas, mais uma vez ficaram em segundo plano.
Aliás! As propostas de governo também continuam as mesmas... Simplesmente ridículas e inviáveis – desta maneira, a nova política e os novos políticos, mais uma vez provam que na hora de garantirem suas eleições em muitas situações se parecem com as raposas felpudas, e em muitas outras são até mais felpudas.
A nova formatação da campanha deverá sofrer modificações em breve por não ter se mostrado um sistema autossustentável.
Em pequenas cidades como Campos do Jordão, alguns CPFs diferenciados não se importam de ver seu nome vinculado a um candidato e ao valor doado, mas nas grandes capitais, onde o volume de investimento mesmo tendo sofrido um drástico corte ainda são consideravelmente vultosos ninguém até agora quis colocar seu CPF na reta.
Desta maneira, dois novos fenômenos foram evidenciados nesta campanha: o aparecimento dos candidatos milionários que saem na frente por terem recursos próprios para bancar suas campanhas, e a criação das “fazendas de laranjas”, onde podemos encontrar laranjas de todas as qualidades, camuflando os verdadeiros “benfeitores” dos candidatos.
O judiciário terá muito trabalho pela frente, até que a justiça, os eleitores e os políticos sincronizem seus relógios de moral, ética e principalmente de comportamento.       

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Quem pariu Temer, que o embale - A Tribuna

Depois de um longo e muito desgastante processo para todo o país, Eduardo Cunha, o “gênio do mal” da Câmara dos Deputados, deu seu melancólico adeus a capital do poder dizendo que não entrará nos esquemas de delação premiada da justiça federal, mas que escreverá um livro, detalhando os bastidores do processo de impeachment da presidente Dilma. O que dá no mesmo.

Na esteira da higienização política iniciada pela Operação Lava Jato, passando pela defenestração da presidente e continuada pela cassação de Eduardo Cunha, as manifestações contra o agora presidente Michel Temer continuam, mas sua tendência aparente é de se enfraquecer com o tempo. Por quê?

Porque para a maioria dos brasileiros que apoiaram a saída da presidente e lotaram as ruas do país usando verde e amarelo legitimando o processo de impedimento, o Fora Temer não significa o volta Dilma, muito menos quer que sua imagem seja associada ao vermelho, e menos ainda, a gente que se presta ao papel de promover espetáculos grotescos como o “vomitaço” ou a degradante cena daqueles ativistas profissionais que defecaram e urinaram em fotos de políticos opositores em via pública. Apesar de viver em um país tropical, o brasileiro médio ainda é muito conservador, ou para quem deseja... Careta!

Além do receio de serem associados a estes comportamentos deploráveis em todos os seus aspectos, temos também as lamentáveis ações violentas dos “black blocs”, que se insurgem contra o patrimônio público e privado, promovendo quebra-quebra e destruição generalizada, e como aconteceu nas manifestações do “Passe Livre”, estas ações acabam tendo efeito contrário do desejado afastando a população ordeira e esvaziando o movimento.

Dentro desta realidade, e na medida que a população começar a abandonar as manifestações de rua, os componentes da esquerda rancorosa tendem a radicalizar cada vês mais suas ações contra quem não compactua com as suas vontades, gerando cada vez mais a antipatia da população pelo movimento o que legitimará gradativamente o atual governo e por conseqüência suas políticas sociais e econômicas.

O brasileiro tem consciência que Michel Temer não é uma boa opção para o país, mas também sabe que ele não é fruto da imaginação “coxinha”, mas da irracionalidade dos “mortadelas”.


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A Lei! Ora a Lei! - Jornal Regional

O longo processo de impedimento da presidente Dilma Vana Rousseff chegou ao seu fim neste último dia 31 de agosto.

Dilma se junta a Getúlio Vargas, Jânio Quadros e Juscelino Kubitschek, outros presidentes que viram no mês de agosto o fim de seus sonhos políticos ou de suas próprias vidas.

Mas como estamos falando de Brasil... O fim desta história ainda esta longe de chegar.

