Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

terça-feira, 28 de julho de 2015

Quantidade não é qualidade - A Tribuna

Enquanto as inaugurações de calçadas e praças se proliferam, saúde, educação e segurança continuam em segundo plano em Campos do Jordão.

Nos últimos dias, a agenda do Governador Geraldo Alkmin, foi voltada exclusivamente para Campos do Jordão, onde ele participou de algumas inaugurações, e de várias outras reinaugurações, todas voltadas ao turismo e ao embelezamento da cidade.

Claramente não sou contra estas obras, sobretudo por Campos do Jordão não possuir outro meio de sobrevivência, a não ser o turismo, muito pelo contrário, acho que a cidade há muito tempo merecia uma boa reforma, principalmente a sempre esquecida e abandonada Abernéssia... Porem não é somente de maquiagem e bijuteria que vive o jordanense.

Enquanto novas calçadas são construídas a segurança pública nunca foi tão precária. Apesar da Operação de Inverno que trás para a cidade no mês de julho mais de 400 policiais, a onda de assaltos cresceu conforme o número do reforço policial que passa a maior parte de seu tempo constrangendo os moradores da cidade em abordagens desnecessárias e abusivas. A Polícia Civil consegue trabalhar na cidade por conta única e exclusivamente da boa vontade de seus funcionários que por muitas vezes não tem sequer papel sulfite para lavrar um boletim de ocorrência, e o Corpo de Bombeiros não fica atrás de nenhuma outra corporação no quesito problemas; sem efetivo e sem equipamentos, em inúmeros sinistros na cidade não passou de mero espectador.

Na mesma proporção que novas praças são inauguradas a educação se recente da displicência da atual administração. Uniformes e materiais escolares que deveriam ser distribuídos logo no inicio do ano letivo acabam chegando aos estudantes muitos meses depois do inicio das aulas, merenda de péssima qualidade também já foi capa de jornal na cidade neste ano e por último tivemos a lamentável noticia do corte no programada escola da família.

Enquanto prédios que deveriam estar funcionando há anos são insistentemente reformados e reinaugurados a saúde agoniza. O Pronto Socorro teve de ser transferido as pressas para outro prédio por correr o iminente risco de desabar sobre  profissionais e pacientes, a Santa Casa da cidade teve de ser vendida para pagamento de dividas trabalhistas e o último hospital da cidade esta de portas abertas de maneira extremamente precária deixando a população por muitas vezes a sua própria sorte.

Se por um lado sabemos que os investimentos em saúde, educação e segurança dependem de verbas federais e estaduais, por outro não podemos esquecer que todas estas promessas estavam presentes no plano de governo do atual prefeito.

Desta maneira não adianta transformar a cidade em um imenso canteiro de obras cosméticas no último ano de sua gestão como aconteceu com a administração do PPS, pois a população já aprendeu há muito tempo que quantidade de obras não significa qualidade de vida.

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