Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A Batalha do Morro do Elefante.

Findo o primeiro turno das eleições presidenciais a vida provinciana da cidade normalmente voltaria ao seu curso normal não fosse o inusitado episódio da malograda tentativa de invasão do Morro do Elefante protagonizada pelas tropas da Guarda Municipal e por “agentes” do Gabinete do prefeito.

Aparentemente o prefeito em um ato impensado resolveu “fazer democracia com as próprias mãos” e tomar a força seu antigo Gabinete para mostrar a população jordanense que ela vive em um regime de liberdade. Parece coisa de maluco, mas resumidamente foi o que aconteceu.

Oficialmente não temos nada, somente a versão da família que teve sua propriedade atacada e que foi bastante contundente não economizando adjetivos depreciativos ao chefe do executivo.

Por seu lado a prefeitura faz um silencio no mínimo constrangedor e sua assessoria de imprensa com ares republicanos se recolhe as suas notinhas caseiras dando conta somente dos afazeres “domésticos” do Gabinete fingindo não saber de nada, mesmo depois da bombástica declaração publicada em rede social de um funcionário concursado que na época dos acontecimentos ocupava cargo de confiança do governo dando conta que a versão mais próxima da verdade realmente é a da família acossada pelas tropas municipais.

Seria muito engraçado digno até de um capitulo inteiro da trilogia FEBEAPÁ (Festival de Besteira que Assola o País) de Stanislaw Ponte Preta se não fosse trágico em seus desdobramentos cívicos.

O caso apesar de hilário do ponto de vista efetivo da ação é extremamente sério do ponto de vista institucional.

O executivo por mais que tenha as suas razões e seus “poderes” constitucionais simplesmente não pode passar como um trator por cima da justiça e espedir um memorando interno como se fosse uma ordem judicial.

O judiciário e o legislativo local juntamente com a família instalada no Morro do Elefante foram agredidos pela ação patética da prefeitura e cabe agora saber se tanto um quanto outro tomará alguma previdência sobre o caso, ou se colocaram panos quentes para abafar mais este escândalo.

Como a prefeitura e sua assessoria de imprensa insistem em manter seu obsequioso silencio resta somente a nós pobres mortais imaginar o que realmente pode estar por trás deste constrangedor acontecimento – por enquanto vou ficar com a versão de uma grande amiga que sabe muito bem o que fala e tem um feeling afinadíssimo para analisar o comportamento dos políticos locais; E segundo ela: “Existe alguma substancia química estranha na água da cidade”. 
   
Seja quem for o verdadeiro proprietário da área em litigio no Morro do Elefante o certo é que neste episodio ouve somente um perdedor que foi a democracia, aquela que achávamos que tínhamos conquistado a duríssimas penas nos anos de chumbo.    

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