Contrariando a realidade do país que contínua em vertiginosa queda livre dentro da maior crise política, moral, ética e principalmente econômica de todos os tempos, à temporada de inverno em Campos do Jordão promete ser uma das melhores dos últimos anos. Até mesmo o frio que há muito tempo andava sumido do mês de julho resolveu dar as caras com todas às forças novamente.
O maior reforço da temporada, porém, não foi o frio ou a falta de poder aquisitivo da classe média para empreender viagens mais dispendiosas, obrigando os viajantes a escolherem destinos mais próximos e baratos, mas sim a presença de um novo prefeito pelos próximos trinta dias.
Para quem não sabe o menino de ouro do PSDB esta licenciado, nos presenteando com a sua ausência por um mês inteiro - em seu lugar, tomou posse desde o dia primeiro o vice-prefeito, Carlos Eduardo Pereira da Silva, o Cae.
Jordanense de 34 anos, Cae se revelou uma grata surpresa neste oceano de decepção em que se tornou a política nacional.
Diferente do titular da pasta, que tem como marca registrada a pirotecnia midiática e dialética, seu vice fez o básico nestes primeiros meses, trocando o conforto do gabinete de Abernéssia pela realidade das ruas da cidade.
Presente e atuante dentro da cidade, mesmo depois de sua eleição, o vice-prefeito não se deslumbrou com sua rápida ascensão política e tem-se demonstrado bastante preocupado com a realidade da cidade.
Particularmente, não vejo absolutamente nenhum problema quanto ao pedido de licença do alcaide, mesmo que tenha “escolhido” o mês de maior agitação na cidade.
O inusitado nesta história toda não foi o pedido de licença ou o mês escolhido, mas sim as explicações/justificativas usadas quando da votação do requerimento da licença no plenário da câmara.
Segundo o entendimento de um vereador, entendimento este que foi seguido por todos seus pares, a presença do prefeito na cidade em plena temporada de inverno não é necessária, considerando-se que os principais pontos turísticos e demais atrativos da cidade não são de sua responsabilidade, mas sim de autarquias estaduais, de outros prefeitos ou da iniciativa privada.
Sobre a parcela de responsabilidade que cabe ao executivo local para a organização da temporada, a câmara também entendeu que o que tinha de ser feito na cidade, já foi feito, então... Seja o que Deus quiser! Simples assim.
Seguindo este raciocínio, creio que a licença do atual prefeito poderia muito bem ser estendida pela câmara até dezembro de 2020 que não acarretaria maiores transtornos a população.
Mas não nos deixemos levar pelo “mimimi” de sempre não é mesmo!
Sejamos gratos por podermos dizer que Campos do Jordão tem um prefeito, nem que seja por apenas trinta dias.
Ave, Cae!
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