Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

terça-feira, 26 de abril de 2016

Jornalista também tem opinião - Jornal Regional

Uma das maiores lendas do jornalismo mundial, e principalmente do brasileiro corre em torno de uma suposta imparcialidade que um bom jornalista deveria ter para exercer sua atividade de maneira plena. Como se realmente fosse possível alguém, jornalista ou não, quando e como bem entender ligar ou desligar o botão de sua consciência.

Esta autocensura jornalística esperada pela população, ensinada nas faculdades, cobrada pelos próprios colegas de profissão e exigida pelos políticos principalmente os que se encontram no poder na verdade não passa de resquícios da ditadura que não admitia conviver com uma imprensa livre – inconscientemente todos desejam que os jornalistas brasileiros sigam o “padrão globo de qualidade”.

O dilema dos jornalistas que também são cidadãos comuns fica evidente diante deste momento de grave crise política e econômica por qual o país esta passando no último ano e meio.

Para o jornalista profissional da imprensa o fim de um governo fraco e completamente afundado em um oceano de escândalos que se reproduzem mais rapidamente que uma ninhada de coelho seria um completo desastre. Seria a seca da única fonte abundante de água fresca a cristalina no meio do deserto.

Mas para o jornalista pai ou mãe de família e cidadão comum que precisa pagar suas contas e criar seus filhos sem maiores sobressaltos ou sustos futuros a saída da presidente já passou e muito de sua hora.

Exigir ou esperar em pelo século 21 que os jornalistas separem sua profissão da politica é algo que soa hipócrita demais até mesmo para uma sociedade provinciana e extremamente atrasada com a nossa.

A política faz parte intrínseca da vida de qualquer pessoa e de qualquer profissional e não pode ser diferente com os jornalistas.

Deixar claro o que pensam e o que esperam de seu governo e de seu país não deveria ser visto como um crime, mas como uma evolução da profissão e principalmente da sociedade.

Se artistas, intelectuais, juristas e profissionais das mais diversas áreas tem o direito de expor seu juízo pessoal publicamente sem serem estigmatizados, nada mais normal que os profissionais que mais lutaram para que hoje todos os demais profissionais e cidadãos pudessem desfrutar de sua liberdade de opinião também tenham este direito.

O desafio jornalístico em épocas onde a democracia e a liberdade estão ameaçadas não se restringe somente a registrar e contar a história, mas principalmente fazer parte ativa dela.

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