Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Novos pontos, velhos problemas.

A instalação dos novos pontos de ônibus padronizados na cidade vem gerando uma serie de discussões na cidade.

Em época de democracia e de inclusão digital uma simples pergunta a respeito do designer dos novos pontos vira uma luta de classes e uma batalha entre o bem e o mal.

Como o assunto não envolve somente os pontos de ônibus, mas sim a exploração de todo o sistema do mobiliário urbano da cidade vou deixar a minha nem tão humilde opinião:

Não é somente o caso de ser contra ou a favor, mas sim de ser lucido e coerente.

O desenho do novo ponto prioriza somente a estética e a composição do objeto a paisagem turística da cidade e não as necessidades mínimas dos usuários.

Eles são pequenos, estreitos, não comportam o grande numero de usuários nos horários de pico, seu designer apesar de bonitinho não protege os usuários em dias de intempéries e aparentemente estão sendo construídos com materiais de qualidade duvidosa.

Logicamente que os novos pontos serão melhores e mais confortáveis que os anteriores, mesmo porque em muitos casos eles nem existiam ou quando existiam eram simplesmente um lixo! Porem isso não significa que estes novos pontos sejam dignos de elogios muito menos de agradecimentos públicos as autoridades que não fizerem nada além de sua obrigação.

Por outro lado é sempre bom verificar a logística que envolve o projeto e ver se realmente o investimento da empresa vencedora do certame licitatório é compatível com o lucro que deverá ter durante os 15 anos de contrato.

Segundo informações da assessoria de imprensa da prefeitura o valor global do contrato nestes próximos 15 anos serão de 6,5 milhões de reais, dispostos da seguinte maneira:

Investimento mínimo imediato em equipamentos como segue:

24 Relógios, 150 lixeiras, 42 abrigos de ônibus, 120 postes com nomes de ruas no eixo principal, reforma dos 300 postes já existentes, 400 placas de ruas, 30 totens comerciais, 20 totens informativos de pontos turísticos e a reforma dos 90 já existentes; tudo isso orçado em pouco mais de 2,4 milhões de reais.

Além, deste investimento imediato o contrato prevê um pagamento anual a prefeitura de 270 mil reais que em 15 anos chegaram a quantia de pouco mais de 4 milhões de reais perfazendo um investimento total de 6,5 milhões de reais.

Parece ser um negocio muito vantajoso para a cidade não fosse um pequeno detalhe...

Se dividirmos 6,5 milhões de reais pelos 15 anos de contrato descobriremos que a empresa pagará cerca de 430 mil reais por ano ou pouco mais de 30 mil reais por mês para ter o direito exclusivo de controlar e explorar financeiramente toda a propaganda paga na cidade.

A primeira vista para o cidadão comum pode parecer muito dinheiro, mas para o mercado publicitário e para o orçamento da cidade não passa de parcos caraminguás.

Os investimentos imediatos em equipamentos até podem ser vantajosos à prefeitura e a população, mas o tempo de contrato e os valores fixos acordados são um completo absurdo e onerarão os cofres públicos a médio e longo prazo.

Não se trata de procurar pelo em ovo e muito menos achar que tudo é uma porcaria, mas uma questão de se ter uma visão global e de futuro do contrato assinado pela prefeitura, que abriu mão de uma riquíssima fonte de renda em favor de uma empresa que durante os próximos 15 anos ganhará um oceano de dinheiro usando o nome de Campos do Jordão em troca de um punhado de moedas.

Enquanto meia dúzia de imediatistas bajuladores governistas se vangloriam, a empresa comemora seu bilhete premiado.

Um comentário:

  1. Parabéns por levantar a voz pelo jordanense. Desculpe mas critico também o fato de não se realçar a arquitetura de Campos (se não tem vínculo com a cultura brasileira, como alguns afirmam, é bem mais adequada do que esses caixotinhos). Alguns pontos (cito o aquele perto do Mercado Zatti Zatti) são mais confortáveis apesar de atualmente abandonados. Julgo que deveria ser observado esse tipo de mobiliário urbano e sua adequabilidade à arquitetura local.

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