Ao desrespeitar a Constituição, aceitando o fatiamento do julgamento proposto pelo Senador Randolfe Rodrigues da REDE Sustentabilidade (braço oculto do PT), o Presidente do STF, Ricardo Lewandowski, provou que o desaparelhamento do estado será o maior desafio do novo governo.

Por mais uma vez, a corte superior do judiciário brasileiro coloca em cheque a seriedade de seus membros, e deixa toda a nação estarrecida e envergonhada perante o mundo.

Não é a primeira vez que o presidente do STF participa ativamente de uma chicana jurídica, mas o atrevimento de usar desta manobra perante a nação e ao mundo dentro do Plenário do Senado Federal demonstra o quanto o sistema jurídico do país esta contaminado e comprometido com a banda podre da política.

O absurdo cometido no processo de impedimento fatiando o julgamento deverá ter um desdobramento já nas próximas semanas quando do julgamento do ex-presidente da Câmara, o Deputado afastado – outra jabuticaba jurídica produzida pelo STF – Eduardo Cunha, que deverá pleitear junto a seus pares um tratamento igual ao dado a ex-presidente Dilma.

Os Ministros do STF criaram a figura do réu que mesmo declarado culpado, não precisa cumprir a sua pena. Um Frankenstein, uma aberração que promove acima de tudo a insegurança jurídica em todo o país.

Apesar de todos os avanços, o Brasil contínua sendo o país cantado por Renato Russo: “Nas favelas, no senado. Sujeira pra todo lado. Ninguém respeita a Constituição. Mas todos acreditam no futuro da nação. Que pais é esse?”.


Prêmio Destaque do Ano - Jornal Regional.

Em um jantar realizado no último dia 19 de agosto o Jornal Regional homenageou empresários, trabalhadores, empreendedores e agentes sociais com o prêmio Destaque do Ano.


O Jornalista Reginaldo Marques foi um dos agraciados na categoria Redator Chefe.

Aos organizadores do evento nossos agradecimentos pelo reconhecimento de nosso trabalho jornalístico.

O Golpe Jabuticaba - A Tribuna

O brasileiro é um dos povos mais criativos do mundo. Uma prova incontestável desta afirmação é a criação de um golpe de estado à brasiliana - o “Golpe Jabuticaba”.

Um golpe que assim como a fruta exótica, só existe em terras brasileiras.

Um golpe que mantêm o golpeado em sua residência oficial, com todas as regalias dignas da Rainha da Inglaterra como salário, funcionários, cartão corporativo, viagens, despesas pessoais e até mesmo seguranças particulares.

Um golpe que permite que o deposto se desloque pelo país sem restrições à custa do estado fazendo oposição ao novo governo e inflamando a população.

Um golpe que permite que o deposto se defenda perante as instituições parlamentares e jurídicas do país a exaustão inclusive com o uso de chicanas.

Golpe que nem mesmo os socialistas de apartamento de cobertura que estão sendo apeados do poder sabem muito bem definir se é militar, parlamentar ou se é uma obra da tal elite branca, por hora, e sem um discurso mais consistente apenas gritam que é um golpe dos coxinhas.

Para os menos esclarecidos e para os doutrinados, a teoria do golpe é factível, já para aqueles que conhecem um pouco da história recente é indiscutivelmente um factoide.

Nem mesmo o apelo histórico e sentimental do último discurso da presidente Dilma no plenário do senado foi capaz de trazer um pouco de luz sobre a nebulosa tese golpista.

O discurso da presidente Dilma se auto intitulando uma guerrilheira heroína que “lutou” pela democracia caiu por terra no momento em que se constata que ela esta sendo julgada por vários ex-companheiros de luta armada.

Se houve um golpe no país, este golpe se deu em 2003, quando o povo foi ludibriado por um grupo político que tinha como única intenção perpetuar seu projeto particular de poder.

Por mais uma vez as pessoas de bem foram salvas no último minuto da prorrogação, sem antes pagar muito caro por seu erro.

Sobre a gritaria que ainda ouviremos... É muito pó pó pó para pouco ovo.

Tchau, querida!