“Voto obrigatório – Quando os bons defendem causas ruins, é sinal de que tudo pode ser pior”
Reinaldo Azevedo
Se já não bastasse a repressão branca que assombra nossa imprensa com a judicialização da censura agora temos de conviver também com a institucionalização da mordaça eleitoral.
Para quem já sabe um lembrete, para quem não sabe fica a dica:
Segundo o Calendário Eleitoral do TSE a partir do dia dez de junho próximo é assegurado o exército do direito de resposta ao candidato, ao partido político ou a coligação atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veiculo de comunicação social.
E a partir do dia primeiro de julho é vedado entre outras coisas dar tratamento privilegiado a candidato, partido político ou coligação, veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou critica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates assim como divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome de candidato ou com a variação nominal por ele adotada.
Como o texto do Calendário do TSE é completamente subjetivo quem irá determinar o que pode e o que não pode a partir destas datas é o humor de cada juiz. Mais uma perola da democracia tupiniquim.
Então é isso... Vivemos em uma terra de imbecis, ou melhor, em uma terra onde os políticos tratam o resto da nação como verdadeiros imbecis, onde o estado obriga seus cidadãos a participarem do processo eleitoral chancelando nomes e legendas que não os representa, mas o impede leoninamente de emitir suas considerações livre e democraticamente a respeito destes indivíduos e das falidas instituições as quais pertencem.
Estas “sutis” determinações do TSE mostram o quanto a sincera opinião do cidadão é importante para as instituições, partidos e políticos deste país.
Mas esta manipulação da vontade popular não é somente neste período. Neste período ela é apenas mais acintosa, mais beligerante para com o cidadão.
Podemos ver indícios desta hostilidade da classe política e dita intelectual, muito bem representada pelos “formadores de opinião” contra o livre fluxo de idéias e opiniões dentro da sociedade diariamente em pequenos e cirúrgicos comentários onde quem ousa se manifestar contrário a ordem política vigente é imediatamente lançado na vala comum da ignorância e rotulado de partidário de uma facção intolerante com intenções escusas e que dissemina a doutrina da desconstrução da imagem da autoridade, como se isso fosse algo necessário para demonstrar a ineficiência do estado.
Enfim é isso! O eleitor no Brasil é muito importante, pero no mucho!
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