Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Paraíso do caos.


Existe algo muito errado no reino das frondosas araucárias.

O estado de calamidade política e administrativa em que Campos do Jordão se encontra nestes últimos anos, e em especial nestes últimos oito meses não pode ser ignorado, e muito menos creditado somente na conta da crise que assola todo o país neste momento.

Os vários e vultosos gastos desnecessários com o aluguel de carros e com a contratação de terceirizadas a esmo, a merenda de péssima qualidade, os atrasos inexplicáveis na entrega de uniformes e materiais escolares, o enxugamento repentino dos gastos com a dispensa de funcionários em áreas essenciais como saúde e educação e o feroz arroxo na folha salarial dos funcionários públicos são inequívocos indícios de que algo de muito errado está acontecendo nas finanças da cidade.

Mas apesar de muito sério e preocupante nada disso se compara aos absurdos que sucessivamente estão acontecendo na saúde. A muito, os acontecimentos neste quesito em especial, saíram do campo da razão e descambaram para o campo da pirraça.

A decisão da justiça no caso do pedido de reintegração de posse do prédio do Hospital São Paulo feito pela Fundação e publicada no site do Tribunal de Justiça no último dia 25 nos deixa evidente que o executivo não tem a menor condição ou sequer a menor intenção de manter o Hospital São Paulo em funcionamento; a não ser pela simples e irresponsável determinação de provar a qualquer custo a população e principalmente aos críticos do governo, uma eficiência administrativa que a promotoria pública brilhantemente comprovou nos autos que nunca possuíram.

Somente se compara a este “descalabro administrativo” o inexplicável silêncio do legislativo, que através de sua indiferença diante da gravidade dos últimos acontecimentos insinua por mais uma vez a existência de uma implícita cumplicidade nas mazelas administrativas das quais a cidade vem sendo vitima.

Ao não assumirem a sua parcela de culpa, preferindo manter diante de tantos fatos desastrosos que tivemos conhecimento nos últimos dias um ensurdecedor silêncio, os atuais gestores públicos da cidade (executivo e legislativo), provam que depois de eleitos, os políticos da cidade são abduzidos para uma dimensão paralela completamente diferente da realidade vivida diariamente pelo resto da população.

Cantada em prosa e verso, descrita e pintada mundo a fora por vários poetas e artistas como um paraíso terrestre, Campos do Jordão foi transformada pelos políticos ao longo do tempo no paraíso do caos. 

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