Existe algo muito errado no reino das frondosas araucárias.
O estado de calamidade política e administrativa em que Campos do Jordão se encontra nestes últimos anos, e em especial nestes últimos oito meses não pode ser ignorado, e muito menos creditado somente na conta da crise que assola todo o país neste momento.
Os vários e vultosos gastos desnecessários com o aluguel de carros e com a contratação de terceirizadas a esmo, a merenda de péssima qualidade, os atrasos inexplicáveis na entrega de uniformes e materiais escolares, o enxugamento repentino dos gastos com a dispensa de funcionários em áreas essenciais como saúde e educação e o feroz arroxo na folha salarial dos funcionários públicos são inequívocos indícios de que algo de muito errado está acontecendo nas finanças da cidade.
Mas apesar de muito sério e preocupante nada disso se compara aos absurdos que sucessivamente estão acontecendo na saúde. A muito, os acontecimentos neste quesito em especial, saíram do campo da razão e descambaram para o campo da pirraça.
A decisão da justiça no caso do pedido de reintegração de posse do prédio do Hospital São Paulo feito pela Fundação e publicada no site do Tribunal de Justiça no último dia 25 nos deixa evidente que o executivo não tem a menor condição ou sequer a menor intenção de manter o Hospital São Paulo em funcionamento; a não ser pela simples e irresponsável determinação de provar a qualquer custo a população e principalmente aos críticos do governo, uma eficiência administrativa que a promotoria pública brilhantemente comprovou nos autos que nunca possuíram.
Somente se compara a este “descalabro administrativo” o inexplicável silêncio do legislativo, que através de sua indiferença diante da gravidade dos últimos acontecimentos insinua por mais uma vez a existência de uma implícita cumplicidade nas mazelas administrativas das quais a cidade vem sendo vitima.
Ao não assumirem a sua parcela de culpa, preferindo manter diante de tantos fatos desastrosos que tivemos conhecimento nos últimos dias um ensurdecedor silêncio, os atuais gestores públicos da cidade (executivo e legislativo), provam que depois de eleitos, os políticos da cidade são abduzidos para uma dimensão paralela completamente diferente da realidade vivida diariamente pelo resto da população.
Cantada em prosa e verso, descrita e pintada mundo a fora por vários poetas e artistas como um paraíso terrestre, Campos do Jordão foi transformada pelos políticos ao longo do tempo no paraíso do caos.
0 comentários:
Postar um comentário
Antes de comentar leia com muita atenção!
Apesar de este espaço ter como lema “levar a sua opinião a sério” isso não quer dizer que aqui é a Casa da Mãe Joana.
Gostem ou não, neste pedaço do mundo mesmo que virtual eu e mais ninguém mando.
Esclarecido isso fica o comunicado:
O Blog não permitirá que ninguém escondido no anonimato, ou camuflado com pseudônimos se manifeste citando nomes ou proferindo acusações, mesmo que verdadeiras e fartamente documentadas.
O espaço é livre para quem tem coragem, e eternamente vedado para quem diante da primeira dificuldade prefere se esconder.
Não confunda o seu direito a privacidade com a covardia do anonimato.
Aqui você será respeitado na mesma medida em que respeitar o Blog e a quem o acessa.
Se você deseja extravasar a sua virulência ideológica, a sua frustração pessoal ou a sua arrogância classista escondido atrás de um teclado de computador, sugiro que abra o seu próprio espaço.
Aqui como na Constituição, é livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato.
E evite escrever somente em caixa alta, soa como grito, e falta de educação.