Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Homenagem póstuma.

Todos que estão acompanhando o triste episódio envolvendo a demolição da Praça da Bandeira na Vila Abernésia centro comercial da cidade devem estar achando no mínimo uma incoerência do Corneteiro e da Liga da Justiça Popular esta campanha negativa tendo em vista que sempre cobramos da atual administração obras de revitalização na cidade.

E a Praça como todo o resto da cidade necessitava e ainda continuam necessitando de obras que revitalizem seus centros turísticos e financeiros.

Porem quando uma administração se preocupa com seu povo e tem um compromisso não somente de quatro anos, mas também com as gerações futuras e respeito pelas passadas não pode passar um trator por cima de sua historia e de sua cultura.

E uma Praça como a da Bandeira faz parte da vida de varias gerações de jordanenses desde seu nascimento até a sua morte.

Quantos namoros, pedidos de casamentos, noticias de vinda de um filho foram feitos nos bancos daquela Praça?

Quantos álbuns de casamentos e de batizados tiveram a mais velha e mais amada Praça da cidade como cenário?

Quantas crianças e adolescentes cresceram correndo entre os canteiros floridos e o chafariz da pracinha?

Quantos corações partidos pela perda de um amor ou de um ente querido foram acolhidos e apaziguados pelo seu sábio silencio?

E as lagrimas de alegria e de tristeza de quantos jordanenses regaram as flores de seus jardins?

Seu piso apesar de velho e irregular viram passar sobre si gerações de jordanenses a merecia mais respeito e não acabar amontoado no “pátio” de uma radio comunitária para ser utilizado sei lá para que fim.

Apesar da necessidade de uma revitalização o fator histórico, cultural e de identidade de nosso povo com ela não foi levado em consideração e sim os ganhos políticos que a transformação da cidade em um canteiro de obras podem trazer a beira de uma campanha eleitoral que promete ser uma das mais acirradas dos últimos anos em seus bastidores.

O pouco conhecimento da historia da cidade e a falta de intimidade com os usos e costumes do povo jordanense pelo casal de administradores da cidade foi ponto determinante para que esta catástrofe alcançasse sucesso, porem inegavelmente e lamentavelmente por motivos que ainda não sabemos filhos da terra alocados em cargos estratégicos dentro da administração foram cúmplices no desaparecimento de parte de nossa historia.

Como o próprio Conselho Regional dos Engenheiros e Arquitetos de São Paulo – Creasp, já adiantou praças também podem e devem ser tombadas para manter a identidade histórica e cultual de uma cidade e protegê-las de projetos “modernistas” que podem como no caso da Praça da Bandeira destruir para sempre uma parte importante do passado de uma cidade.

Lamentavelmente fomos pegos de surpresa pelas maquinas da empresa contratada para executar o trabalho de reforma da Praça tendo em vista que tanto projeto como outras informações relevantes como verbas e gastos nunca foram alvo de debate da administração com nenhum organismo da cidade e não tivemos tempo e forças para salva-la.

Dentro deste roteiro de terror em que se transformou esta obra também existe espaço para colocar entre os algozes de nossa Praça a sempre submissa Associação Comercial e a conivente Câmara de Vereadores.


Da Praça da Bandeira agora só restam lembranças e velhas fotos e de sua historia só o que ficou gravado nas crônicas de nosso historiador mais importante Dr. Pedro Paulo Filho.

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