Agora a moda no Brasil é ser
desonesto intelectual.
Eu já escrevi sobre este tema
(honestidade) inúmeras vezes. Como nem sempre água mole em pedra dura tanto
bate até que fura... Volto ao tema por mais uma vez; e voltarei quantas vezes
forem necessárias até que a natureza seja respeitada... E a água com sua mansidão,
mas também com sua persistência fure a pedra.
Vamos lá! A mulher de César não
basta ser honesta, tem de parecer honesta.
Quem estiver interessado na origem
desta afirmação que de um “Google” – a minha paciência em sempre explicar esta
frase acabou junto com a minha vontade de esperar que exista alguma inteligência
política no Brasil.
Inteligência política que infelizmente
e definitivamente enterrei com pompa e circunstância depois de algumas
declarações de supostos artistas/intelectuais em defesa de um governo tão
corrupto e tão destroçado moralmente quanto o atual.
Fiquei perplexo quando muitos
supostos artistas - e muitos logicamente não são poucos, e supostos não quer
dizer em seu oficio de origem, pois como artistas são a fina flor da música, da
literatura e da dramaturgia contemporânea tupiniquim - se arvoraram a “defender
a democracia” como se ela realmente estivesse em perigo.
Atores como Wagner Moura que
prestou um desserviço a nação e principalmente a sua própria biografia ao vir a
público afirmar em um artigo veiculado no jornal de maior circulação no país onde
o preocupado cidadão/artista diz com a maior naturalidade do mundo que: “Embora
me espante o ódio cego por um governo que tirou milhões de brasileiros da
miséria e deu oportunidades nunca antes vistas para os pobres do país, não
nego, em nome dessas conquistas, as evidências de que o PT montou um projeto de
poder amparado por um esquema de corrupção. Isso precisa ser investigado de
maneira democrática e imparcial”.
Pois é! O tal intelectual reconhece
a existência de um esquema de corrupção instalado no poder pelo PT, mas é
contra a saída da presidente que permitiu por cumplicidade ou por incompetência
que tal esquema prosperasse a ponto de hoje ser considerado o maior escândalo
de corrupção que a humanidade tem conhecimento.
E dando cara a seu estelionato
intelectual o ator oculto atrás do sucesso de suas personagens intitulou sua
“peça teatral” de “Pela Legalidade”.
Então... Segundo a teoria do
ator/ativista/anticapitalista que sonha com um Oscar, e que nas horas vagas também
acumula as funções de conselheiro presidencial se eu roubar a mão armada uma
loja em Abernéssia, mas dividir parte do produto de meu delito com as crianças
pobres de minha comunidade eu não mereço castigo.
Como se diz aqui no interior de São
Paulo: é de cair o cú da bunda!
E o que dizer de sua espantosa “ajudante
de palco”? Outra estrelada artista? Letícia Sabatella. Que coisa hein! A
renomada e talentosíssima atriz em um ato estritamente político veio a público
dentro do Palácio do Planalto dizer como abertura de seu inflamado discurso em
defesa da presidente que: “atualmente, faz oposição ao governo petista, mas fez
questão de ir ao ato em defesa da presidente porque, na opinião dela, há em
curso um "plano maquiavélico de tomada de poder na marra" por parte
de partidos oposicionistas”.
Trata-se ai do segundo episodio do
filme de terror iniciado por “Pablo Escobar”.
Sim! Em complemento as teorias de
seu colega, segundo a descolada e vanguardista pensadora não interessa se para
chegar onde chegou Dilma tenha falsificado seu currículo e mentido na
entrevista de emprego. Se ela foi contratada, ela não pode mais ser despedida
por justa causa, mesmo enfiando a “empresa” na lama, e de ter seus patrões
descoberto o engodo.
Fiquei alguns minutos tentando
entender tanto o texto do “Capitão Nascimento”, quanto à declaração de viva voz
da “Yvone”.
E me dei conta que estava ali perante
um dilema novelesco.
Estava eu diante de artistas e não
me restrinjo aos dois. Pois as redes sociais e os atos em apoio ao governo
petista estão cheios de outros que comungam da mesma opinião - Artistas em sua
esmagadora maioria que há muito tempo ganham seu pão de cada dia e devem boa
parte de seus sucessos a uma das empresas que segundo eles mesmos é uma das
maiores sonegadoras de impostos e a principal articuladora e manipuladora das
vontades do povo; e por consequência, uma das responsáveis diretas pelas
desgraças sociais do país.
Meu assombro acabou por ai. Lembrei
que são atores. Os melhores da atual geração. São capazes de interpretar uma
personagem diante das câmeras e das mídias sociais e depois voltar ao aconchego
de seus lares como se aqueles que ali estavam diante das câmeras, nas páginas
dos jornais, das revistas e demais mídias, nada! Absolutamente nada; tenham a
ver com eles ou com suas famílias.
Vivem na vida real o que interpretam
em seus trabalhos, e interpretam na vida real o que queriam viver em seus
trabalhos.
Trabalhos estes muito bem
remunerados tanto pelo governo quando interessa a ambas as partes, quanto pela segundo
suas próprias afirmações; a maior representante da elite branca e opressora do
país. A Rede Globo.
Não importa se os dois protagonistas
desta patuscada “global” são honestos, eles tem a obrigação principalmente por
serem figuras públicas de também se comportarem com honestidade.
Quanto à “ex-CQC”. Ela provou que
tem talento para nos fazer rir, não somente de suas personagens, mas
principalmente dela mesma.
Pobre Brasil! Nação rica, habitada
por um povo pobre e dominada por pensadores miseráveis.
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