Em
agosto de 2013 publiquei um artigo em meu Blog dizendo que estava completamente
desapontado com os eleitores jordanenses por terem escolhido um “ilustre
desconhecido” que só tinha conquistado a mais cobiçada cadeira da política da
cidade por ter encontrado guarida nos mais altos e confortáveis ninhos da
sociedade jordanense.
Disse
também que a população por mais uma vez tinha se deixado levar por promessas
vazias, e que tinha entregado de bandeja a administração da cidade a gente que
simplesmente não tinha o mínimo conhecimento das reais necessidades e anseios
do verdadeiro jordanense, aquele que nasceu, cresceu e que morrerá pisando
geada, e não dos tais paraquedistas que usam o nosso gentílico somente por uma
questão de moda. De estilo!
Além
disso, afirmei peremptoriamente que as manchetes dos jornais que estariam por
vir, estampariam em suas páginas em imagens e fatos a verdade sobre a equivocada
escolha, e que antes que os “indignados profissionais” se arvorassem a apontar
seus dedos podres para estes maus feitos, que lembrassem de que todos eles;
vereadores e prefeito tinham sido eleitos dentro de um processo estritamente
democrático, e que quem elege político incompetente não é vitima, é cúmplice.
Infelizmente
tinha razão. Assustadoramente como se fosse uma profecia a história se repetiu
em uma sequência tétrica digna de Alfred Hitchcock: saúde, educação,
infraestrutura, turismo, segurança e comércio ficaram completamente abandonados
nestes últimos anos, e o povo completamente iludido pela cara de bom moço do
prefeito e pela suposta “jovialidade” dos vereadores.
As
redes sociais que seriam uma importante fonte de resistência popular aos poucos
foram sendo tomadas pela tropa de choque governista e pelos politicamente
corretos, aquela fatia de supostos intelectuais que evitam a todo custo ficar
mal com o poder, mas também não tem coragem o suficiente para dar uma solene
banana para o resto da população.
Os
grupos políticos que sobraram no Facebook também aos poucos caíram em
descrédito, e hoje não passam de murais de recadinhos carinhosos, informativos
institucionais ou discussões surreais que de tão trágicas acabam se tornando
engraçadas.
Sinto
que estamos passando por um período de grave paralisia social, que ainda
estamos completamente anestesiados pelo resultado completamente absurdo das
urnas que devolveu a cidade às oligarquias que deveriam a muito estar
esquecidas e enterradas com a pompa e circunstancia que mereciam.
Hoje
nosso prefeito continua sendo “ilustre” em respeito ao cargo que ocupa, mas já
não é mais um desconhecido da população que já sabe muito bem do que ele é
capaz.
Cabe
agora saber se isso vai ser bom ou não para ele nas próximas eleições.
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