Sem mais nenhuma representatividade junto à população, e com um indisfarçável alinhamento com as questionáveis políticas públicas empreendidas na cidade pela atual administração, principalmente na área da saúde, a Câmara de Vereadores de Campos do Jordão, passou os últimos anos atuando como coadjuvante de uma tragédia anunciada, quando tinha tudo para ser a protagonista de uma história de superação.
Ao abrirem mão de sua principal função que é a de fiscalizar de perto o trabalho do executivo, tornaram-se todos em nada mais do que meros chanceladores oficiais das vontades do alcaide – transformaram a Câmara em uma discreta extensão do Gabinete do Prefeito.
O balanço dos trabalhos do legislativo jordanense nestes últimos anos se resume a duas únicas ações: A realização de um concurso público, e a devolução de alguns milhares de reais aos cofres do executivo. Dinheiro este, diga-se de passagem, que depois de devolvido ninguém sabe ao certo que destino tem.
Para os desavisados de plantão e para os aduladores profissionais duas relevantes ações, para quem se aprofunda só um pouco no assunto, duas grandes decepções.
A primeira porquê não se trata de uma inovação, e menos ainda de uma iniciativa dos atuais vereadores, mas apenas de cumprir um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assumido anteriormente pela casa junto ao Ministério Público, e a segunda, porquê é a prova de que os vereadores das gestões passadas estavam gastando muito e mal o nosso dinheiro.
Nenhum dos sérios problemas vividos pela população durante os últimos anos na educação, segurança, habitação, infraestrutura, transporte ou na saúde conseguiram sensibilizar nenhum dos vereadores a ponto de fazer algum deles se indispor com o prefeito.
Podemos definir os últimos três anos de atuação da Câmara como uma importante reserva política que deveria estar a serviço da população, mas que funcionou sempre abaixo do volume morto.
Por estes motivos a saída dos treze cavaleiros do apocalipse se tornou uma condição sine qua non para que a cidade reencontre o caminho do desenvolvimento.
De qualquer maneira é sempre bom ter muita cautela quando tecemos críticas ao legislativo, pois como muito bem nos avisou Ulisses Guimarães, “a próxima sempre pode ser pior”.
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