“Em tempo
de revolução, cuidado com a primeira cabeça que rola. Ela abre o apetite do
povo”
Victor Hugo
A lição do
gigante.
Nas ultimas décadas uma
idéia vem sendo repetida incansavelmente por toda mídia nacional e
internacional.
Dizem que o brasileiro é
indolente e desprovido de virtudes éticas e morais que o levam a não lutar por
seus direitos.
Dizem que somos um povo
covarde que não tem coragem de sair às ruas para protestar contra os desmandos
políticos e a corrupção generalizada que assola o país.
Nada como uma leitura mais
atenciosa da historia de nosso povo para descobrir que não é bem assim como os
militares do meio da década de 60 e os políticos pelegos seus sucessores querem
que acreditemos.
Desde nossa descoberta pelos
portugueses em 1500 até os dias de hoje foram cerca de 85 levantes e conflitos
armados dentro de nosso território o que da uma média de um conflito a cada
seis anos de historia.
São números incompatíveis para
um povo que é chamado de indolente e covarde vocês não acham?
O que mudou nestes últimos cinquenta
anos de nossa historia que nos fez merecer e acreditar nesta pecha que nos é impingida?
Educação. Sim. Educação!
Os militares tiveram uma
rejeição imediata da sociedade que teve nos estudantes a sua voz mais nítida de
reprovação ao golpe militar de 64 e como artimanha política e ditatorial usada
para controlar o povo nivelou a educação nacional por baixo reduzindo salários
e investimentos nesta área e ao mesmo tempo através de uma massiva publicidade inspirada
na propaganda nazista de Joseph Goebbels que dizia que uma mentira dita mil
vezes se tornaria verdade nos fez acreditar que somos um povo de segunda classe
que tem a corrupção como componente genético e que levar vantagem em tudo deve
ser um orgulho nacional.
A falta de educação não
livra nenhuma camada da classe social do país sendo que mesmo os que têm o
privilégio de estudar nas melhores escolas do país e do mundo acabam deixando
seu lado Macunaíma aflorar e sempre que detém o poder em suas mãos não titubeiam
em dilapidar o erário ou acoitar quem o faz.
O que deve ser cobrado do
brasileiro de hoje não é a coragem de sair às ruas e contestar a postura
corrupta de sua sociedade e sim o porquê que de sua pré-disposição de se
associar e até mesmo cultuar o mau feito.
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