Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Notebooks nas escolas missão impossível em Campos do Jordão

Desde 2007 o Governo Federal através do Programa “Um computador por aluno” distribuiu para todas as escolas do país um notebook portátil para que tanto alunos como suas famílias tivessem acesso e contato com a informática e com a internet.
Assim nossa cidade também foi contemplada com este programa.
Em meados de 2008 todas as crianças da rede pública de ensino da cidade foram contempladas com um notebook portátil de boa qualidade que foi recolhido no fim do ano com a promessa que seriam devolvidos no inicio do próximo ano letivo.
Com a chegada de um novo grupo ao poder na cidade os notebooks foram empilhados nas salas de informática das escolas e completamente esquecidos.
No site Incampos o Secretário Adjunto de Educação da cidade indagado a respeito do assunto declarou o seguinte:

“Graças a Deus, a partir de janeiro de 2009 as escolas tem liberdade e autonomia sobre si mesma, livres dos desmandos e autoritarismo, por isso os computadores ao invés de serem utilizados como instrumentos para jogos ou ouvir músicas finalmente podem, a critério da escola, ser utilizados para o aprendizado. Se a escola não tem disponibilizado esse equipamento, cabe a comunidade escolar solicitar da escola, manifestando o interesse na utilização o equipamento. Argumentar que as famílias iriam ter acesso em casa a internet com aqueles computadores é demonstrar que não se está entendendo nada do que está falando.”

Bom meus caros leitores esta declaração dever ser analisada por vários ângulos.
Primeiro, o declarado tom político.
Enquanto nossos “representantes” se portarem como crianças no pátio da escola em horário e recreio, ou seja, com biquinho e de mau com os outros coleguinhas a coisa não vai caminhar para lado nenhum. A falta de competência da Secretaria de Educação não pode ser desculpa para afastar as crianças de um beneficio que já foi pago e que se encontra ali empilhado debaixo de seus narizes.
Retirar os computadores do dia a dia das crianças da cidade pelo simples fato destes equipamentos terem sido entregues na gestão passada chega a ser ridículo.
Segundo, falta de transparência.
Dizer que a partir de 2009 as escolas da cidade tem mais autonomia em relação a administração publica não condiz com a verdade.
A entrada ou a saída deste ou daquele prefeito na vida administrativa de uma escola no que diz respeito ao envolvimento da comunidade na tomada de decisões é nula pelo simples fato de que em Campos do Jordão em nenhuma escola os pais nunca tiveram e não teêm voz para decidir os rumos de sua administração.
Terceiro, inversão de valores.
Em relação ao uso destes aparelhos devemos levar em consideração de que nada chega de graça às mãos da população, todo e qualquer “beneficio” já foi pago, e muito bem pago por nossos impostos.
Quarto, falta de projeto educacional.
A falta de estrutura dentro das escolas da cidade para suportar e utilizar os computadores com softwares educacionais é de inteira responsabilidade da Secretaria de Educação e não dos pais dos alunos ali matriculados, se os alunos não podem se beneficiar dos computadores dentro da escola para fins educacionais, não podem ser punidos com o recolhimento arbitrário de seus equipamentos.
Quinto, falta de atitude.
Quanto à mobilização dos pais para exigir das escolas e entrega dos aparelhos as crianças é jogar a responsabilidade do poder constituido para o colo dos cidadãos, falta de atitude por parte de quem ganha e muito bem para gerir a educação da cidade.
Hoje em Campos do Jordão tormou-se uma missão impossível separar a responsabilidade administrativa, das picuinhas pessoais que são levadas até as ultimas conseqüências.
E quem paga a conta deste braço de ferro pelo poder são nossas crianças que continuam afastadas de seu direito de utilizar seus notebooks, mesmo que seja somente para jogar e ouvir música, ou para descobrir que o mundo é muito maior que o mundo mostrado dentro das salas de aula de Campos do Jordão.
Abaixo um exemplo a ser seguido, Sungha Jung, menino Sul Coreano de 11 anos, um fenomeno que tambem pode aparecer em nossa cidade, desde que as autoridades deêm condições para nossas crianças desenvolverem suas habilidades. Sejam elas quais forem!

Um comentário:

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